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Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×10 The Patriot

Por: em 20 de janeiro de 2017

Agents of S.H.I.E.L.D. – 4×10 The Patriot

Por: em

O previously de  The Patriot já deixava claro aquilo que seu próprio título também reforçava: Teríamos, finalmente, a história de Jeffrey Mace.  Ok, dizer que toda sua vida foi contada é um pouco exagerado, mas finalmente a série descortinou alguns mistérios sobre o novo Diretor da S.H.I.E.L.D. e se até semana passada eu ainda tinha alguma relutância com ele, hoje eu sou completamente favorável ao cara.

É claro que não vamos colocar panos quentes e fingir que o fato dele ter mentido que era um Inumano só pra conquistar a confiança dos agentes e da comunidade externa não é algo grave, porque é. É óbvio que um plano falho desses tinha que vir de uma mente escrota como a de Talbot. Relação sólida nenhuma pode se construir na base de mentiras e ao plantar Mace como alguém que ele não é, nunca foi e numa será, o general deu um passo em falso. Quando (se) vier a tona que o diretor obtinha seus poderes de esteroides calibrados exclusivamente para o seu DNA, toda a confiança que o mundo está tendo novamente na S.H.I.E.L.D. pode cair por terra e a agência vai voltar a estaca zero. Nesse sentido, a ideia de Mace de renunciar e restituir Coulson como diretor seria mais válida a longo prazo. Mas apesar de tudo, Phil não é um homem de holofotes e ele percebeu que ganha muito mais comandando as operações internas enquanto Mace empresta seu rosto bonitinho para a imprensa.

Mas, então, aí você me pergunta: Se os métodos de Mace realmente não são os ideais, se ele deveria realmente ter contado a verdade (especialmente nesse episódio, depois do atentado, com Coulson e Mack arriscando a vida para pegar uma maleta que eles nem sabiam o que continha!), o que fez minha simpatia por ele aumentar? Eu senti verdade em cada palavra dele quando contou que aceitou tudo porque achava que tinha que fazer algo pelos Inumanos. Claro que tudo pode ser mais uma grande mentira (e eu vou ficar muito decepcionado se for!), mas quando alguém se coloca do lado de uma classe que tem seus direitos tirados ou são perseguidos simplesmente por serem quem são, eu não consigo não admirar e, a partir de hoje, Mace tem todo o meu respeito. Acredito que agora que está tudo às claras (ao menos dentro da agência) e todos já sabem que ele não tem poderes, vai ser mais fácil a construção do papel de “Patriota” (uniforme muito legal, a propósito!) enquanto Coulson reassume o papel de Diretor de fato.

Resolvido este conflito, a temporada segue firme no desenvolvimento da história de Radcliffe, Aida e os LMD, com prenúncio de problemas no paraíso para Fitz e Simmons. A obsessão de Leo por entender o que aconteceu com Aida #2 pode custar caro. Seu papel na SHIELD, o relacionamento que lutou por anos para construir… Mas, no fundo, é a cara do Fitz fazer isso. No final do dia, ele é um cientista nerd obcecado por tecnologia. E eu acredito que será exatamente esse investigar mais a fundo dele que vai revelar que não foi o Darkhold que modificou Aida e que tudo faz parte de uma estratégia de um Radcliffe cada vez mais obcecado pelo misterioso livro. Só espero que isso não traga o fim do casal.

Enquanto isso, Holden também já começou a perceber que o comportamento da Aida original é cada vez mais problemático. Não é possível que ele ache natural todas essas conversas sobre “matar mais alguém” e tudo o mais e não esteja pensando em um plano B para conter a androide quando ela sair de controle (porque já me soa muito mais uma questão de “quando” do que “e se”). Obsessão nenhuma pelo Darkhold justifica isso. E, pra piorar, o cientista ainda precisa lidar com o fato de que agora está distante do androide praticamente perfeito que colocou em substituição a May (que, como vimos aqui, vale dizer, continua uma guerreira. Não acredito que demore mais tanto assim para ela fugir do laboratório dele).

Sério. Chega a ser bizarro. A May de metal possui até mesmo memórias da May original. Não tem como não ficar arrepiado (e não sentir medo) durante a conversa dela com Daisy, narrando uma aventura antiga com Coulson e com o modo doce e quase apaixonado como ela se refere a Phill. Tudo isso certamente vai convergir em sérios problemas no futuro, quando o modelo de LMD perceber que nada mais é do que uma máquina. Se eu fosse apostar em algo, diria que essa May vai de alguma forma se rebelar e acabar se aliando a S.H.I.E.L.D. por um tempo, fazendo com que o “brilhante” plano de Radcliffe de plantar uma máquina que não sabe (ainda? Ou será que ela descobriu depois do corte no fim?) seja um tiro no pé.

De forma geral, The Patriot não foi tão bom quanto seu antecessor, mas segue a boa leva de episódios que Agents of S.H.I.E.L.D vem apresentando desde o começo do ano e prepara satisfatoriamente o terreno para os próximos passos.

Outras observações:

— Talbot segue insuportável, obrigado.

— Coisa linda Jemma dizendo que era a agente de mais alto nível no momento da crise.

— Eu não consigo imaginar pra onde essa temporada vai caminhar…

— Talbot falando que May era a mulher mais intimidante que ele conhecia à exceção da mãe dele foi ótimo.

— Fique com a promo de Wake Up, episódio de semana que vem:


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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