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Agents of S.H.I.E.L.D – 4×05 Lockup

Por: em 27 de outubro de 2016

Agents of S.H.I.E.L.D – 4×05 Lockup

Por: em

Confiança talvez seja a palavra chave para definir a maior parte das tramas que fizeram parte de Lockup. A confiança de Mace em Simmons e a desconfiança dela para com ele; a confiança do time da S.H.I.E.L.D em Robbie e a desconfiança dele para consigo mesmo; a quebra de confiança enfim sentida entre Fitz e Simmons… De uma forma ou de outra, nesta semana, todos tiveram que lidar com esse pequeno “problema”.

Comemoramos cedo demais que Fitz e Simmons passariam sem crise pela omissão dele a respeito de Aida. Se semana passada a cientista parecia ter aceitado de bom grado o fato do amado não ter compartilhado consigo detalhes sobre a I.A desenvolvida por Radcliffe, agora vimos que tudo aquilo era apenas uma tentativa de mascarar a angústia e a decepção que se abateram sobre Jemma. E é perceptível que a mágoa de Simmons não decorre apenas de Fitz não ter lhe contado sobre Aida, mas também pela posição totalmente desconfortável em que lhe isso lhe coloca perante Mace, a S.H.I.E.L.D e os detectores de mentira que ela própria desenvolveu e que, agora, poderiam ter sido sua ruína. Foi apenas a primeira “crise” do recém casal e não acredito que será motivo para uma separação, mas é o começo da rachadura na confiança que eles levaram tanto tempo para construir e isso nunca, mas nunca é um bom sinal.

director-mace

Pelo menos, Jemma pode contar com seu incrível jogo de cintura e suas habilidades de gênio para se livrar dos eventuais problemas que o polígrafo poderia lhe trazer com Mace. Ameaçar diretamente o diretor não é certamente a ideia mais acertada, mas funciona a curto prazo, impedindo que ela se submeta novamente ao teste. A grande questão que isso tudo traz é: O que Simmons percebeu de mentira no discurso patriótico e humanitário de Mace, durante o debate com a senadora? Pelas suas palavras na cena do embate entre eles, o diretor não contou a verdade sobre quando foi um “herói” no Haiti e existe muito mais por detrás dessa história, que acredito que a série ainda irá desenrolar. Provavelmente nem Jemma sabe ainda, já que tudo que ela conseguiu foi identificar as micro-expressões no rosto de Mace que denunciaram que, naquele momento, ele mentia. Agora, a cientista deve ir atrás de descobrir os segredos que o diretor esconde, enquanto ele tentará de tudo para tirá-la do seu caminho. Será uma “guerra fria” interessante de se acompanhar.

Até lá, Mace continua sendo algum tipo de herói nacional. Seu discurso em rede nacional durante o debate com a senadora é bonito, humanista e pega os mais desavisados, que passaram a enxergar nele uma pessoa com capacidade para dirigir a S.H.I.E.L.D e proteger a Terra. Não dá pra dizer se o diretor se revelar Inumano ao vivo foi algo de caso pensado ou decidido na hora para derrubar os argumentos de Nadeer, mas a estratégia, pensada ou não pensada, funcionou bem e virou o jogo ao seu favor, colocando a senadora e todo seu ódio ainda inexplicado aos Inumanos para escanteio. Agora Jeffrey tem todos os holofotes e a opinião pública a seu favor, o que é bom para o debate a respeito dos Inumanos, mas ruim caso o diretor realmente não seja boa pessoa. Pessoalmente, não acho que Mace seja uma má pessoa e realmente compro seu discurso de igualdade e união entre humanos e inumanos, mas que ele foi colocado na S.H.I.E.L.D com algum objetivo maior do que trazer novamente respeito a instituição, isso ele foi. Mesmo porque, agora que recebeu da senadora um vídeo mostrando que Coulson, May e os demais tem agido individualmente e sem autorização, algumas ações mais duras devem ser tomadas, por sua vontade própria ou por chantagem de Nadeer.

darkhold

Ações essas que irão recair diretamente sobre Coulson e equipe. Esconder do Diretor a caçada a Eli Morrow mostra que o Darkhold é algo muito mais perigoso do que imaginamos, algo com o qual nem mesmo Nick Fury ousou mexer. Tudo o que sabemos até agora é que ele deu a Lucy e o marido o poder de construir a tal máquina responsável por criar matéria do nada, mas acredito que deva existir algum plano megalomaníaco muito maior por trás disso tudo, que provavelmente envolva a destruição do mundo como conhecemos. Dessa maneira, esconder a operação de Mace pode não ter sido a melhor das ideias, mas se justifica nisso e no fato de que nem Coulson nem ninguém da equipe ainda confia o suficiente no novo Diretor.

Todos os momentos da invasão a prisão e resgate de Eli foram ótimos. Além de ótimas cenas de luta, como Daisy vs WatchDogs, a situação serviu para ver o time quase todo junto novamente em uma missão e restabelecer os laços entre Coulson e May, depois da “morte” da agente, que acrescentou mais uma a lista de coisas em comum entre os dois, com a diferença que enquanto Phill não se lembra de nada da sua morte, May lembra de ter visto o rosto do amigo, algo bem bonito e sintomático da relação forte entre os dois. Além disso, tivemos também a certeza que a “cura” extraída do sistema de Aida para a infecção provocada por Lucy funciona, já que Mack foi contaminado e curado.

Ademais, o roteiro conseguiu se sair muito bem ao inserir a corrida por Eli e, aqui e ali, ainda pincelar um pouco mais o lugar de Robbie na equipe – e o novo lugar em que Daisy se encontra. O Motorista Fantasma, apesar de toda a marra, mostra-se cada vez humano. Daisy não disse com todas as letras, mas confia em Robbie e é um sentimento mútuo. Claro, há os momentos em que ele é possuído, mas mesmo nessas situações, é perceptível que é um sentimento de dor que o leva àquilo, como o momento em que ele enfrenta aquele que há muito tempo atacou ele e Gabe e deixou o garoto paralítico. Naquela hora, Robbie poderia ter seguido com o plano de Mack e tirado Eli da prisão, mas cedeu a pressão e deixou o Motoqueiro destruir seu algoz. Uns pelos outros; a alma ficou em “paz”, mas Eli acabou capturado por Lucy e como Daisy disse, Robbie está destruído, bem como a garota.

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Mas Coulson sempre estará lá para abraçar aqueles em que ele confia, como May bem colocou naquela belíssima cena com Daisy. Como já comentei em resenhas anteriores, é totalmente compreensível o luto da garota pela perda de Lincoln, mas esse prologamento do mesmo já está entrando no perigoso terreno da autodestruição, coisa que o Pikachu da S.H.I.E.L.D jamais iria querer. Daisy precisa urgentemente sair da espiral de dor e medo em que se encontra e aceitar que existem pessoas ali que só querem o seu bem e que estão dispostas a ajudá-la a recomeçar. Phill, May, Jemma, Fitz, Mack e agora até Robbie. Quanto antes ela entender que não está sozinha, melhor será para ela e para todos da agora novamente reunida equipe. Porque, convenhamos, enquanto não estiver em sintonia consigo mesmo e com os outros, Daisy continuará colocando a si e a todos em risco, como fez quando se prendeu no refeitório (?) da prisão para lutar sozinha contra os WatchDogs, dando a chance de Coulson e Mack fugirem.

E, de perigos, eles já estão cheios.

Outras observações: 

— Lucy quer Eli para ler o livro e terminar o que ela começou. Alguém tem ideia do que seja isso?

— Sensacional todos os presos voltando para suas celas quando o Ghost Rider assumiu o corpo de Robbie.

— Desculpa, Steve Rogers, mas o escudo do Coulson é muito, muito mais legal do que o seu.

— “Sei o que está fazendo.Tentando se distanciar de todos os outros para eles também não sofrerem? Eu inventei isso!” May maravilhosa.

— Sabem o lugar onde Lucy e Joseph roubam o livro na abertura do episódio? A Marvel não foi nada sutil nas referências ali e tudo apontou para Johnny Blaze como o primeiro dono do livro. Havia ali uma motocicleta velha e uma jaqueta de couro, ambas claramente pertencentes a ele, o Motoqueiro Fantasma original, além de um cartaz do circo onde Blaze foi criado quando criança.

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E você, curtiu o episódio? Aparentemente, semana que vem conheceremos a origem de Robbie como Motorista Fantasma. Fiquem com a promo:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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