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5 momentos incríveis da 2ª temporada de Master of None

Por: em 13 de agosto de 2017

5 momentos incríveis da 2ª temporada de Master of None

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers pesados,

siga por sua conta e risco.

Somos apaixonados por Master of None por aqui.

Divulgação/Netflix: Master of None

Depois de uma primeira temporada sucinta, porém arrebatadora, esperamos quase dois anos (ou foi mais que isso?) para reencontrarmos Dev em um novo momento da sua vida.

E, ao longo de dez episódios, tivemos a oportunidade de passear por muitos momentos incríveis na companhia do personagem, com um roteiro extremamente crítico e que faz com que a gente pare, reflita e mude algumas atitudes tão intrínsecas do nosso ser.

Por isso, separamos (só) cinco dos grandes momentos dessa nova temporada, para revisitarmos e te convencermos de que, se você ainda não viu, essa é a hora para parar tudo que está fazendo e devorar o segundo ano de Master of None.

 

1 – Um episódio todo em italiano e em preto e branco

Reprodução/Netflix: Master of None

Quando eu comecei a assistir a nova temporada, tomei um baita susto. O que poderia ser somente uma introdução ao novo momento da vida de Dev, se transformou em uma obra de arte sem cor, mas com muita personalidade. Prato cheio, inclusive, para os amantes de italiano: o elenco todo falando a língua “fluente” e trazendo uma nova forma de interpretar para o mundo – considerando a expansividade de uma plataforma como a Netflix.

Talvez pareça muito pouco, mas pare bem para pensar qual série americana se arriscou tanto assim, passeando por línguas e formatos diferentes como esse. Certamente, poucas virão a sua cabeça. Já era um claro sinal de que teríamos um ano especial em Master of None.

 

2 – A valorização do diferente

Algo que esteve presente durante todo o primeiro ano e é retomado agora é o quanto a série preza pela valorização do diferente. Por isso, o sexto episódio é tão especial.

Reprodução/Netflix: Master of None

Nele temos a oportunidade de acompanhar a vida de pessoas comuns. Sim, personagens que não conhecemos, aquelas figuras que esbarramos na rua em algum momento aleatório, nos chamam atenção e depois esquecemos. E é muito bizarro como, apesar de parecer sem contexto algum, o episódio tem todo sentido, valorizando profissões, limitações e abordagens.

Um dos melhores momentos é quando dois surdos – 1/3 do episódio é passado completamente no silêncio, para que a gente entenda o mundo da mesma maneira que essas pessoas – começam a discutir sobre sexo dentro de uma loja e surge uma mãe revoltada que os filhos dela sabiam falar em ASL e estavam falando bobagens por causa do casal. Sério, demais.

 

3 – A compreensão da homossexualidade

Apesar de ter um ano mais discreto quanto a sua aparição, Denise veio arrebatadora em um episódio só para si.

Reprodução/Netflix: Master of None

No oitavo episódio, chamado ‘Thanksgiving‘, acompanhamos o nascimento da sua amizade com Dev, como eles cresceram juntos, apesar das diferenças de cada um, como ela descobriu sua sexualidade e como isso impactou na vida de toda a sua família.

A construção do roteiro passeia entre o delicado e o brutal. Ao mesmo tempo que conseguimos sentir a fragilidade do momento, percebemos o crescer do preconceito dentro da família, que claramente não sabia como lidar com aquela nova situação. Não tem como passar por algo assim e não refletir sobre tudo que você fala, sente ou pensa, porque cada movimento desses importa para quem está passando por algo tão importante na sua vida.

 

4 – A discussão sobre os paradigmas de religião

Reprodução/Netflix: Master of None

Esse é um tema que o roteiro da primeira temporada flertou em alguns momentos e o segundo ano não teve medo de retomar. Por volta do terceiro episódio, conhecemos um dos primos de Dev e percebemos tudo que ele já abriu mão pelos preceitos que lhe foram impostos durante toda uma vida.

O que é bacana é abrir o diálogo que a religião não precisa ser medida pelo número de vezes que você vai até o templo (igreja, ou afins) ou pelo que você come, mas sim pelo que acredita de fato – algo que me faz muito sentido.

 

5 – O final

Cara, depois de dez episódios, Master of None ainda conseguiu surpreender com, literalmente, seus últimos 30 segundos.

Reprodução/Netflix: Master of None

Durante todo o segundo ano, vemos o desenvolvimento de um novo relacionamento amoroso na vida de Dev, aparentemente sem futuro. Francesca, a garota italiana, está indecisa sobre qual rumo seguir com seus sentimentos. Conseguimos perceber que ela sente algo muito forte por Dev, mas ainda tem medo de largar tudo que sempre acreditou para um nova e incerta vida.

O nono episódio é um belo exemplo dessa construção (e se você ainda não viu, pare esse texto por aqui). Não tem como deixar de torcer para que o casal dê certo. Mas parece que não vai rolar. Parece que o medo vai ser mais forte. Parece. E, quando a gente pensa que decisões já foram tomadas e não há mais volta, o roteiro deixa uma bomba no nosso colo, seguida pelos créditos.

Francesca na cama de Dev, refletindo sobre o que fez.

O mínimo que eu espero depois disso é que a dona Netflix renove a série, porque a gente não é obrigado a passar por isso a toa.

 


E esses são só alguns dos bons momentos.

Sempre podemos lembrar das ótimas aparições dos pais de Dev (que são pais dele de verdade) ou das excelentes tiradas de Arnold. De verdade, que série gente. Para tudo que vocês estão fazendo e começa essa maratona agora.

E você, consegue lembrar de outros bons momentos da segunda temporada de Master of None? Conta para a gente para o seu preferido nos comentários!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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