Now… Tell me all about your darkest hour.
Uau!
Fiquei realmente surpreso com este episódio de American Horror Story. Viradas inesperadas na história, passados revelados de personagens diversos, mudanças expressivas no rumo da história até aqui. Tudo isso muito bem montado, dirigido e atuado. E o melhor: Sem número musical essa semana! A sensação que ficou quando terminou o episódio foi de que tivemos o melhor da temporada até agora.
– Palmas aos envolvidos –
O começo já foi uma voadora de dois pés nas costas. Retomando de onde acabou a parte 1, Edward Mordrake continua sua busca pela alma mais atormentada entre os Freaks. Simultaneamente, descobrimos pílulas do passado de alguns personagens do circo de horrores, entre eles Paul (o homem foca), personagem a qual me afeiçoei logo no começo e revela ter um passado bastante triste. Quando questionado o porquê de não ter tatuado o rosto junto com o corpo, ele responde que é porque acha seu rosto bonito. É de cortar o coração.
Finalmente, Edward Mordrake chega a Elsa, que a princípio acredita se tratar de um agente interessado em seus talentos (ahh Elsa… Você é mais ingênua que o Pinóquio). Depois que os espíritos ajudantes de Mordrake ajudam a revelar a deficiência física de Elsa – que, aos berros, implora dizendo que não é “um deles” – Edward ordena que ela conte a ele seus momentos mais negros. E aí a coisa fica doida mermão.
Antes de ficarmos sabendo como Elsa perdeu as pernas. Descobrimos que ela era uma espécie de dominatrix que atuava nos ambientes mais duvidosos na Alemanha pré segunda guerra mundial. Nesses recintos rolava todos os tipos de fetiches, e Elsa era responsável por aqueles que queriam sentir dor.
– 50 tons de Elsa –
Posso não ser especialista no assunto, mas acredito que ela mereça algum prêmio na área pois suas ideias são realmente perversas. É a AHS indo além do que outras séries foram. Se, em Game of Thrones, temos o trono de espadas, Elsa apresenta aqui o temido trono de pregos. Quero ver quem vai querer guerrear para sentar nele.
Envolvida até o pescoço com essas bizarrices, não ia demorar muito para dar ruim né. E lá se vão as pernas de Elsa, enganada e drogada, durante a gravação de um snuff movie (filmes reais que costumam misturar horror e pornografia). Mesmo se parasse para tentar adivinhar como ela teria perdido seus membros, acho que nunca pensaria nesse jeito tão gratuito e aterrorizante.
Muito se explica agora da personalidade problemática – e iludida – de Elsa. Essa aí sofreu de verdade e ao reviver essas emoções, Elsa acaba desejando ir com Edward Mordrake para o além. Mas ela não era quem ele procurava.
– Tell me all about your darkest hour –
Enquanto isso, Jimmy e Maggie acabam tendo que se esconder na floresta para fugir da polícia, devido ao vigor do toque de recolher. Eles ouvem gritos, que os levam até a figura de Twisty e seus reféns, mas acabam capturados por Dandy e obrigados a assistir um bizarro show de halloween (só que sem cantoria – ufa). Jimmy aproveita um deslize dos sequestradores e consegue escapar e livrar todos os reféns.
O menino lagosta cresce cada vez mais como herói da história, sendo até aceito assim pela população de Jupiter no final do episódio (junto com todos os Freaks). Esse caminho é apropriado, veremos o que virá daqui para frente – se descobrirem que ele matou o policial vai ficar aquela situação “te amamos e agora não te amamos mais” meio batida e chata de sempre.
– Quanto tempo vai durar esse sorriso? –
E aí vem a grande surpresa do episódio. Além do passado de Elsa, descobrimos o passado de Twisty, que também é visitado por Edward Mordrake e seu rastro de fumaça verde. A história do palhaço é bastante atormentada e, apesar de ajudar a definir o personagem mais como humano e menos como monstro, pode gerar alguns questionamentos.
Ele é devagar pra pensar, mas ainda assim um assassino ninja astucioso que entra em casas despercebido; ele castiga as pessoas que são más com ele, mas acaba por matar gratuitamente outras. Enfim… Não chega a ser um ponto negativo, mas achei esse salto de palhaço bobão amigo das crianças pra assassino perturbado um pouco exagerado.
– Twisty antes do crack (da arma dele) –
Mas tudo bem… Tudo ótimo, na verdade, pois Edward Mordrake decide levar a alma de Twisty e agora quem trilhará seu caminho será seu pupilo Dandy! Quando ele pega a máscara e a coloca em seu rosto, é quase tátil a emoção que o rapaz sente, e então ele consuma sua primeira morte… E ri com uma alegria genuína de um psicopata profissional.
Mal posso esperar pelos próximos capítulos de Dandy Horror Sto.. Opa! American Horror Story.
Observações.
– Curto a Jessica Lange, mas podiam ter colocado outra atriz pra fazer ela 20 anos mais nova. Não convenceu.
– Twisty: O pior suicida de todos os tempos.
– Sério, Paul – o homem foca – me deixou mal com o passado dele. O cara dizendo que só se sentia bem no cinema com tudo escuro onde todos eram iguais… Abraçando a pipoca com seus pequenos braços. Poxa, que triste.
– Legless Suzi e um passado cheio de recalque. Não meche com a baixinha!
– Salty e Pepper recebendo a visita de Edward Mordrake, que descobre não haver vergonha ou culpa na vida desses dois seres inocentes. Muito bem pensado.
– Eu falei para a empregada de Dandy fugir… Eu falei.
– Mais tretas entre Bette/Dot (quase inexistentes no episódio) e Elsa. Será um aquecimento para o episódio que vem?
