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5 Motivos para assistir Aline

Por: em 1 de outubro de 2009

5 Motivos para assistir Aline

Por: em


A produção nacional de 2009 tem sido generosa conosco. Depois de Tudo Novo de Novo, Som e Fúria e Decamerão, estreia hoje a nova promessa de diversão pop de qualidade da Globo, Aline.

O especial de fim de ano da Globo que introduziu a série, e que pode ser encarado como o piloto, você confere aqui. Sou totalmente favorável a essa nova política da Globo de apresentar os especiais de fim de ano com a possibilidade de se tornarem séries. Pelo menos até agora os melhores programas foram efetivamente produzidos, como é o caso de Aline e também Decamerão; e os piores descartados, como aconteceu com o estranhíssimo Nada Fofa de Fernanda Young.

1º Aline, quadrinho de Adão Iturrusgarai

Se você é fã de quadrinhos e não conhece a obra de Adão Iturrusgarai então corre pro site do cara e dá uma conferida. Em O Mundo Maravilhoso de Adão Iturrusgarai você encontra desde Aline a Família Biceps, passando pelos mais conhecidos no meio, Rocky e Hudson.

Confesso que foi o especial da Globo que me levou a Iturrusgarai e Aline. A história da jovem que tem dois namorados e um apetite sexual insaciável me lembra muito a Rê Bordosa, do Angeli. É como se a Aline fosse uma Rê jovem, sabe?

Além dos dois namorados, Otto e Pedro, também são personagens da série: seu pai; alguns moradores do prédio, como uma vizinha atirada chamada Kelly e a síndica chata; o psicólogo; e ainda outras figuras que venham a passar pela vida de Aline.

Sobre a adaptação para a tv, Iturrusgarai declarou:

“Achei muito legal, divertido, charmoso e moderno. Dei muita risada vendo minhas piadas ali na televisão. É incrível. Nada me incomodou. Gostei das atuações. Maria Flor estava excelente como Aline. Estava uma Aline divertida, mais pop. Gostei também do Bernardo Marinho e Pedro Neschling como Otto e Pedro. O Bernardo me chamou a atenção pela economia na atuação. Eu não conhecia ele. Bem certeiro”

2º A trilha sonora e a pegada pop

Um dos momentos mais bacanas do especial foi a cena inspirada no filme Bande à part (de Goddard) em que Aline, Pedro e Otto “improvisam” uma coreografia ao som de Amy Winehouse, You Know I’m No Good.

O que podemos esperar ouvir nos próximos episódios? Mais Amy Winehouse, Lily Allen, e, quem sabe, Little Joy. E, embora seja uma trilha sonora um pouco óbvia, ainda espero ouvir Aline do primeiro cd dos Los Hermanos.

A tal “pegada pop” se vê por todo o lado. Nas roupas da personagem título, nos móveis do apartamento, nos diálogos, na relação entre pai e filha, entre Aline e seus namorados, e até mesmo na relação que o trio protagonista mantém com a cidade. E pela prévia de sete minutos que você encontra no final desse post,  já dá pra ver que até a linguagem gráfica da série promete ser inovadora!

3º Uma cidade cenográfica chamada São Paulo

A série é toda gravada em locações reais, com as externas acontecendo exatamente nos mesmo lugares em que os personagens dizem estar. Viaduto do chá, Galeria do Rock, Parque Ibirapuera, Avenida Paulista,  locações que dão um ar bem mais realista e urbano à trama.

Pra quem mora na cidade ou vive indo a São Paulo, isso realmente não deve significar nada, mas pra turistas como eu, fãs da cidade mais pulsante do Brasil, é mais um grande motivo pra se conferir a série!

A única diferença de cenário, do piloto para a série, está no o apartamento em que moram Aline, Pedro e Otto. Antes era um apartamento real da cidade, agora transportado para a Globo, onde foi montada uma réplica , acredito eu que com espaço suficiente para a facilitar o trabalho de produção e movimentação dos equipamentos. Afinal, vamos combinar que seria bastante complicado gravar vários episódios num apartamentosinho mínimo no centro de São Paulo… Infra-estrutura zero, problemática um milhão!

4º Maria Flor e Pedro Neschling

Todo o elenco da série é promissor, e da qualidade da atuação do Daniel Dantas e Malu Galli (pais de Aline na série) com certeza não é necessário falar, mas dois nomes em particular chamam a atenção no elenco principal.

Maria Flor e Pedro Neschling, intérpretes de Aline e Pedro, representam um nicho muito particular entre os atores jovens de televisão no Brasil. Não sou muito a favor de rótulos e ator é ator, independente se no teatro ou no cinema, mas sejamos francos, é da Rede Globo de Televisão que vêm os mais conhecidos atores desse país, mesmo que as vezes não tenham talento. O que definitivamente não é o caso desses dois. Jovens, inteligentes e talentosos, eles não são sarados (o que não quer dizer que não sejam bonitos), não andam em capa de revista (o que também não quer dizer que não sejam bonitos), nem são tão expostos quanto muitos atores de sua geração.

Maria Flor já fez Malhação, Cabocla, Belíssima, mas foi no cinema com Podecrer! e Chega de Saudade que ela conquistou a admiração de muita gente. Ainda esse ano participou de Som e Fúria, e nos encantou com a sua interpretação de Katia interpretando Ofélia, na encenação de Hamlet. Sua atormentada Ofélia que me fez ficar com vontade de ler Hamlet… e também de criar coragem e cortar o cabelo curtinho assim!

Pedro Neschling parece ser um homem de mil faces, na sua lista de trabalhos em seu site encontramos desde direção e produção até autoria e, claro, atuação. Particularmente, gostava do seu trabalho em Da Cor do Pecado (atire a primeira pedra quem nunca riu com a Família Sardinha!) e Desejo Proibido. Também é conhecido na blogosfera devido ao seu envolvimento (bem maior do que de costume quando se trata de atores nacionalmente conhecidos) com mídias como o Twitter e, principalmente, por ser blogueiro antes mesmo dessa “história” de blog virar moda entre as celebridades. Pra quem não conhece e ficou curioso, no Vivendo a revolução você não vai encontrar fotos e posts narcisistas e auto-indulgentes, e sim contos de autoria do próprio Pedro, e opniões sobre assuntos quase sempre interessantes… Exceto, é claro, quando ele, flamenguista roxo, resolve começar a falar de futebol.

OBS: Bernardo Marinho, que completa o trio protagonista no papel de Otto, infelizmente só conheço mesmo do especial que deu origem a série.

5º Apostar numa produção nacional

globo record gnt

O público de séries gringas (eu e você), muitas vezes tem um certo preconceito com produções nacionais. É verdade que somos mimados com produções de alta qualidade, séries como Lost e House, que nos deixam muito mal acostumados… Mas não dá pra descartar todas as séries nacionais! Embora a novela prevaleça absoluta em território brasileiro, basta lembrar de Mulher, Confissões de Adolescente, O Auto da Compadecida, Mandrake, Mothern, Capitu. e das mais recentes A Lei e o Crime e Som e Fúria, para ter a certeza de que também sabemos produzir excelentes séries!

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Antes de terminar, uma notícia potencialmente ruim, a série tem apenas sete episódios. Será que se der audiência rola mais? Isso claro, contando com que a série não nos decepcione! Afinal, estamos na espera por Aline desde junho.

Update: Que tal um jogo de Aline? Tente equilibrar Aline entre os dois namorados, é lá no site da Globo.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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