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Entrevista: Ian Somerhalder – The Vampire Diaries

Por: em 9 de agosto de 2009

Entrevista: Ian Somerhalder – The Vampire Diaries

Por: em


Com a onda de vampiros em alta ultimamente, a CW entra também na briga trazendo a estréia de The Vampire Diaries, em 10 de setembro.

Baseado no best-sellers de L.J. Smith e adaptado para as telinhas pelo produtor executivo/roteirista Kevin Williamson, mais conhecido pela popular série teen Dawson’s Creek e pela sequência de terror Pânico, a série narra a história de Elena Gilbert – 17 anos de idade (Nina Dobrev), que ainda está se adaptando à sua nova vida, quatro meses após o trágico acidente de carro que matou seus pais. Enquanto o ano letivo começa, Elena e seus amigos ficam fascinadas por um belo e misterioso novo aluno, Stefan Salvatore (Paul Wesley), que é imediatamente atraído por ela também. O que ela não percebe é que Stefan tem um lado sombrio, seu segredo mortal – ele é um vampiro.

Rompendo com o quieto estilo de vida que Stefan está tentando levar, está seu irmão mais velho, Damon (Ian Somerhalder, Boone de Lost), também vampiro, que ele não vê há 15 anos. A longa e amarga história dos irmãos logo os coloca em lados opostos, quando Damon vê em Elena semelhanças com a mulher que o irmão amou séculos atrás. Enquanto o bem e o mal lutam pela alma de Elena, ela está apenas tentando se formar.

Durante um coquetel de recepção promovido pela Warner Bros para Television Critics Association Press Tour, Ian Somerhalder falou à imprensa sobre como irá fazer seu vampiro diferente de todos os outros que estão por aí.

Pergunta: Como você descreve o Damon?

Ian: Ele é bravo. Ele sente que tem sido muito injustiçado, quer vingança e redenção. No entanto, ele é solitário. Ele é a pessoa mais solitária que eu já conhecí. Imagine ter 170 anos de idade. Não importa quão velho seja, nesse momento, imagine o quanto você sabe sobre a vida e quadruplique isso, e imagine ver todas as pessoas que você já conheceu morrendo em torno de você. Isto provavelmente irá torná-lo muito cínico e solitário.

P: Como o Dan pode ficar na cidade e não ser descoberto se ele ataca e mata humanos? Você acha que vai demorar até que se descubra o que acontece?

Ian: Eu acho que não vai demorar muito. O ritmo é rápido, para tentar não segurar muito a história e manter a audiência interessada. A história é veloz, com muita informação e com viradas no enredo. Logo você descobre a sede de Damon por vingança. Você entende depressa. E tem toda a mitologia também, que é bastante divertida.

P. Você pensou numa história sobre seu personagem? Eles te contaram muito sobre ele?

Ian: Ah, sim. E muito. Mesmo as pessoas que são ruins, tudo decorre de um lugar. vem de um local. Quando somos bons para as pessoas, isso vem de um bom lugar. Quando somos más para as pessoas, isto é proveniente de um lugar ruim. Mas, todos nós temos uma razão para o que estamos fazendo, e a de Damon é bastante justificada. Ele sente-se como se tivesse sido duramente machucado no passado, e injustiçado, por isso ele está pronto para vingança. Vai ser interessante. Ele tem motivos para tudo que faz, por isso, haverá mudanças. A ideia é que Damon perdeu todo seu lado humano, mas vamos ver diferentes lados dele, assim que a temporada começar.

P: Então, na sua idéia, ele não é completamente mau?

Ian: Não. Ele é muito dinâmico, um personagem muito complicado. A relação entre Stefan, Damon e Elena está distante dessas novelas de adolescentes. Eles estão em um relacionamento muito complicado.

P: Então você está mesmo gostando?

Ian: É muito divertido. Por que ele é divertido. Violência e brutalidade pra mim nunca é legal. Eu não sou uma pessoa violenta, nem um pouco. Na verdade sou bastante passivo. Mas a violência e brutalidade dele vem de algum lugar. Mesmo as pessoas ruins tem seus motivos. A razão pela qual as pessoas gostam do bad boy em filmes, shows, livros, peças de teatro é por que eles se divertem muito fazendo o que fazem, enquanto fazem. E é interessante e sedutor assistir a algo assim. Mesmo quando ele está sendo maldoso, ele está se divertindo. Então, como humanos somos doentalmente arrastados pra isso, e somos todos culpado.

P: É um sonho de trabalho então, ser o vilão?

Ian: É um grande papel. Eu sou tão sortudo que eu joguei pílulas nas bebidas de Kevin Williamson e de todos os outros, para convencê-los a me dar este papel. Eles não sabem disso. O que é ótimo sobre este show é que Kevin Williamson reinventou televisão para adolescentes, com Dawson’s Creek. Ele virou de ponta cabeça. E, este seriado diz que tudo bem ser confuso, tudo bem estar apaixonado, tudo bem estar triste, tudo bem se sentir perdido, tudo bem se sentir arrastado por algo perigoso, tudo bem sentir todas estas coisas. Tenho 30 anos, mas olhando para trás, quando você estava na sua adolescência, é tudo complicado, tudo confuso. Acho que isto vai bater em muitos desses elementos, com uma grande quantidade de camadas e complicadas maneiras de como lidar com um jovem.

P: Qual a melhor parte desse personagem?

Ian: É ser tão poderoso e tão divertido. Nós, como humanos, somos atraídos por alguém, mesmo que seja um completo bastardo, por que ele se diverte fazendo o que faz. Pessoas que se divertem com o que fazem, seja algo bom ou ruim, são legais de assistir. Nós somos estranhos quando se trata disso. As garotas gostam de bad boys, e os garotos de bad girls.

P: E os vampiros em particular? Por que eles estão na moda?

Ian: Isso eu não sei. Um grande elemento é que Crepúsculo foi muito bem na bilheteria. Mas, nessa conjuntura subjetiva, nos últimos 5 anos, a indústria cinematográfica, especialmente com essas greves começaram a perder terreno. São esses grandes, imensos filmes como Homem de Ferro e Batman, que são grandes filmes baseados em quadrinhos, que esses estúdios tiveram mais lucros e os outros filmes ficaram de lado, o que é meio louco. A mitologia dos vampiros sempre esteve aqui, nunca se foi, mas agora tem mercado . Eles são divertidos. Há um elemento de poder. São sexies, perigosos, são bonitos e atraentes. Eu não sei quem pode explicar, mas está aqui e deve ficar por um tempo. Tem algo em não humanos em geral que permite a esses personagens coisas que nós não podemos, tem muito a ver com fugir da realidade.

P: Como a relação entre Damon e Stefan muda, através da série?

Ian: Isso tem que ser visto, definitivamente. Há tantos elementos que vão ditar isso, devido à mitologia de tudo. Estes dois irmãos têm opiniões muito diferentes sobre a vida. Damon decidiu não desperdiçar sua herança, que é, infelizmente, alimentar-se de pessoas. Isso é o que vampiros fazem. É como se um ser humano decidisse parar de comer, basicamente. E, Stefan, por causa de seu amor com as pessoas ou apenas o seu desejo de não ter de matá-las brutalmente, decidiu não o fazer, o que torna sempre difícil de cumprir. E assim será uma grande quantidade de reviravoltas que servirão para ilustrar a forma como eles são diferentes, jogando-os para frente e para trás de bom para mau, de mau para bom. Há tantas opções que eles podem seguir.

P: E a Elena? Ela é a reencarnação do verdadeiro amor de Stefan, ou ela é um parente distante?

Ian: Eu tenho tentado descobrir essa resposta, mas eles não nos dizem. Provavelmente é melhor por que vamos nos manter às idéias que eles nos dão. E eles são espertos o suficiente para não contar aos atores, por que sabem que contariam para outros.

P: Você vai voltar no tempo, para mostrar como Damon se tornou um vampiro em 1800?

Ian: Eu acho que nós vamos ver muitos pedaços disso.

P: Será que vai haver muita ação com o seu papel?

Ian: Sim. Eu vou voar sobre os postes e outras coisas. É só diversão. Trabalhamos no topo de um edifício, em cinco histórias. Era alto. Mas, eu estava amarrado. Eu estava aproveitando minha energia vital e tentando não ter medo, mas eu estava no personagem, e eu não estava mesmo pensando sobre o fato que eu poderia cair dali. Você não pode porque os fios te seguram, mas estar com o corpo inclinado sobre a extremidade de algo é uma sensação muito estranha. Tivemos que gravar uma cena com efeitos, quando eu estava pulando fora do que parecia ser o edifício, mas eu só tinha de saltar seis metros para trás. Me sentei lá por 20 minutos, tentando dizer o meu corpo para pular para trás, em um monte de almofadas. É tão não intuitivo, pois o seu corpo diz, “Não.” Eles estavam pacientes, mas é um daqueles momentos, onde pular e fazer coisas que são fisicamente muito estranhas para o seu corpo, toma um pouco de tempo para fazer.

P: Como foi a mudança para Atlanta, Georgia?

Ian: Ótima. Sou do sul e é ótimo estar aqui. É o mesmo ar. É um ótimo ar sulista.

P: Quando você era criança, gostava de vampiros?

Ian. Gostava. Cresci com Anne Rice. Eu sabia todas aquelas coisas. E também tem esse misticismo em Nova Orleans. Tudo é místico e vampiresco. Está sempre lá. É algo realmente interessante, sedutor, perigoso e sexy.

P: Você assiste True Blood?

Ian: Estou começando. Eu não podia ver antes de entrar nessa série. Eu queria ter entrado em True Blood. Tive uma péssima reunião com Alan Ball. Fiquei bravo comigo mesmo e não conseguia assistir por causa disso. Agora que tenho um ótimo papel numa série de matar, sem trocadilhos, eu queria poder assistir. Eu encontrei todos eles e quis conhecê-los intensamente. Marcos Siega, nosso produtor que dirigiu alguns episódios e faz nossa série em Atlanta, trabalhou em True Blood, e traz pra gente várias coisas legais.

P: Qual o papel seria o seu?

Ian: Irmão da Sookie, Jason. Ryan Kwanten pegou o papel.

P: Talvez tenha sido uma sorte ter perdido porque ele está muito nú em cada episódio.

Ian: Ah, é? Eu já fiz isso para HBO, por isso, ter pulado fora, pode ter sido bom mesmo.

P: Você assistiu Crepúsculo?

Ian: Eu tenho que ser honesto com você, eu nunca vi o filme, porque não quero nada para influenciar algum dieal do meu desempenho, em virtude do fato de que há uma série de semelhanças. Nem Paul Wesley ou eu assistimos o filme. Não é por nada. Era uma razão muito específica, simplesmente porque eu não quero comparar-me a eles. Realmente não quero isso na minha cabeça.

P: O que você acha de comparações com Crepúsculo?

Ian: Eu não assisti o filme por que eu não quero comparar inconscientemente, mas as comparações são normais. Seu sucesso pavimentou o caminho para nossa existência, então não vou reclamar.

P: O que você acha das pessoas falarem sobre quem é o vampiro mais gato?

Ian: Robert Pattinson é um cara bonito. Ele tem todas as mulheres na palma da mão. Aparentemente ele é o modelo masculino perfeito. Toda garota do mundo quer aquele cara. Então, bom pra ele.

P: Como é que Damon vai ser diferente de outros vampiros?

Ian: Damon faz o que ele quer. Ele vai no sol. Eu realmente quero Kevin para escrever um episódio em que Damon vai sair para o Caribe durante algum tempo, por algum motivo. Ele usa um anel de pedra-lápis que permite vampiros de sair para o sol, então ele pode relaxar nas Ilhas Virgens por um tempo e talvez até fazer um lanchinho por ali mesmo.

P: Você pensa em Damon como um cara com poderes ou as vezes esquece que é vampiro?

Ian: Ah sim. Você não enxerga isso por um tempo, mas vai começar a ver quando estiver perto da Elena.

P: Como é a maquiagem e os dentes que usa?

Ian: Esses dente novos só precisa colocar na boca. Não tem ponte, então não afetam o jeito de falar. Eu posso falar o endereço de Gettysburg normalmente. É incrível com as cenas são fáceis com eles.

P: Será que você quer ter a imortalidade de um vampiro?

Ian: De jeito nenhum! A vida é sobre as relações que temos. Não é apenas sobre nós. É sobre a nossa família, nossos amigos, nossos filhos. Temos uma certa quantidade de tempo para fazer as coisas. Se você fosse imortal, isso nunca termina. Ela (imortalidade) só parece como uma existência solitária.

P: Como ator, o que o atraiu a interpretar um vampiro?

Ian: Por que é divertido. É dinâmico. Você tem poderes que não poderia ter como um ser humano mortal. E isso te dá muitas coisas para usar. Como ator, você sonha com algo assim. É o que você quer.

P: Você leu os livros que basearam este seriado, para compor a história de seu personagem?

Ian: Bem, eu comecei. Eu tenho os livros e estou lendo-os, mas, Kevin (produtor executivo), Bob Levy (produtor executivo) e Pec Julie disseram-me que os livros são um alicerce para a base do seriado. Eles deram os livros a Julie e Kevin e disse, “Qual é a sua visão? Leve isso para o seu nível.” Isso não é literal, e tenho certeza que vai incomodar um monte de gente. Mas, é uma daquelas coisas em que é a sua visão desde a base, que é grande.

P: Você já se interessou seriamente com algo, assim como os fãs são com o gênero de vampiros?

Ian: Para ser honesto, eu fiz muito teatro quando era mais jovem e era obcecado com isso. Mas eu cresci em cavalos, no meio das árvores, então era obcecado em entender a terra, cuidar dos animais, pescar e construir coisas. Eu lia muito e assistia muitos filmes, mas sempre fiquei mais interessado em coisas de criança, como cavalos, vida eqüestre e pescaria. Eu cresci no meio do nada em Louisiana.

P: Você ainda monta à cavalo?

Ian: Eu monto. Embora não tanto como eu gostaria. Gostaria de dedicar cerca de seis anos sobre esta série e fazer alguns filmes e, em seguida, sacar uma grana e passar o resto da minha vida em um cavalo. Isso seria uma boa idéia.

P: Você vai voltar para o Lost?

Ian: É a idéia.

P: Você vai voltar para o avião, antes da queda?

Ian: Eu não sei de nada, mas essa é a idéia. Estamos trabalhando com isso e vamos fazer com que aconteça.

P: Você tem ideia de qual vai ser a história?

Ian: Não faço ideia. E eu provavelmente não vou saber até que chegue o dia. Isso é o que me deixa mais curioso ainda. Ao longo dos anos, aqueles caras se tornaram tão espertos a ponto de não contar aos atores por que nós conversamos com a imprensa.

P: Você ficou surpreso quando te chamaram de volta pra série?

Ian: Nós tínhamos conversado sobre isso, e então eu conversei com Damon Lindelof e Carlton Cuse na Comic-Con e chegamos a conclusão de que vai acontecer. Então estamos tratando dos detalhes. O problema são as datas. Honolulu é longe de Atlahna e meu horário é todo para o Vampire Diaries. Geralmente quando faço um episódio de Lost, são sete dias de férias com uma grande suíte num hotel na praia, um conversível para dirigir e massagens. Dessa vez vai ser ir de Atlanta para o Hawaii, pegar o avião, gravar, dormir e voltar.

P: Você está animado para revisitar Boone?

Ian: Pela última vez, sim. Vai ser divertido. Eu mal posso esperar.

P: É bom saber que você será escalado para desempenhar um papel importante no encerramento desta série que você ajudou a começar?

Ian: Sim. Espero que ele venha a ser diferente e que Boone consiga seu poder de volta. Havia sempre algum elemento de solidariedade nele. Ele nunca foi jogado fora. Mas, posso estar completamente errado. Ele poderia ser apenas uma mosca-morta.

P: Você continuou acompanhando a série?

Ian: Eu não tive como, por mais que quisesse. Mas vou me esforçar para alcançar os capítulos antes de ir pra lá.

O Original você pode conferir aqui.


Leandro

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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