Depois da semana do Thanksgiving Day, um feriado super importante nos Estados Unidos, American Horror Story retornou semana passada com o The Ten Commandments Killer, um episódio que chegou pra colocar ordem na casa e costurar essa colcha de retalhos (muito doida!) que está sendo Hotel!
Dessa vez, John Lowe voltou a ser o centro das atenções. O detetive finalmente descobriu a identidade do serial killer por trás dos crimes do mandamento! E, olha, foi tudo com um tom bem didático pra gente não se perder mais (risos). No final das contas, pasmem, o assassino é ele mesmo, John Lowe. Eu confesso que achei meio aleatório, uma tentativa meio desconcertada de fazer o enredo começar a fazer algum sentido, mas, pelo menos, nos deparamos com um John Lowe um pouco mais complexo. O policial passou de um simples homem controlador, frio e ressentido para um indivíduo mais instintivo, sombrio e perigoso. Ele transformou todo seu ressentimento pelos criminosos em vingança e morte – tudo permeado por um senso de justiça bastante duvidoso. E Mr. James March foi fundamental para instigar Lowe a dar vazão aos seus piores impulsos!
James March parece mesmo ser o condutor das histórias que cercam o misterioso hotel, apesar de que nos últimos episódios tudo indicava que era a Condessa a protagonista da longa e sangrenta história do Cortez. Essa indefinição reflete um pouco a narrativa confusa da temporada e acontecimentos que poderiam ser bastante bons acabam sendo apenas surpresas pouco empolgantes. A sorte é que, apesar de tudo, Hotel tem personagens muito interessantes! O dono do Cortez é um ótimo exemplo! March, com seu sotaque e seu bigodinho, é um assassino megalomaníaco, peculiar e desenvolve uma relação intrigante com a dor, o ressentimento e a morte – elementos que me parecem os grandes temas da temporada. É graças a essa personalidade curiosa que conseguimos acessar o lado sombrio de John Lowe que até o episódio da semana passada era o grande mocinho da quinta temporada!
Ao escolher o detetive como seu sucessor nos crimes dos mandamentos, March manipula os sentimentos de Lowe e faz com que o Cortez seja o ambiente mais confortável para que ele viva suas dores. O hotel parece oferecer certo consolo e é lá que Lowe constrói uma vida alternativa, cheia de bons drinks e um romance tórrido com Sally – outra grande personagem da temporada. Em The Ten Commandments Killer conseguimos, finalmente, entender um pouco melhor a relação entre ela e o policial. Sally é uma mulher apaixonada que teme perder o homem que ama, mas que respeita as imposições de March. O porquê dessa submissão, não sabemos. Não sabemos também a razão de Lowe esquecer os crimes que comete. E também não sabemos o motivo da temática religiosa nos crimes iniciados pelo dono do Cortez. Apesar de todos os esclarecimentos, ainda não sabemos um bocado de coisas, né… A essa altura American Horror Story começa a traçar algumas explicações para as tantas perguntas deixadas nos últimos episódios, o que já é muito bom, considerando o enredo confuso que acompanhamos até agora!
Não tem jeito, a temporada perdeu muito com os deslizes na narrativa, o excesso de informações e a aparente falta de propósito dos primeiros episódios. Apesar de um pouco tarde, American Horror Story: Hotel parece se esforçar para dar sentido à temporada. Nessa sequência desastrada de acontecimentos, onde ficou difícil interligar as histórias, as descobertas do oitavo episódio, a meu ver, perdem o potencial de impressionar o espectador e deixam mais interrogações do que uma atmosfera de compreensão e aproximação com quem acompanha os mistérios do Hotel Cortez desde Checking In. A minha curiosidade é saber como Ryan Murphy vai dar jeito nessa história toda!
E você, o que achou de The Ten Commandments Killer? Quais as expectativas para os próximos e derradeiros episódios de Hotel? Algum palpite? Deixe seu comentário!