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Arrow – 4×13 Sins of the Father

Por: em 11 de fevereiro de 2016

Arrow – 4×13 Sins of the Father

Por: em

Pera aí que eu ainda não acabei de xingar o Malcolm depois desse final.

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Depois das (muitas) participações de “Unchained“, Arrow organiza a casa e começa a caminha de volta para a sua trama central da temporada em “Sins of the Father“, em um episódio que as relações parentais nada tradicionais são colocadas em foco, só para entendermos que a mudança pode ser a mais tola das crenças. Malcolm é um dos personagens mais desenvolvidos até aqui, mesmo que indiretamente muitas vezes. Eles esteve presente em todas as temporadas e se envolveu nos grandes acontecimentos, sempre ressaltando seu lado mais controverso. Depois que descobrimos seu parentesco com Thea, tivemos um mero vislumbre de mudança – que caiu por terra assim que ele manipulou a filha para acabar com a vida de Sara.

E assim os dois foram caminhando nessa relação nada saudável e pouco construtiva, só que também sem medidas drásticas entre eles. Ao ver a filha beirando a morte, eu podia jurar que seus sentimentos eram genuínos, só para ser enganado mais uma vez pelo personagem. A sede pelo poder que a Liga impõe falou mais alto durante muito momentos e aqui não seria diferente. Quando Malcolm se nega a entregar o anel, tudo se configura para uma guerra civil nas ruas de Star City, que acaba não acontecendo pelos esforços de Oliver e sua equipe – Arqueiro que esteve mais centrado do que nunca neste episódio.

E como a diplomacia não tinha funcionado, o negócio foi partir para o sangue mesmo. Nyssa, que buscava seu papel como líder da Liga, clamou muitas vezes por seu marido no episódio, o que nos servia como um claro indicativo do que estava por vir, apesar de eu não ter percebido. Ao assumir o lugar da “esposa” na luta, Oliver sabia exatamente a briga que estava comprando, mas já não parecia se importar (porque né gente, apesar de pai de Thea, o cara matou metade das pessoas da série que não reviveram). E se você não se surpreendeu com o golpe da espada do Arqueiro, tá de parabéns. Dei uma surtada legal aqui quando vi a mão do anel caindo, num golpe estratégico e muito bem pensado da parte de Oliver: sejam quais forem as consequências, ninguém sairia dali morto.

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Só que tudo fica bem estranho quando Nyssa, já em poder do tão malfadado anel, decide repensar a vida e o legado que seu pai deixou. Depois dos inúmeros alertas de Laurel (que esteve muito bem no episódio), ela finalmente enxerga que se ela queria acabar com as atrocidades que o seu pai fazia, estava indo exatamente no caminho contrário. Foi um pouco estranho ela chegar nessa conclusão só agora? Foi, mas também faz um tanto de sentido – as vezes, só quando a gente consegue alguma coisa de fato, que percebe que aquilo já não nos fazia a menor diferença. O fim da Liga do Assassinos encerra toda uma trama desenvolvida desde a primeira temporada e coloca Malcolm, mais uma vez, indefeso. E a gente sabe muito bem que quando acuado, a primeira medida do personagem é contra-atacar, o que nos leva os minutos finais do episódio.

Quando a cena começa com os carros estacionando, a mensagem de um encontro entre o pai de Thea e Damien (que estava bem sumido) tomava conta da tela. E uma aliança era o mínimo que podíamos esperar. Agora Malcolm fornecendo a informação de que Oliver tem um filho foi pesado demais. Não, não é surpreendente quando olhamos para trás no histórico dele, mas cara eu fiquei abismado. Xinguei por uns bons minutos até me conformar que o pequeno William seria colocado em risco – o que também é uma boa maneira de trazer essa trama a tona de novo, já que vimos pouco desenvolvimento até agora. Com isso, logo estaremos vendo uma crise no relacionamento Olicity se instaurar mais uma vez, já que Oliver escondeu a existência do garoto da sua noiva, por motivos que sabemos bem quais. Adicionem a isso, a reafirmação do pedido de casamento, que apressa a cerimônia e, supostamente, deveria aproximar ainda mais os personagens – o que agora pode não mais acontecer.

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E já que chegamos em Felicity, falemos sobre o outro relacionamento parental tratado no episódio. Por mais que a gente dê umas rodadas de “segundas chances” para Noah, é difícil levar a sério suas boas intenções. Além de mostrar muito bem que sabe quem a filha é (e provavelmente com quem trabalha) e tentar roubar a tecnologia da Palmer, Noah tem o passado jogando contra ele. Nunca vi Donna tão sóbria como no momento em que sua filha conta que encontrou o pai. Aquela era a representação de um sofrimento contido por anos de uma mãe que fez tudo para polpar a filha – e eu acredito nela. Noah também não deixou claro para quem trabalha, mas quando ligamos os pontos, é difícil não pensar em Damien e sua proposta de uma cidade melhor, não é mesmo? Agora que sua própria filha o entregou para a polícia, podemos esperar de tudo nesse relacionamento, porque como Oliver mesmo disse “a conclusão das coisas não vem tão fácil assim”.

No campo das coisas que ficaram além dos nossos olhos, tivemos um pequeno indicativo de que Mr. Terrific, a outra identidade de Curtis a ser trabalhada, pode estar a caminho. A tal bola de metal que Noah mexe enquanto está nas instalações Palmer é uma marca registrada de Terrific – e esperamos que isso aconteça mesmo, já que o personagem tem tudo para ser uma adição incrível para a equipe (agora pensem, toda vez que chega alguém novo na equipe…). Outro lance bem bacana foi a mão decepada de Malcolm. Para quem não sabe, Oliver Queen passa por isso no futuro e veremos essa versão dele lá em Legends of Tomorrow, no sexto episódio dessa temporada. Foi um episódio mais calmo, porém bastante conclusivo. Agora o jogo volta suas atenções mais uma vez para a batalha entre Oliver e Damien, com todas as consequências possíveis. Confira o vídeo promocional do próximo episódio aqui embaixo:

E claro, use o espaço para compartilhar um pouco do que está achando e das suas teorias para o que está por vir!


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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