As coisas pareceram esfriar no nono episódio de Chicago Justice, mas nada que mudasse a linha de raciocínio que vem sendo criada até agora. O caso envolvendo a discussão sobre porte de armas foi interessante e, por mais óbvio que tivesse sido a solução do caso, foi bom ter visto argumentos de ambos os lados nessa disputa.
A discussão em torno das atitudes dos adolescente vem sendo bastante falada e isso pode ser atribuído ao sucesso de 13RW, assim como fatores externos como: baleia azul e outras coisas. O que vale a pena destacar aqui, é a necessidade de falar sobre o uso das armas por adolescentes e por pessoas que não estão na plena capacidade de discernir sobre algo. É preciso, portanto, ter uma conversa não só dentro de casa, como também nos lugares de atuação desses jovens. As escolas e universidades precisam debater sobre isso e estarem abertas as diversas questões envolvendo o armamento.
Enfrentar essas questões é um passo contra a impunidade e, sobretudo, um passo em prol da conscientização e educação, já que de nada adianta trazer o debate e, de fato, não debater e fazer esse enfrentamento. Por isso a participação dos professores, diretores e outros atuantes na área de ensino se fez importante no episódio, seja para entender como a mente de um educador, como eles funcionam, como também para entender em que momento estamos errando e no que podemos melhorar.
Apesar de confuso, a interação dos personagens principais aos poucos vai se tornando mais frequente. Claro que seria mais legal e bem mais interessante, vê-los compartilhando vivências e conversando, mas diante da rotina tão exaustiva, pedir isso logo na 1ª temporada pode ser um pouco demais. De toda sorte, Peter continua sendo o grande destaque da vez, sempre com pensamentos altruístas e tentando mudar o mundo com as suas palavras e seus argumentos. É bem legal ver profissionais tão competentes e bons como ele, mas até quando essa bondade pode influenciar no seu julgamento ou influenciar nos casos em que ele trabalhe? Digo, será que é possível, a obsessão por justiça, colocar alguém em perigo?
Em Drill, mais um bom tema foi abordado e as consequências podem ser tão desastrosas quanto, já que pela primeira vez, poderemos ter uma continuação no caso apresentado. A violência entre gangues é um grande problema não só nos EUA como também aqui nas capitais brasileiras. A comunidade sofre em razão da violência nas comunidades periféricas e nas lutas pelo tráfico e pelo poder nessas regiões, mas enquanto houver um sistema – lê-se Estado – capaz de financiar e colaborar para que essa situação permaneça, não vamos ter mudanças. O que eu quero dizer com isso, portanto, é que o caso dessa semana é só mais um retrato da falta de amor e respeito pela vida.
Quando perguntei a vocês, acerca da busca pela justiça do Peter, me referi exatamente a esse episódio. A vontade e a garra do Peter, acabou por influenciar toda uma investigação, e comprometeu, de uma certa forma, a vida da família da vítima. Não a sua garra, mas a forma como o caso foi investigado pela Promotoria, já que um assunto tão delicado, como é a violência entre as gangues, influenciou de certa forma na resolução, visto que mais um inocente acabou morrendo, dando a ideia de ter a continuação ou não do que já foi apresentado.
Não sei se faz muito o estilo da série, mas talvez o caso se encerre da maneira que foi, sem nenhuma continuação ou seguimento, não por má vontade, mas por entender que a mensagem no caso já foi dada. Que talvez fazer o caminho mais longo para chegar ao resultado não seja o mais saudável, ainda que seja o necessário.