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O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

As 15 participações mais especiais de 2010

Por: em 16 de dezembro de 2010

As 15 participações mais especiais de 2010

Por: em

Estamos acostumados a nos apegarmos a certos personagens que integram o elenco regular de uma série de TV. São eles que nos levam durante toda a jornada, alguns ficando para trás, outros novos entrando, mas conhecemos suas histórias, rimos e choramos com eles por vários episódios. Porém, vez ou outra, especialmente em séries de comédia ou procedurais, existem certas participações especiais, ou guest stars como são chamados nos EUA que transformam um arco de poucos episódios em uma experiência gratificante.

Como um ator convidado pode ficar durante uma temporada inteira em uma série, como Charles Widmore em Lost, ele acaba sendo mais um personagem coadjuvante e não uma participação realmente especial. Para tanto, escolhemos atores que em 2010 apareceram em, no máximo, 3 episódios por determinada série, fazendo sua participação valer a pena. Vale notar que nem sempre escolhemos os que fizeram sucesso, mas que mais nos divertiram ou trouxeram lembranças de outra séries queridas, e até que tenham homenageado nosso Brasil. Também decidimos pegar um ator por cada série, “fugindo” da regra somente quando a participação foi em conjunto.

Não existe uma ordem de pior para melhor, afinal, todos aqui mandaram bem em suas devidas participações, cada um por determinadas razões que você acompanha logo abaixo.

Jorge Garcia em How I Met Your Mother – 6×10 Blitzgiving

(por Caio)

Um dos atores mais simpáticos do nosso tempo se tornou famoso por Lost. E mesmo outros atores já estarem em outras séries como Daniel Dae Kim em Hawaii Five-0, Garcia foi o primeiro a fazer uma participação especial em alguma série. O que melhor que mais um excelente episódio de How I Met Your Mother com Jorge Garcia e várias referências a Lost? Não fomos só nós, a atuação de Garcia foi bem vista por diversos críticos mundo a fora que notaram o verdadeiro talento para comédia do ator. Claro, ele já era o alívio cômico de Lost, mas a química com os atores de HIMYM foi tão forte que Steve, ou melhor, The Blitz, já parecia fazer parte da turma desde sempre. Quanto as referências de Lost ficaram por conta de que Blitz era amaldiçoado, algo que Hurley também achava ser na ilha; os números malditos 4815162342 usados como um número de celular qualquer; e uma fala de Steve comentando que a maldição do Blitz foi como estar em uma ilha por uma eternidade, algo que nosso amado gordinho fez ao assumir o cargo de protetor da ilha.

Teri Hatcher em Smallville – 10×08 Abandoned

(por Alexandre)

Estando em sua temporada final, estranho seria se Smallville não apresentasse participações especiais e momentos de encher de lágrimas os olhos daqueles mais saudosistas fãs da história do homem de aço. Um desses momentos aconteceu durante o 8º episódio dessa temporada e contou com a participação especialíssima de Teri Hatcher, a eterna Lois Lane de Lois & Clark: As Novas Aventuras do Superman, interpretando ninguém mais ninguém menos que Ella Lane, mãe de Lois, papel agora representado pela não menos talentosa Erica Durance. Na ocasião, Lois estava dando um passo gigante em sua relação com Clark e mudando-se de vez para o rancho dos Kent, onde moraria com o namorado. Remexendo em suas coisas, a jornalista encontrou as fitas deixadas por sua mãe antes de morrer e decidiu assistí-las. Na fita, as emocionantes palavras de Ella servem como um guia para Lois, que após ouvir a despedida da mãe acaba procurando uma maneira de cicatrizar feridas deixadas na relação de Clark e Jor-El. Ella Lane, mesmo em fita, ditou aquilo que a temporada está se preocupando em destacar: Que Lois Lane é a força por trás do Superman. A participação de Teri foi curta e durou cerca de 2 ou 3 minutos, mas foi tempo suficiente para levar as lágrimas não só a Lois da vez, mas também todos os órfãos da série clássica. Realmente, de encher os olhos.

Jennifer Aniston em Cougar Town – 2×01 All Mixed Up

(por Caio)

Desde o término de Friends em 2004, que lhe rendeu um Emmy e um Globo de Ouro, Jennifer Aniston já fez mais de 10 filmes, mas na televisão apenas 3 participações especiais. Uma delas foi em 30 Rock, enquanto as outras duas foram em séries de sua comadre Courteney Cox, sendo Dirt em 2007 e na première da 2ª temporada de Cougar Town. A participação de Aniston pode não ter sido fantástica, mas só o fato de reunirem ela e Cox em cena já valeu a pena. É impossível não pensar em Friends quando vemos um dos 6 atores, e ver dois deles juntos anos depois já é satisfatório o suficiente. Aniston fez Glenn, uma terapeuta totalmente maluca que ajuda Jules a superar o fato de estar perdendo Travis, contando assuntos de sua própria vida com o filho Gabriel, que mais tarde descobrimos ser seu cachorro. Aniston mandou bem como a louca terapeuta, com suas técnicas para acalmar e o jeito que tratava Jules. Vale lembrar que essa é a 2ª aparição de uma ex-Friends em Cougar Town. Na primeira temporada tivemos Lisa Kudrow como uma cirurgiã plástica, mas que não foi tão divertido.

Allison Janney em Lost – 6×15 Across the Sea

(por Guilherme)

Across the Sea provavelmente foi o episódio mais polêmico da última temporada da Lost (talvez até da série). Mais do que o series finale, ele mergulhou na mitologia da ilha, nos mostrou a origem do conflito que impulsionou reta final da série. Mas por mais que muita gente não tenha engolido toda a história da luz e da briga entre Jacob e o homem de preto, uma coisa é certa: Allison Janney mandou bem demais na pele da mãe das duas entidades. Ela era a prova de como é impossível se chegar a uma resposta absoluta. Antes de Jacob e MiB, havia ela. Antes dela, havia outros. É uma corrente que não tem fim, e em vez de focar no mistério que a presença de sua personagem carregava, Allison expressou mais a relação complexa que vivia com os dois filhos. Afinal, ela roubou as crianças durante o nascimento, e por mais que boa parte dos problemas de todos os personagens de Lost estejam relacionados a daddy issues, foi reconfortante ver a importância de uma mulher dando pontapé ao mommy issue que desencadeou tudo o que aconteceu na série durante 6 temporadas.

Gwyneth Paltrow em Glee – 2×07 The Substitute

(por Caio)

Em uma série que traz diversos guest stars durante suas temporadas, impossível não dizer que a melhor de 2010 foi Gwyneth Paltrow. Em seu primeiro papel na TV interpretando uma personagem Paltrow foi aclamada por 11 entre 10 críticos por Holly Holliday, com alguns falando até que essa foi sua melhor interpretação em muitos anos de carreira. A atriz levou o episódio nas costas como a professora substituta mais legal do mundo, e suas cenas com Jane Lynch foram hilárias. Paltrow desbancou Rachel com a fantástica cena do “Rachel…you suck” e provou que além de atriz, é cantora e dançarina. Afinal, Forget You está entra uma das músicas que eu mais gostei em Glee, além de que o mashup Singin’ in the Rain/Umbrella foi muito bem feito. Paltrow usou de tremenda confiança para interpretar Holly, como visto na sequência antes dela cantar Forget You, entrando na sala, deslizando sobre a armadilha de Puck e enfrentando Santana, provando estar por dentro do universo musical. Alguém aí está se perguntando se Paltrow voltará? Pois é, “I thought you’d never ask”. Mas a verdade é que essa semana a atriz confirmou presença em mais um episódio futuro de Glee. E falando sério, quem não iria querer aprender espanhol comentando sobre as prisões de Lindsay Lohan e história com personificações de Mary Todd Lincoln? Gwyneth Paltrow arrasou!!

Michael J. Fox em The Good Wife – 2×06 Poisoned Pill

(por Lucas)

Michael J. Fox fez uma participação grandiosa em The Good Wife. A série teve outras participações interessantes – como Reiko Aylesworth e Elizabeth Reaser – mas o Louis Canning de Fox foi sensacional. O personagem sofre de uma doença degenerativa – assim como o ator, na vida real – e fez um advogado super manipulador. No episódio em que apareceu – Poisoned Pill -, Michael disse para Alicia no finalzinho: “Quem sabe não nos vemos em breve por aí?” O personagem já antecipava um fato confirmado há algumas semanas. A participação de Michael J. Fox rendeu o convite para uma segunda aparição na série, no episódio 13 desta segunda temporada, intitulado “Real Deal”.

Kevin Corrigan em Community – 2×09 Conspiracy Theories and Interior Design

(por Guilherme)

Community teve Betty White nessa segunda temporada. Community teve Hillary Duff nessa segunda temporada. Mas por mais que esses dois nomes sejam conhecidos por um número gigante de pessoas, a participação mais engraçada foi de um cara não tão conhecido assim — apesar de ter participado recentemente de Fringe, Damages e algumas outras séries. Kevin Corrigan interpretou Professor Professorson, um professor de Greendale que… é até difícil encontrar muito sobre o que falar, porque o legal dele é justamente o seu mistério. Ninguém sabia de onde ele havia surgido e porque ele deu corda pra mentira do Jeff. E na verdade, as origens dele pouco importam. Se toda vez que um professor misterioso aparecer em Community, uma cena fantástica igual a dele, Annie, Jeff e o Dean atirando um ao outro surgir… Que apareça um Professorson todo episódio. Community adora fazer paródia de qualquer estilo, e na hora da teoria da conspiração, Kevin Corrigan foi o cara certo pra misturar o mistério e o toque de maluquice sutil que o episódio precisava

Lennie James em The Walking Dead – 1×01 Days Gone Bye

(por Caio)

Em um dos melhores pilotos do ano, Lennie James soube mostra a que veio. Conhecido principalmente pela série Jericho, o ator é famoso por personagens mais densos e sabe perfeitamente colocar uma carga dramática intensa nos papéis que faz. Nada disso fugiu a regra na estreia de The Walking Dead. James interpretou Morgan Jones, o cara que acolhe Rick e explica tudo sobre o que aconteceu enquanto o policial esteve em coma. O ator arrasou em suas cenas, mas especialmente na que ele tenta matar sua esposa que virou zumbi. Após a transformação, ela continua andando perto da casa assustando o filho e o personagem de James que acabar com o sofrimento. Em uma cena fantástica, ele aponta a arma para a esposa mas é incapaz de matá-la. Incapaz, também, somos nós de soltar alguma lágrima com o desespero de Morgan. Esperamos mais Lennie James na 2ª temporada!!

Zeljko Ivanek em True Blood – 3×01 Bad Blood; 3×04 9 Crimes; 3×07 Hitting the Ground

(por Lucas)

A trama de True Blood permite a experimentação. O ator pode sair do óbvio ao interpretar um vampiro, um lobisomem ou uma fada. A produção permite isso. Zeljko Ivanek, ator incrível em tudo o que faz, deu seu toque especial ao Magistrado horripilante dos vampiros na série. Ivanek, que no total já apareceu em quatro episódios da produção, foi visto em três dos episódios exibidos neste ano. Zeljko mostrou o quanto é versátil como ator. Seus papeis – sempre muito fortes e bem-construídos – fogem do óbvio pela sua força de atuação. O Magistrado protagonizou cenas interessantes com o Rei Russell (vivido pelo também excelente Denis O’Hare).

Greg Germann e Valerie Mahaffey em Raising Hope – 1×09 Meet the Grandparents

(por Guilherme)

Nenhuma família é normal. Em Raising Hope, menos normais ainda. Aos poucos a série tá mostrando um pouco do que é aquele mundo em que os Chance vivem, cheio de pessoas tão bizarras quanto eles — e no episódio de Thanksgiving, foi a vez de a gente conhecer Margine e Dale, avós maternos de Hope. Mesmo que, de cara, já tenha ficado claro que eles não são um casal muito tradicional, o legal foi ver como tradição de família é algo sagrado. Os Chance têm a tradição de não se importarem com tradições. Já a família por parte de mãe da Hope tem a tradição de… serem criminosos. A mãe era serial killer e os avós são sequestradores. Greg Germann manda bem ao manter um jeitão normal que esconde a personalidade bizarra de Dale, mas quem rouba mesmo a cena é Valerie Mahaffey. Valerie já levou o Emmy por outra personagem esquisitona (e hipocondríaca) em Northern Exposure — a série mais legal que ninguém nunca viu —, e agora, 15 depois, ela ainda mostra como pode ser divertido pra caramba acompanhar uma criminosa com TOC.

Stan Lee em The Big Bang Theory – 3×16 The Excelsior Acquisition

(por Caio)

Homem-Aranha, Demolidor, Thor, Hulk, Quarteto Fantástico, X-Men, Homem de Ferro…todos esses super heróis são referências constantes em The Big Bang Theory, certo? Então por que não trazer o criador desses personagens para a série? Pois é, os roteiristas de TBBT tiveram a ideia e conseguiram colocar Stan Lee, a mente brilhante por trás de todos esse super heróis, em um episódio. No mesmo, Stan Lee interpreta…Stan Lee, que está em uma convenção na cidade, mas Sheldon perde o evento por insultar um juiz e ir preso. Penny consegue o endereço do escritor e leva Sheldon até lá para conseguir um autógrafo. Lee não gosta da visita, ainda mais quando Sheldon, que não entende sarcasmo, entra em sua casa para assistir televisão com ele. A participação foi pequena e rápida, mas só de ter a lenda dos quadrinhos em uma série que mostra seus fãs já valeu demais.

Sônia Braga em Brothers & Sisters – 5×08 The Rhapsody of the Flesh

(por Lucas)

A participação especial que selecionamos para entrar em Brothers & Sisters não foi a melhor participação da série nesta temporada. Entretanto, é uma participação brasileira e achei que bateria, por isso, até mesmo a ponta que John Terry fez nos últimos capítulos que a série exibiu. Sônia Braga faz a mãe de Luc, atual affair de Sarah Walker. Na história, ela é Gabriella, uma franco-portuguesa e vive uma mulher em seus 50 e poucos anos e que tem um histórico recorrente em decepcionar seu único filho. Foi interessante a forma que a trama foi conduzida e o desfecho também foi interessante. Sônia Braga pode não convencer tanto, mas convence.

Ricky Gervais em Louie – 1×03 Dr. Ben/Nick; 1×12 Gym

(por Guilherme)

Qualquer coisa que cai na mão de Ricky Gervais fica engraçado. Qualquer coisa. Com Louis C.K. no comando, melhor ainda. Louie é uma série que ama colocar seu protagonista no fundo do poço e o Dr. Ben interpretado por Gervais faz isso com a maior felicidade do mundo. Ele brinca dizendo que Louie tem AIDS. Ele chama a enfermeira pra sacanear a (falta de) beleza de seu… órgão sexual. Ele é do pior tipo possível — daqueles que enganam tão bem, com uma cara tão convincente, mas que no final das contas tão só querendo pagar de engraçados. Só que pra Louie — claro — não é nada engraçado. Pra gente, sim. Muito. Ricky Gervais já passou do ponto de precisar provar pra alguém que é um cara versátil, mas quem ainda não o conhecia fora do escritório de The Office, Louie deixou claro que ele também é engraçado demais em um consultório.

Fred Willard em Modern Family – 1×21 Travels With Scout

(por Caio)

O que é melhor que um Dunhpy? Dois Dunphys!! Fred Willard e Ty Burrell tiveram uma química tão boa como pai e filho que foi impossível não rir de suas piadas sem graça, dos cumprimentos que faziam Claire dar aquelas olhadas sensacionais para a câmera e das tentativas frustradas de conversas sérias. Ainda mais quando a série nos fez pensar que Frank Dunphy estava triste por estar brigado com a esposa, mas era tudo o amor pelo cachorrinho Scout, que acabou partindo o coração de Claire quando foi embora. Willard recebeu falas geniais e deu show em todas as cenas do episódio, tanto que foi indicado para o Emmy de melhor participação especial nesse ano. Mal posso esperar para ver o avô Dunphy em cena novamente.

Michael O’Neill em Grey’s Anatomy – 6×19 Sympathy for the Parents; 6×21 How Insensitive; 6×23/24 Sanctuary/Death and All His Friends

(por Guilherme)

Quando Derek tomou a decisão de desligar os aparelhos que mantinham Alison Clark viva, é claro que o seu marido agiria de maneira forte. Ele odiou a decisão de Derek, decidiu processar o Seattle Grace, e tudo isso é de certa forma compreensível, mas o mais incrível no personagem foi como a obsessão dele foi aos poucos crescendo até chegar à forma do psicopata que tomou conta da season finale da 6ª temporada. Qualquer série pode colocar alguém com um revólver na mão pra deixar algum momento mais tenso, mas a arma na mão de Mr. Clark fazia sentido. Não soou forçado, porque toda a construção ao redor dele foi bem feita pra caramba. E Michael O’Neill mandou bem demais ao expressar a mente conturbada de um assassino que simplesmente não nasceu pra ser assassino. Ele invadiu o hospital porque não se conformava com a morte da esposa. Queria que todo mundo no Seattle Grace sofresse tanto quanto ele. Foi repugnante o que o cara fez com cada um dos personagens — traumas que são carregados até agora na 7ª temporada —, mas foi uma sacudida fantástica na série. Mr. Clarke foi responsável por um dos episódios mais intensos de Grey’s Anatomy.


Caio Mello

São Bento do Sul – SC

Série Favorita: Lost

Não assiste de jeito nenhum: Séries policiais

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