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American Idol 15×13 / 15×14 Showcase Parts 3 & 4

Por: em 22 de fevereiro de 2016

American Idol 15×13 / 15×14 Showcase Parts 3 & 4

Por: em

A segunda e última parte dos Showcases foi interessante. É incrível como, mesmo na última temporada, o programa ainda procura maneiras de atrair um público novo e trazer de volta o público que abandonou o programa ao longo dos últimos 5 anos. Em números, a audiência parou de estancar, e em qualidade, o programa está fazendo um trabalho mediano. Ryan continua fazendo um excelente trabalho, e os jurados melhoraram consideravelmente desde as audições – o que é bastante comum. Sendo a última vez que eles “tomam decisões” na competição, agora vão ficar relegados aos comentários pouco construtivos de sempre.

Mas, vamos ao que importa de fato: os candidatos. A concentração de artistas masculinos nessa parte da competição não favoreceu os rapazes ( a essa altura, quem é que se importa?), mas talvez uma divisão menos bruta tivesse sido a solução mais adequada – até porque os garotos estão bem inferiores, e vários acts medianos ficaram para a segunda turma da divisão. Mas enfim.

Solo Rounds

Em geral, esse primeiro round foi bastante decepcionante. Muitas músicas erradas, muito vocal fraco, muita gente perdida no palco. Sem contar na overdose de country do episódio, apontando (mais) um probleminha na separação dos acts entre as duas semanas. Muitos candidatos que vinham gerando bastante expectativa tiveram dificuldade na performance, e os que corriam por fora não se destacaram muito (com algumas exceções). Se tivessem se apresentado essa semana, as performances solo de Stephanny e Jordan teriam tido uma avaliação melhor – e quem sabe, teriam garantido a aprovação? Deixo no ar.

Shelbie Z – Work Hard, Play Harder

Abrindo os trabalhos da música country do dia, Shelbie veio com tudo. Apostando numa faixa mais tradicional, foi uma boa volta ao country depois de um rápido flerte com o rock clássico nas duas últimas apresentações. O problema aqui foi a decisão por manter os vocais num tom grave, desconfortável para a voz dela, ao longo de toda a música, criando no final uma crescente para o agudo apoteótico que encerrou a apresentação. Foi bom, mas foi um tanto inconsistente. Nada que a típica força de palco que Shelbie carrega não tenha dado conta de suprir.

Manny Torres – Adventure of a Lifetime

Aqui começam as song choices tortas. Foi válida a escolha de uma música pop atual, principalmente porque Manny tem o típico perfil de act que vai para os lives e passa semanas cantando músicas de no mínimo 30 anos de idade, mas essa faixa em particular dificultou bastante o trabalho dele. Primeiro o arranjo, que foi “menos grave” que o original para adequar aos vocais de Manny, mas ficou um pouco estranho. Depois, o refrão, que quase não tem letra, e obrigou o rapaz a encher linguiça com sílabas soltas e “yeah”s que não agradaram. Ficou bagunçado, e ainda não permitiu que ele dispusesse toda a potência vocal – em sentido de alcance, os vocais do Chris Martin não são muito espetaculares -, ainda que o palco dele seja um dos melhores da competição.

Kory Wheeler – Let It Go

Um beijo para a Louisa Johnson do X Factor!! James Bay já está se tornando uma artista overdone dos reality-shows (e o cara só tem um álbum), então é aquilo, se quer fazer, faz direito. Kory teve seus melhores vocais da competição, interagiu bem com a câmera, parecia super confortável no palco, mas tem algo sobre ele que me incomoda um pouco. Não sinto muita segurança nas performances dele – e claramente não tem os melhores vocais da competição – e a edição nunca o favorece. Deve ficar por aqui.

Amelia Eisenhauer – Wake Me Up

Nessas horas quase dá saudade de Lindita. O que aconteceu aqui? Total incoerência com o que Amelia apresentou até aqui, sem contar que, dispensando o começo e as modulações interessantes nos “lost”s, os vocais foram fraquíssimos. A performance de palco foi tão bagunçada quanto os vocais. Esquecível.

Jenn Blosil – Sorry

Essa performance de Jenn foi uma pequena decepção. Com uma passagem quase impecável na competição até aqui, essa versão fora do tom de Sorry foi um problema. Continuo de olho aberto na região mais aguda da voz dela, que sempre foi uma dificuldade, mas aparentemente está tudo certo para os lives. A interação com a câmera foi boa, a persona agridoce continua ali, os problemas foram só na voz (?) . Dá para relevar? Acho que sim.

CJ Johnson – I’ll Be

Outra performance que eu sinceramente não entendi. Desde quando CJ tem essa pegada country roots? Pareceu uma performance bastante forçada – o exagero na emoção me lembrou o All By Myself de Jordan semana passada -, e os vocais não favoreceram muito não, principalmente o das estrofes, que saíram quase desafinados. CJ não se destacou, mas numa maré de performances fracas, pode ter a passagem garantida.

Lee Jean – Runaway

Lee não me convence. Investindo mais uma vez em Ed Sheeran, mas com uma faixa mais groovey, Lee falhou em provar uma versatilidade em potencial (mesmo que continue cantando músicas de cantores homens brancos que seguem mais ou menos o mesmo estilo). As estrofes foram totalmente ofegantes, e encaminharam um refrão bastante difícil. Por um outro, a performance foi mais madura que as anteriores e ele tem um ar um tanto gostável (ainda que perca para o carisma fácil de Mackenzie nesse sentido).

Trent Harmon – What Are You Listening To

Et Tu, Trent? Country? Keith Urban que está fazendo essas escolhas? Misericórdia. Por essa eu não esperava. Pelo menos Trent adicionou uma vibe soul na música e fez uma versão menos karaokesca do que eu esperaria (ESPERARIA, porque eu definitivamente não estava esperando). Mesmo com uma música um tanto aleatória, Trent fez um bom trabalho vocal, ainda funcione melhor sem violão. Foco nas modulações do refrão, que vão funcionar muito bem num live.

Tristan McIntosh – Good Girl

Tristan sem mãe!! Tristan… country? É SÉRIO O QUE TÁ ACONTECENDO???? Aff. Ignorando a overdose de country (até porque esse álbum de Carrie Underwood é uma coisa linda e todo mundo tem que ouvir), Tristan teve problemas. Primeiro, vocais: nos trechos graves não deu muito certo, e o refrão beirou a gritaria. Segundo, e mais importante: assim como em Gianna semana passada, houve uma forçação de barra (aliás, Gianna e Tristan são incrivelmente parecidas, né?) na tentativa de criar uma sexualidade, um girl power, que ela não tem. E aí sai tudo meio falso, meio artificial. A glory note do final faz um trabalho okay em deixar a performance menos esquecível.

Adam Lasher – Black And Gold

Adam, assim como Kory, veio no combo dos aprovados da Hollywood Week, e não fez um bom trabalho em se destacar agora não. A performance foi bastante superficial, o público não se engajou, e os vocais não tem absolutamente nada de especial – talvez algumas modulações “sexy” que o rapaz fez possam diferenciá-lo na hora do julgamento da bancada e do público, mas imagino que não.

Dalton Rapattoni – Rebel Yell

Vou repetir as palavras da finalmente acordada Jennifer Lopez: performance, performance, performance!! Melhor song choice da noite, Dalton aproveitou a vibe Billy Idol que ele carrega e fez uma performance marcante, sonora e visualmente. Ainda que algumas dificuldades vocais tenham sido evidenciadas, principalmente de respiração, nessa altura eu já deixei de me preocupar. Com essa força e essa energia, essa performance se encaixaria perfeitamente num live e ainda seria uma das melhores da noite.

Olivia Rox – Confident

Olivia mereceu esse pimp spot? Não sei. No meio de tanto country, Demi Lovato parece uma escolha supreendente. Mas o problema é que a faixa exigia uma força performática que Olivia não mostrou (se Dalton tivesse emprestado, só um pouquinho, estava bom), e a coisa saiu meio falsa. Os vocais seguraram bem a onda: o agudíssimo dos primeiros versos em contraste com as notas extensas do último refrão mostrou um alcance bastante interessante, e alguns vocais poderosos podem sair daí nos lives. Será que temos uma diva pop in the making?

Idol Star Duets

Se as apresentações solo foram um fracasso, os duetos deram conta de melhorar essa situação. Primeiro que os convidados da semana eram, na teoria, bem mais relevantes que os da semana passada, e de temporadas mais antigas – e o bônus da nostalgia veio mais forte. Segundo, as músicas, em geral, favoreciam o candidato. Não, na verdade elas favoreciam o DUETO, e muitos bons momentos foram criados graças a elas. Sem contar que as músicas dessa semana tinham um significado maior: os hits dos convidados eram, em geral, hits de verdade, e a maior parte dos covers já tinham sido feitos pelo convidado na temporada em que concorreram – dose extra de nostalgia!! Teve gente que aproveitou a pegada e saiu daqui na frente, competindo com Mackenzie e La’Porsha pelo amor da edição – e talvez do público.

Amelia Eisenhauer & Kellie Pickler – Suds In The Bucket

A princípio, uma performance que não daria certo. Mas Amelia conseguiu se adaptar ao hino country melhor do que se adaptou a Avicci, e o dueto foi muito divertido. Ponto para Kellie que respeitou muito a candidata, e a química foi spot on. Isso transpareceu nas harmonias, que também foram incríveis, e no desempenho vocal de Amelia, que foi o melhor da temporada. E o violino nem atrapalhou.

Kory Wheeler & Haley Reinhart – Bennie and The Jets

Haley fez o inexplicável: deixou Kory interessante. Os vocais dos dois estavam muito bons, mas me surpreendi de verdade com Kory, ainda que meio tarde na competição. As harmonias foram okay – ênfase na sugestão de Haley pela repetição dos “Bennie”, que deu super certo -, e as notas altas rasgadas também funcionaram.

Lee Jean & Chris Daughtry – Home

Primeiro lugar, é bom dizer que essa música foi perfeita para Lee, porque juntou as tentativas dele de mimetizar os Ed Sheeran da vida com a energia diferente que Chris trouxe. Vocalmente, foi um dueto com D maiuscúlo, com boas harmonias e uma performance bastante energética. Mas não tem como negar que os vocais de Chris são insuportavelmente inigualáveis, e Lee não brilhou o suficiente para se equiparar a ele. Mas, é. Foi bom.

CJ Johnson & David Cook – The World I Know

É esse tipo de música que CJ deve fazer, é isso que ele faz bem. E ainda assim, esse foi um dueto esquecível. O começo de CJ foi bem fraco, e as harmonias não foram tão perfeitas quanto poderiam ser. Apesar da passagem boa pela competição, CJ chega no top 24 com algumas dificuldades, frente a uma competição um tanto intensa demais para o que ele apresentou até agora.

Manny Torres & Jordin Sparks – No Air

Quando eu descobri que Jordin apareceria nos Duetos, eu fiz uma oração silenciosa por um dueto com No Air, e os deuses do óbvio ouviram minhas preces. Dei pulinhos de alegria quando eu descobri que o Chris Brown da vez seria Manny, porque estava esperando vocais matadores em certos trechos da música e, olha, acho que deu certo. Manny ficou um pouco para trás no dueto, mas isso é porque o talento de Jordin é tão bom que chega a ser ridículo. Manny não chegou a sofrer tanto como Jordan com Fantasia semana passada, mas em alguns momentos a forçação de barra para chegar à altura da convidada (literalmente) foi demais. O principal ponto, na verdade, foi a química dos dois no palco. Digna de finale, aliás.

Jenn Blosil & Constantine Maroulis – My Funny Valentine

Esse dueto é uma interrogação para mim. Jenn fez um bom trabalho, ainda que tenha tido bastante dificuldades na região mais aguda – dificuldades já recorrentes e que aparentemente não prejudicam a passagem dela pelo programa -, mas a performance dos dois como dupla funcionou perfeitamente. Ainda que, como bem disse Harry, a faixa tenha ficado “enérgica” demais, o que atenuou um pouco a química e a emoção, em geral foi um bom trabalho. A principio, considerei que Jenn tinha ficado um pouco ofuscada pelo vocal extenso de Constantine, mas ela teve alguns bons momentos, como a arrancada da harmonia do 2º refrão para a repetição. Kinda worked.

Tristan McIntosh & Kellie Pickler – Best Day Of Our Life

American Idol, o que vocês estão fazendo com Tristan? Transformando a garota numa diva country, no auge dos seus 15 anos? Bom, de qualquer forma, ela teve bastante dificuldade. A imaturidade dela, frente à performance sólida de Kellie, não me convenceu. Assim como não me convenceram os vocais – que aparentemente soaram melhor nos ensaios -, que não conversaram bem com a faixa original nem com a voz aguda e firme de Kellie. E, mais uma vez, a muleta da mãe. Poxa.

Olivia Rox & David Cook – Light On

Olivia vem se provando incrivelmente versátil, ainda que isso nunca tenha sido uma exigência que a competição tenha colocado no caminho dela. Esse dueto foi particularmente interessante porque David parecia um candidato no auge da sua evolução. Os dois tiveram dificuldades na parte mais grave (mesmo sendo uma música dele, se até Adele anda desafinando, porque David Cook não poderia?), mas da nota alta do refrão para frente, foi uma rasgação de voz, uma loucura. Ambos são típicos powerhouses, e Olivia sai daqui com um pouco mais de hype do que chegou.

Adam Lasher & Haley Reinhart – Can’t Help Falling In Love

Em primeiro lugar, são inevitáveis as comparações com a performance de Mackenzie Bourg dessa música mais cedo na temporada (que foi melhor, aliás). Em segundo, é inevitável dizer que essa foi uma performance de Haley, e Adam era quase um backing vocal. Não por culpa dela, provavelmente. Ela fez basicamente o que se espera de uma vocalista como ela, e ele não foi capaz de se soltar um pouco da melodia e deixar a emoção transparecer. A performance foi bastante emotiva, bastante cativante, mas vocalmente Adam soou robótico, ainda que o tom clássico e elegante da performance exigisse outra coisa. Adam teve problemas essa semana…

Dalton Rapattoni & Chris Daughtry – Higher Ground

Parece que Dalton quer que eu fale que ele é frontrunner (de novo). Mas vou com Jennifer e vou dizer que ele é um excelente dark horse, que surge na hora certa. Essa performance foi simplesmente incrível. Ao contrário de Lee, Dalton conseguiu dar conta de Chris e os dois fizeram um excelente trabalho de dupla, com as melhores harmonias que eu vi nos 24 duetos. Dalton manteve a energia da última apresentação e coroa a ótima semana que teve com um dueto 10/10.

Trent Harmon & Jordin Sparks – To Love Somebody

Por algum motivo, não fiquei tão satisfeito com essa performance como deveria. Certamente foi a melhor que a primeira performance de Trent e deve ser o suficiente para salvá-lo, mas hoje parece que o limite entre o estranho e o bizarro foi rompido. Me incomodam muito as caras e bocas que ele faz para acompanhar uma nota ou outra, principalmente quando não são pontuais e se repetem ao longo da performance. De qualquer maneira, o vibrato dele é realmente excelente (boa dica de Jordin, para ele gerenciar melhor o que ele faz com essa ferramenta) e o gato teve sorte de ter uma parceira incrível que, por mais que seja incrivelmente superior, foi extremamente respeitosa e deu o espaço ideal para que ele fizesse seu trabalho. Cheers.

Shelbie Z & Constantine Maroulis – Bohemian Rhapsody

E Shelbie volta para o rock clássico! Onde, aliás, faz um ótimo trabalho. Ao contrário dos jurados, eu acredito que essa música poderia sim funcionar como um dueto, mas o que faltou foi um pouco de força na performance da Shelbie (que sobrou com Constantine). O que me surpreende, porque é a mesma força que ela mostrou em Barracuda, então cadê agora?? No mais, a performance foi interessante, com harmonias excepcionais – e uma química inesperada entre a dupla.

Resultados

Nenhum corte bruto, ainda não. Adam e Kory eram eliminações quase certas, já que desde a Hollywood Week vem sendo carregados no combo dos aprovados, e CJ teve uma semana particularmente ruim. Amelia também vinha pelo combo, ainda que tenha tido uma passagem mais marcante pela competição do que os meninos. A maior surpresa fica com Shelbie, que não teve nenhuma apresentação ruim – pelo contrário – e tinha pouca competição na sua área, e teria um grande destaque semana que vem. Honestamente, trocaria ela pela Tristan num piscar de olhos.

Semana que vem a decisão passa a ser da América, que costuma fazer algumas besteiras no meio do caminho, principalmente nessas primeiras fases de votação. O público escolhe os 8 primeiros a entrar no top 10, enquanto os dois 2 Wildcards são disputado pelos 6 menos votados. O equilíbrio de gênero ficou realmente de lado, já que o top 14 é composto de 8 garotas e 6 garotos. Se eu tivesse que apostar pelo que eu conheço do gosto dos americanos, os 8 mais votados seriam (não necessariamente nessa ordem): La’Porsha, Sonika, Trent, Dalton, Mackenzie, Jenn, Tristan e Thomas, com os wildcards ficando entre Manny, Avalon e Gianna. Mas eu posso estar errado e o público mais tradicional votar loucamente pela Jeneve, e o público latino pelo Manny.

Aliás, eu sempre erro.


Downtown LA 1: Os sapatos dourados do Adam nos Solo Rounds me lembraram Kid Vinil.

Downtown LA 2: 3 acts da 10ª temporada nos 2 episódios, hmmmmm.

Downtown LA 3: Nossa, tinha esquecido como Haley era bonita! O look para o dueto com Adam estava simplesmente incrível.

Downtown LA 4: Chris está realmente tendo um bom momento pós-Idol, ainda que tardio. A Daughtry está com um single – e uma coletânea – indo ok nas paradas, e ele está no elenco da versão ao vivo da Paixão de Cristo que a Fox vai exibir em abril.

Downtown LA 5: O que é Ryan Seacrest dançando????

Downtown LA 6: O que é Ryan Seacrest fazendo rap????? O que é esse homem???? E escuto gente dizendo que prefere Carson Daly. Me poupe.


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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