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Agent Carter – 2×04 Smoke and Mirrors

Por: em 4 de fevereiro de 2016

Agent Carter – 2×04 Smoke and Mirrors

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers pesados,

siga por sua conta e risco.

“You can be whatever you want.”

Mais uma semana, mais um excelente episódio de Agent Carter que continua dando show em muita série de herói por aí. “Smoke and Mirrors” trouxe muitas informações novas e desenvolvimentos interessantes. Finalmente tivemos um flashback de Peggy antes de se transformar em agente, um momento que tenho esperado desde a temporada passada, pois entender a razão que motivou nossa querida Margaret Elizabeth Carter a entrar para a inteligência inglesa sempre foi motivo de muita curiosidade. Do outro lado da força tivemos Whitney Frost e suas razões para que chegasse até onde chegou; aliás, muito inteligente da parte dos roteiristas por fazerem o paralelo entre as duas personagens.

Whitney and Peggy
Começamos o episódio com a pequena Peggy Carter sonhando com grandes aventuras e conhecemos seu irmão mais velho Michael, que é absolutamente fofo, e já nos é mostrada a pressão sofrida por Peggy para se enquadrar ao comportamento esperado por uma menina naquela época. É triste notar que até hoje meninas ainda têm que serem comportadas e meninos podem fazerem o que bem quiser;  estamos em 2016, mas mulheres ainda têm que lidar com uma mentalidade que já parecia ultrapassada no início do século XX. Enfim, pelos flashbacks é possível notar que Carter sempre fez o máximo para se adaptar ao que era esperado dela, até mesmo passando a oportunidade de se tornar uma das primeiras mulheres a serem agentes britânicas para poder se casar, o que é uma imagem completamente diferente da Peggy que nos conhecemos e amamos. Felizmente ela teve Michael para apontar que ela simplesmente estava se escondendo atrás das convenções sociais e que não deveria deixar esse tipo de coisa impedi-la de ser quem ela realmente era. Esse tipo de discurso é sempre trazido à tona na série e continua sendo muito relevante. Quem sabe um dia poderemos viver em uma sociedade em que gênero, raça ou orientação sexual não seja mais importante de quem realmente somos, mas até esse dia finalmente chegar não podemos deixar as convenções sociais nos inibirem.

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Infelizmente foi a morte de Michael e não seu discurso que fez Peggy tomar a decisão de se juntar a agencia de inteligência, mas pelo menos Carter tentou honrar a memória do irmão a ser a pessoa que ela morreu sabendo que ela realmente era. Esse é exatamente o tipo de motivação que eu esperava da Carter, a única diferença é que na minha teoria era a morte do pai e não do irmão que a teria motivado a ir para a guerra.

Do outro lado do oceano nos conhecemos a pequena Agnes (futura Whitney), sempre muito inteligente; para o seu próprio bem. É interessante comentar que nos quadrinhos Whitney é filha de um chefão da máfia que foi adotada por um casal e só descobre sua verdadeira origem depois de adulta. Aqui vemos que ela teve uma infância completamente diferente vivendo sozinha com sua mãe e seu “amigo” de ocasião Burd. Para uma vilã, Whitney não tem a pior das infâncias, mas não deve ter sido fácil ter sua inteligência desprezada o tempo inteiro apenas por ser uma garota. Então vem a ruptura entre “tio” Burd e a mãe e Whitney recebe a lição de sua vida: não importa o quão inteligente você seja, o que realmente importa é a sua aparência. Frost obviamente aproveitou o melhor desse “conselho” e se escondeu completamente atrás da fama para ninguém nunca suspeitar da sua verdadeira personalidade. É interessante o paralelo entre a Peggy finalmente se libertando das convenções sociais para mostrar ao mundo quem ela realmente era, enquanto Whitney fazia exatamente o oposto se camuflando na pele de uma atriz de cinema para não mostrar sua verdadeira face.

Nos acontecimentos atuais, tivemos Peggy e Jarvis sequestrando o homem que atacou a agente na semana passada. Como eu senti falta dessa camaradagem entre os dois personagens, essa dupla é ótima demais para ficar separada por muito tempo. Sousa acaba descobrindo os planos de Peggy e afirma que sempre vai ajudá-la independente do que aconteça. Tenho que admitir que, apesar de gostar bastante do Dr. Wilkers, Carsousa (adorei esse nome) é meu ship do coração, a química entre dos dois atores é incrível e os olhares tristes do Sousa sempre partem meu coração. O sequestro acabou rendendo frutos pois os agentes acabam descobrindo a profundidade da influência do “Conselho dos Nove” além de plantarem uma escuta no capanga do Walter.

Duas coisas me deixaram intrigada: primeiro, como Peggy e Sousa irão seguir com a investigação agora que as garras do Conselho se estenderam até a SSR? Repetir o mesmo plot da temporada passada de trabalhar fora do radar da agencia não me agrada muito. A outra coisa que me intrigou é: quais serão as consequências agora que Whitney revelou seus poderes ao marido? Ela parece muito confortável com sua nova “situação”, mas não acredito que se tornar uma assassina em série seja o que ela quis dizer com a frase: “Whatever I Want”.

Outras Observações:

– Dr. Wilkers parece ter uma conexão com Whitney quando ela usa os poderes.
– Essa temporada está consideravelmente mais leve que a passada, as piadas estão ótimas.
– Esse comportamento da Whitney é influência da Zero Matter ou não? O que vocês acham?
– Adoro que toda vez que vemos o camarim de Whitney eles mostram mais e mais as máscaras douradas. Semana passada estavam na parede, dessa vez já estavam em frente ao espelho.
– Saudades Ana Jarvis.


Patricia Melo

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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