Divulgação/ABC
Na terceira temporada de black-ish, tivemos uma participação no mínimo controversa: o cantor Chris Brown, hoje mais conhecido por ter batido na então namorada Rihanna.
O criador da série, Kenya Barris, disse ao TVLine que a reação do público ao episódio o deixou triste.
“Queríamos alguém para interpretar um astro da música que tem problemas, o que ele tem”, explicou, acrescentando que não tinha conhecimento que a ex-namorada de Brown, Karrueche Tran (Claws), havia entrado com um pedido de mandado de segurança contra o cantor em fevereiro, alegando que ele a empurrou escada abaixo e ameaçou matá-la.
“Faz dez anos desde o incidente com a Rihanna, que aconteceu quando ele era basicamente uma criança, 19 anos. Eu o procurei, ele estava meio contido e queria fazer alguma coisa. Senti que deveria fazer isso”, disse.
Brown interpretou um rapper chamado Rich Youngsta, que trabalharia com Dre em uma campanha baseada em estereótipos de negros. Depois de protestos de Ruby e Bow e ver Jack agindo como o rapper de uma maneira não aprovável, Dre concorda em retirar o anúncio.
As reviews ao episódio foram mistas, com muitos críticos pedindo que black-ish e a ABC assumam a responsabilidade por darem mais um trabalho a Brown, apesar de seu histórico de violência, misoginia e homofobia. “O que mais me incomodou é que estamos mais do que conscientes do que fazemos na série. Estamos muito, muito alertas e tentamos elevar o debate. Senti que a resposta foi mais um ‘Te peguei’. A parte mais triste disso é que a história por trás do episódio em questão era fantástica. E foi completamente ignorada… fiquei triste”, explicou.
Bem, se ele não tivesse levado uma figura que chama mais atenção por seu péssimo comportamento do que por seu trabalho, a mensagem do episódio seria passada sem problemas. E se Barris tivesse prestado mais atenção ao que aconteceu com Rihanna ao invés de chamar de “incidente”, diminuindo a violência que a cantora sofreu, a polêmica toda teria sido evitada. Alguém precisa aprender com a própria série.
