Spoiler Alert!
Este texto contém spoilers leves,
nada que estrague a série ou a sua experiência.
Em tempos onde a Netflix ameaça dominar o mundo e a falta de criatividade afeta as tramas dos canais da TV americana, inclusive com a volta questionável de algumas tramas, poucas estreias foram do sistema de streaming mais famoso do mundo conquistam o coração dos americanos.
Uma desses exceções é Blindspot, a única série estreante de 2015 a figurar na lista das 10 séries com maior audiência nos EUA. Aliás, aqui no Apaixonados por Séries ela foi eleita uma das mais queridas de 2015 e um dos retornos mais esperados para 2016.
Tudo começa quando uma mulher nua (Jaimie Alexander) e com o coberto de tatuagens e sem um lapso qualquer de memória é encontrada no meio da Times Square. Dentre as tatuagens espalhadas pelo corpo, a desconhecida possui o nome do agente do FBI Kurt Weller (Sullivan Stapleton) nas costas, o leva a crer que ele a conhecia.
Mas ao chegar na divisão onde trabalha, o moço não reconhece a mulher, que recebe o nome temporário de Jane Doe, e dá início a uma investigação repleta de perguntas. Quem é Jane na verdade? Quem apagou sua memória? Por que ele foi deixada sem memória na rua? Qual sua ligação com Kurt?
Os enigmas ficam ainda mais complexos quando a equipe de Kurt descobre que há enigmas escondidos nas tatuagens de Jane e que cada um deles pode ajudar na solução de um crime grave, desvendado a cada episódio. Mas não pensem que se trata apenas de uma série procedural.
À medida que vamos descobrindo os crimes com ajuda das tatuagens, as relações entre os personagens se devolvem com intensidade. A unidade de Kurt é chefiada por Bethany Mayfair (Marianne Jean-Baptiste) e integrada ainda pelos agentes de campo Edgar Read (Rob Brown) e Tasha Zapata (Audrey Esparza), além da analista Patterson (Ashley Johnson) e do médico Robert Borden (Ukweli Roach).
Embora a atuação de Sullivan seja um pouco questionável em alguns episódios, isso não chega a incomodar se levarmos em conta sua química com a impecável Jaimie Alexander. Os demais personagens cumprem seu papel e, cada um a seu jeito, também conquistam a empatia do público, o que pode causar sofrimentos, já que Blindspot é uma série que com coragem suficiente para incorporar Shondanás…
Outros personagens são incorporados à trama, como a família de Kurt (pai, irmã e sobrinho), o namorado de Paterson e agentes de outras unidades do FBI. Quanto ao roteiro, alguns se incomodam com a forma como tudo se encaixa, já que não seria tão verossímil, mas isso não chega a me incomodar. Embarco com fé e deixo o episódio me levar.
A série é tão instigante que possui anagramas escondidos nos títulos de cada episódio, coisa que descobri com a querida Camila Ascencio na review do episódio 1×08 (podem clicar aqui e rolar pro final do texto dela). Para aqueles que estão em dia com a série e para quem não se incomoda com spoilers leves, seguem as respostas dos anagramas da primeira temporada:
“Quem é Jane Doe? Taylor Shaw, a garota desaparecida? Ou talvez não. O passado vai obscurecer nossas vistas. Não confie em ninguém. Desconfie de todos. Levante a cortina e desvende o mentor. Em caso de emergência, siga estas instruções: fique onde está, encontre uma linha segura para contactar seu treinador. Encontre o que você precisa quase no último lugar que olhar. Inicie a sequência, foque no tempo. Então espere pelo endereço para seu novo lugar seguro. A ordem final será revelada quando isso for arquivado.”
Em resumo: Blindspot instiga, intriga, faz a gente tecer teorias e querer confabular com os amigos.
Agora é a sua vez de nos dizer o que achou da série.
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