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Arrow – 5×12 Bratva

Por: em 12 de fevereiro de 2017

Arrow – 5×12 Bratva

Por: em

Cara, que episódio maravilhoso foi esse. Alguém me abraça.

Eu não sei se estou empolgado demais ou realmente “Bratva” foi um daqueles episódios que a gente marca na temporada. Com uma construção impecável, a ação estava presente durante os quarenta minutos, onde pudemos ver nossos conhecidos personagens mostrando lados nem tão esperados assim. Mais que isso, a mudança de cenário trouxe um ar completamente diferente para o desenvolvimento da trama, movimentando tudo que conhecemos e apostando em algumas dinâmicas diferentes. Tô animado, me segurem.

Oliver Queen foi um herói construído aos poucos. Quando o conhecemos há cinco anos atrás, ele era um cara de personalidade complicada (ainda é) e com um passado tortuoso. Agora, cinco temporadas depois, as coisas fazem muito mais sentido. O Arqueiro foi uma personalidade construída para que Oliver conseguisse lidar com um lado seu que não era “normal”. Construída por Talia Al Ghul. Eu começo a me perguntar se, em algum momento, existirá a ligação entre esse passado do personagem com sua passagem por Nanda Parbat, porque não lembro de nenhuma referência lá na terceira temporada sobre nosso arqueiro conhecer a filha de Ra’s. De qualquer forma, está valendo muito a pena conhecer essa parte da sua história. Quando fomos para a Rússia nos flashbacks, tínhamos a pretensão de ver a entrada do personagem na Bratva, mas nunca conhecer Talia e sua formação como Arqueiro Verde – e que bom que isso aconteceu.

Entendemos nesse episódio também que a Bratva não é uma organização fácil de lidar. É uma irmandade que te segue onde você for. É uma irmandade que te cobra a lealdade. Oliver sabia bem disso, mas não que teria que lidar com isso novamente. Sua chegada na Rússia serve como um bom lembrete para o personagem que, por mais que ele queira, não há como deixar o passado para trás – temática bastante recorrente neste quinto ano. A todo momento, vemos Oliver se preocupando com a maneira que sua vida impacta quem está por perto, só que sempre olhando pelo lado negativo disso tudo – culpa de um psicológico abalado por Prometheus. Em “Bratva”, vimos isso mais de perto com relação a Diggle e Felicity.

O primeiro ainda se recuperava do trauma que foi a sua prisão armada. Talvez não só disso, mas também da morte de Laurel também. Diggle estava bem descontrolado e pudemos ver isso pela maneira que lidou com o capanga do general capturado. Esse descontrole é um reflexo de como o cara está internamente. Devastado, confuso, culpado. E Oliver se culpa sobre isso. Felicity também caminha numa trajetória complicada. Seu envolvimento com Pandora aumenta e isso é um ciclo vicioso. Sempre que precisar de informações privilegiadas, ela vai consultar o pen-drive e irá mais fundo em um missão da qual se alistou sem muito pensar. Isso faz parte do seu passado e talvez fosse um lado dormente na personagem. Acho interessante que ela retome isso agora, uma maneira de mostrar que sua participação pode ser mais do que a nerd que auxilia o time, ela pode ter sua própria trama e complicações. Claro que Oliver se culpa por isso também – mesmo sem saber tudo que está acontecendo.

Também podemos falar sobre a entrada de Dinah, que soou tão natural, como se ela estivesse sempre por ali. Confesso inclusive que já dei uma shipadinha nela com Oliver, porque aquela cena dos dois no carro foi sensacional. Dinah não é o tipo de mulher que tem papas na língua – ela simplesmente fala. O que pensa, o que quer. E não pensou duas vezes antes de colocar Oliver de volta no eixo, algo que Laurel fazia muito bem, só que de uma maneira um pouco mais branda. Estava fazendo muita falta uma mulher na frente da ação e a nova Canário, mesmo sem uniforme, já fez a diferença. Enquanto alguns entram, outros saem. Depois de Evelyn, Rory foi o segundo a dar adeus a equipe, só que em circunstâncias bem diferentes. Depois de ter seus trapos “quebrados” pela explosão – algo que poderia ser muito parecido com a tragédia que o salvou -, Rory não quis ser um fardo no time de Oliver que sofre as constantes ameaças de Prometheus. Uma pena essa saída porque o personagem é excelente e interage de uma maneira única com Felicity – mas acho que o veremos novamente, talvez em outras circunstâncias.

Um relacionamento inesperado que vimos nesse episódio foi o de Lance e Rene. A volta de Lance, depois da reabilitação, foi uma boa “surpresa” e veio em um momento bem oportuno, porque realmente Rene não teria o controle necessário para lidar com uma missão internacional. Os dois trabalharam na tal da entrevista que nunca vimos, mas que foi importante para criar um laço entre esses improváveis personagens. Gostei ainda mais de saber que, de alguma forma, Lance foi importante no passado de Rene, relembrando que o personagem já teve um longo caminho até aqui que muitas vezes acabamos esquecendo. Falando em passado de Rene, tem mais alguém curioso para visitar a história do nosso novato favorito? Porque isso deve acontecer no próximo episódio segundo a sinopse.

Já que falamos da entrevista, Susan também teve seu destaque – não que seja ele muito bom. Essa mulher claramente não presta e agora ela tem a certeza, ou algo bem próximo disso, de que Oliver Queen é o Arqueiro Verde. Como que isso vai reverberar na trama ainda é muito complicado de dizer, mas seria possível que ela tenha algo a ver com Prometheus? Quem são as pessoas que estão buscando as informações para ela? Ainda é tudo super confuso nesse desenvolvimento, mas já lamento pelo tanto que Oliver vai sofrer quando descobrir que foi feito de bobo, mais uma vez. Desculpe a demora da review, comentem o que acharam e confiram o que vem por aí na próxima semana. Até mais!

 


Leandro Lemella

Caiçara, viciado em cultura pop e uns papo bobo. No mundo das séries, vai do fútil ao complicado, passando por comédias com risada de fundo e dramas heroicos mal compreendidos.

Santos/SP

Série Favorita: Arrow

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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