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CCXP Tour – Dia #3 – 15/04 Diário de Bordo (ou Aquele do Painel da Netflix)

Por: em 16 de abril de 2017

CCXP Tour – Dia #3 – 15/04 Diário de Bordo (ou Aquele do Painel da Netflix)

Por: em

Quem conhece um pouco de CCXP, sabe que a primeira regra de qualquer Apaixonado por Séries é: Dia de Netflix é dia de acordar junto com o sol, pegar uber ou metrô, uma fila imensa, passas horas em pé… Tudo pra curtir aquelas horinhas já reservadas ao painel daquele que já é o “canal” favorito de provavelmente 8 entre 10 fãs de seriados. E, é claro, eu não ia deixar o ritual falhar. Mesmo tendo ido dormir tarde (pós meia-noite), 5h da madrugada estava de pé e cheguei ao Centro de Convenções de Pernambuco entre 6h30 e 7h.

Problemas de falha de comunicação aqui e ali (algo que acontece muito em dias como esse), consegui entrar no auditório Twitch mais ou menos 8h30/9h e pegar um ótimo lugar. A partir daí, foi só a espera, que não foi pior graças a grande energia que todo mundo na sala transmitia. Eram vários debates acalorados rolando nas fileiras (atrás de mim, rolava uma discussão de Batman vs Superman que, de tão ótima, quase me fez virar o rosto e comentar – se era você uma das pessoas, por favor, se manifeste), gritos de “Vai Ser Épico! Vai Ser Épico!” acontecendo a todo momento e uma ansiedade muito grande que foi totalmente preenchida quando as atrações começaram, às 11h.

 

A primeira atração do dia, pra aquecer antes da Netflix entrar em ação, foi um painel de 1h que contou com a presença do muito simpático Luciano Cunha, autor de uma HQ nacional chamada “O Doutrinador”, que conta a história de um super herói que tem como principal alvo… os corruptos. Bastante conhecida pelo público do meio e aclamada, a história pareceu muito boa e já está confirmada para uma adaptação em live-action e uma série do Space, que a gente com certeza já tá ansioso demais para assistir.

Em seguida, Halder Gomes, Falcão e Edmilson Filho subiram no palco para contar um pouco da produção de Cine Holliudy 2 – A Chibata Sideral. Com o bom humor característico e até já esperado por quem assistiu ao filme, o painel foi o mais descontraído da CCXP Tour. Edmilson brincou com o rapaz que fazia as legendas simultaneamente, perguntando se era um aplicativo e se ele conseguiria entender “cearês”, o que rendeu um dos momentos mais divertidos da feira. Algumas stills foram mostradas, a data de lançamento prevista (2018) e eles também contaram que a trama envolverá aliens e sci-fi. No fim, além do anúncio da produção de uma sequência para Shaolin do Sertão (quem gostou, pode comemorar!), Falcão cantou um trecho de uma música sua que está na trilha do filme.

 

Encerrando essa parte (mediada pelo Forlani), Aline Diniz subiu ao palco sob os gritos de ansiedade de todos para apresentar o painel da Netflix. De cara, Rodolfo Valente (Rafael) e Vanessa Gonzaga (Joana) subiram para falar de 3%. Bem mais a vontade que durante a CCXP SP, os dois brincaram um com o outro quase que o tempo inteiro, durante os 30 minutos de painel. Sem grandes novidades, comentaram momentos importantes da série, o entrosamento que surgiu entre todo o elenco, as cenas que acharam mais complicadas de fazer (ambos elegeram momentos calmos, como um oi ou um bom dia, onde segundo Rodolfo, é mais fácil de você sair do personagem sem perceber) e tiraram onda com o fato de Rafael só apanhar.

Um momento bem bacana foi quando Rodolfo contou que eles jamais esperavam a renovação anunciada tão cedo durante a CCXP passada e que sussurrou no ouvido de Vanessa na hora que iria pular. Dito e feito. Infelizmente, não ganhamos uma data oficial nem uma sinalização de início de gravações da 2ª temporada, mas um passo de cada vez.

 

Seguindo a eles, Miguel Angel Silvestre também foi ovacionado quando entrou no palco. Com sua energia mais do que contagiante, o intérprete do Lito de Sense8 mostrou mais uma vez porque é um dos personagens/atores mais queridos da série. Com o inglês arranhado pro espanhol e alguns “Te Amo” e “Obrigado” em português, o ator pulou, gritou, andou por todos os cantos da plateia e, como já é característico, soube também emocionar ao contar uma história do passado envolvendo uma tia lésbica – o que o levou a um belo discurso sobre enxergar Lito como uma homenagem não apenas a ela, mas a todos que precisam lutar diariamente para ser o que são em uma sociedade ainda preconceituosa demais.

Para completar o surto geral, 3 cenas inéditas foram exibidas. Os 3 minutos iniciais da temporada, a cena gravada no Brasil e outra estrelada por Lito. A gente não pode falar delas aqui, mas o que dá pra dizer é que é possível perceber que a qualidade se mantém alta, com doses cavalares de emoção. Teve gente (não vou dizer quem… imagina se isso ia acontecer comigo) que terminou de ver alguns momentos todo arrepiado e com lágrimas nos olhos.

 

Não dava para deixar o elenco de @13reasonswhy sem provar o tradicional bolo de rolo, né? (Repost do @omelete) #ccxp #ccxptour

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Lágrimas que também quase caíram durante o momento dedicado a 13 Reasons Why –de ambas as partes. Era perceptível o quanto Alisha Boe (Jessica), Brandon Flynn (Justin) e Christian Navarro (Tony) não tinham noção da recepção que os esperava. Ovacionados como nenhum outro artista no evento, eles entraram no palco debaixo de gritos eufóricos e exaltados e durante vários momentos no painel interagiram com a plateia, sempre os elogiando e soltando “I love you” de forma aleatória. De todos, Alisha era claramente impressionada e o espanto misturado com alegria em seus olhos soou tão sincero que me tocou de verdade.

Também sem novidades sobre uma possível renovação, a conversa voltou-se para a importância da série. Todos afirmaram que sabiam a responsabilidade que eles tinham e que foi muito bacana ver a recepção do público e, principalmente, quantas pessoas foram ajudadas por causa da história de Hannah. De uma maneira geral, foram comentários mais pontuais sobre como a série trabalhou muito bem as duas linhas temporais (coisa que eles próprios admitiram se confundir as vezes), como todos são apaixonados por Dylan e Katherine (os intérpretes de Clay e Hannah) e como ficaram tão amigos a ponto de assistir (e dramatizar no palco até) RuPaul’s Drag Race juntos no apartamento após as gravações.

 

Um momento bem bonito e que acho que vale ser destacado foi quando Brandon se emocionou ao comentar que tinha sofrido bullying por ser gordo quando estava na escola e que, por isso, saber que a série tinha ajudado pessoas a procurarem ajuda tinha significado o mundo. Deu pra ver umas lágrimas se formando nos olhos dele – e nos nossos também. No geral, todos ressaltaram a mensagem da série, que nas palavras de Alisha é, de forma simples: “Seja legal. Seja bom. Trate as pessoas como você quer ser tratado.”

 

Tem que ter Punho de Ferro mesmo para tanta selfie aqui na @ccxptour Nordeste! @finnjones simpatia em pessoa 😍 #ccxp #ccxptour

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Encerrando o painel da Netflix, Finn Jones e Tom Pelphrey subiram ao palco para discutir a primeira temporada de Punho de Ferro. Sem novidades, os atores comentaram a preparação para as lutas (Finn disse que teve pouco tempo para aprender tudo), o ótimo entrosamento do elenco e como a série foi um pouco diferente das demais da área. Finn disse que uma das coisas mais interessantes é que não consegue enxergar Danny como um super herói ainda. Colocando nas palavras do ator, é claro que no fim do dia, ele é sim um herói. Mas por dentro, é só um menino no corpo de um adulto.

Tom comentou que em momento nenhum se sentiu diminuido por ser um personagem coadjuvante numa série de super herói e que acha que a trama que Ward trilhou o levou a um caminho muito interessante de autodescoberta. De uma maneira geral, eles também foram simpáticos (Finn falou novamente Punho de Ferro em português) e conseguiram encerrar bem, embora sem trazer nenhuma novidade, o melhor painel da CCXP.

Em seguida à Netflix, a Warner veio com seus heróis e mostrou que vem com tudo. Exibindo trailers de todos os seus filmes para esse ano, além de 5 minutos inéditos de Mulher Maravilha, o estúdio mostrou que não está pra brincadeira.

No que diz respeito a feira, também vi muita coisa legal. Uns estandes diferentes, uns cosplays… Mas isso fica pra outro texto, que esse aqui já tá grande demais. A quarta e última parte deve sair na segunda de manhã e prometo que, lá, conto o restante dos estandes que visitei hoje e tudo mais que tiver de legal amanhã, domingo!


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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