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Arrow – 5×09 What We Leave Behind (Fall Finale)

Por: em 10 de dezembro de 2016

Arrow – 5×09 What We Leave Behind (Fall Finale)

Por: em

Alguém me abraça que eu não estou sabendo lidar com esse final.

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Arrow realmente não cansa de me surpreender. Quando eu acreditei que a gente estagnaria em um determinado nível desta temporada, o roteiro me entrega um episódio que não somente dá o start para uma trama muito mais aprofundada sobre Prometheus, como também nos dá um dos melhores ganchos que já vimos na série. Cara, eu queria muito deixar para o final do texto, mas estou surtado com a possibilidade de Laurel estar de volta. Tudo é extremamente confuso nesse momento, porque ninguém deu entrevista nenhuma e tudo que tivemos foram palavras de Stephen Amell falando que se surpreendeu quando leu o roteiro e que muito da volta da série em janeiro será sobre essa trama, principalmente sobre o fato de descobrir se aquela é Laurel de verdade.

Isso pode ser um efeito de Flashpoint? Pode. Algum tempo atrás, acho que li uma entrevista onde algum dos produtores comentava que o ponto de ignição reverberaria mais profundamente na trama do Arqueiro depois do crossover. Então, tudo nos leva a crer que seja isso. Só que esse seria o caminho mais óbvio. Não que a gente não queira a personagem de volta – por mim deixa assim mesmo e me devolve minha Canário -, mas é estranho que isso só tenha acontecido depois de tanto tempo. É um problema, mas teremos que esperar por um longo período (pouco mais de um mês) até começarmos a encaixar as peças nesse louco quebra-cabeças da quinta temporada.

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Temporada que trabalha todos os seus elementos muito bem. O que foram os flashbacks dessa semana, meu povo? Eu dei umas surtadas fortes por ver o Arqueiro no começo da sua carreira. Ainda radical, ainda seguindo a lista do seu pai. E finalmente pudemos entender um pouco mais do que está por trás da motivação de Prometheus. Ao que tudo indica, o vilão é herdeiro Claybourne, que busca vingança pela morte do pai pelas mãos de Oliver Queen. Uma das cenas que mais me deixou vidrado foi a mistura entre presente e passado quando Prometheus encurrala nosso Arqueiro Verde. A troca rápida misturada com a monotonia foi fundamental para criar o clima de tensão que o momento necessitava. E cara, como foi difícil ver Oliver matando Billy sem querer. Eu sofri de verdade e não pude acreditar na frieza de Prometheus. Ele foi longe demais e parece não ter limites de até onde pode ir ainda. É de se pensar o que vem no nosso caminho, que pode ser de muita dor.

O que me alivia é ver que a equipe finalmente entende e não aponta o Arqueiro como um grande culpado. Ele é buscou isso no passado? Claro que sim. Mas não é por isso que merece ser crucifixado. Achei bem bonito o momento que todos apoiam Oliver, inclusive Felicity, a maior das afetadas. O episódio não poupa ao construir a esfera de destruição que o Arqueiro carrega consigo, mas também mostra o quanto sua mudança de postura atrai as pessoas para mais perto e faz com que elas comprem essa batalha, que passa a ser delas também. Isso tudo foi o suficiente, por exemplo, para trazer Thea de volta para o time, mesmo que temporariamente. É tão legal ver Speedy nas ruas novamente, né? Eu achei que não sentiria tanta falta, mas agora vejo o quanto a personagem estava integrada com a equipe e funcionava em tela.

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Muitas definições acabaram acontecendo nesta semana. A equipe ficou sabendo da traição de Evelyn, o que acabou abalando a todos. Ela foi a grande responsável por fazer todos serem identificados e, se desejava vingança pelos seus pais só porque Oliver não conseguiu salvá-los, ela acabou se tornando o monstro que tanto odeia, já que agora carrega a morte de Billy nas costas – sim, ela é a maior das culpadas e estou morrendo de raiva dessa menina a quem eu cedi a minha confiança e fui traído. A equipe como um todo até que reagiu bem, mas a verdade é que cada um estava lidando com seus próprios problemas. Gosto muito da maneira que René e Diggle se aproximam, o que poderia ser uma mentoria bem interessante, não fosse o problemático desfecho do ex-segurança nos minutos finais do episódio. Apesar de não sabermos quem armou aquilo, temos certeza que Diggle enfrentará sérios problemas depois de ter fugido de uma prisão de segurança máxima e não é difícil imaginar que todos que ama, acabarão envolvidos no meio dessa confusão.

Curtis também teve seu momento de destaque, para mim um tanto desnecessário. Confesso que não entendo muito da motivação do personagem em ir para as ruas, já que ele não demonstra o mínimo de habilidade e pouco sabemos da sua história. Enfim, o fato é que o roteiro continua tentando emplacá-lo como alguém relevante naquele contexto, o que me deixa bem infeliz. O ataque que ele sofre depois de tentar bater em Prometheus foi é muito pouco, porque sabemos que, se realmente estivesse afim, o outro Arqueiro mataria ele ali mesmo, sem qualquer dificuldade. Não bastasse isso, ainda tivemos que lidar com o drama da sua separação, tudo porque ele escolheu salvar a cidade. Meu amigo, tu não consegue nem se salvar, imagina a cidade. Tudo muito exagerado e com pouco propósito. “Eu não posso viver com a ideia de que não sei se você voltará para casa no final do dia” – meu querido, não sei como funciona por aí, mas a lei da vida diz que qualquer minuto pode ser o último. Então vamos parar com essa ilusão toda? Obrigado.

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Antes de terminar essa review, preciso comentar mais dois fatos bem relevantes para o desenvolvimento futuro da trama. O primeiro deles é o envolvimento real de Oliver com Susan, que deve acabar se desdobrando em muitos problemas para o prefeito, já que não podemos esquecer que tempos atrás, ela estava investigando o seu passado e descobrindo sobre o período que ele passou na Rússia. Apesar de problemático, gosto muito da ideia de ver Oliver com outra mulher que não Felicity, mesmo sendo estranho a princípio. Nos acostumamos com isso durante três temporadas, o que torna a mudança de cenário ainda mais interessante. O segundo ponto é que Prometheus tem técnicas semelhantes as de Oliver, o que demonstra que o vilão buscou estudar realmente o passado do seu adversário, utilizando inclusive das mesmas fontes de aprendizado, garantindo assim que acontecesse um duelo de igual para igual.

Acredito que por hora é isso. Se eu esqueci de alguma coisa, me lembrem nos comentários. Encerramos nossa passagem por Arrow nesse ano, então aproveito para desejar boas festas para todos vocês e que nossas esperanças (e séries) se renovem em 2017. Aguardo vocês por aqui, sempre. Grande beijo e abraço no coração. Até janeiro!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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