A premissa de Extant, a nova aposta da CBS, é simples: Molly (Halle Berry) é uma astronauta que, após uma missão de um ano no espaço, volta para a Terra e descobre estar grávida. Tentando se reconectar com o marido Harmon (Goran Visnjic), um inventor com quem ela tem um filho androide, ela descobre que sua gravidez pode mudar o futuro da humanidade
A sinopse já criava várias perguntas e é em torno disso que grande parte do piloto gira: os mistérios. Por mais que passe longe de espetacular ou algo do gênero, o episódio é extremamente eficiente ao apresentar tais enigmas, mesmo que durante os pouco mais de 40 minutos o público não veja muita coisa que já não havia sido apresentada nos materiais promocionais. Gravidez misteriosa, homem que supostamente desaparece, filho robô, tudo tem espaço na produção de Steven Spielberg.
O maior ponto positivo é que esses mistérios foram apresentados na quantidade certa e na hora certa, sem parecer um excesso de informações. Apesar disso, é preciso ter ressalvas quanto ao futuro do seriado, pois uma gravidez misteriosa não é um plot que pode ser arrastado por uma temporada inteira sem que isso pareça uma grande enrolação, então os roteiristas terão que caprichar para manter os telespectadores curiosos e entregar as respostas/mistérios na dosagem correta. Fora isso, alguma trama sobre os androides provavelmente deverá aparecer, mas por enquanto não há uma coisa certa para esperar além dos estudos do Harmon (o marido da protagonista).
A CBS merece parabéns pelas características técnicas do programa, que estão excelentes, ainda mais por tratar-se de um canal aberto. Claro que você não vai encontrar efeitos como os de “Gravidade”, por exemplo, mas eles estão muito bons. A trilha sonora também merece seu destaque, principalmente nas cenas de flashback no espaço, pois todo o clima de tensão no ambiente consegue ser retratado com êxito.
Quanto ao elenco, o maior destaque vai obviamente para Halle Berry (que já foi ganhadora dos prêmios Oscar, Globo de Ouro, Urso de Prata e Emmy). Ela ainda não pôde mostrar todo seu potencial nesse piloto, mas vamos torcer para que isso ocorra futuramente. O restante dos atores, apesar de não serem muito conhecidos, felizmente apresentam um trabalho satisfatório. Já a audiência registrou a maior estréia de um canal aberto nesse ano na mid-season, mas os números podem ter ficado abaixo das expectativas da CBS, considerando os números marcados por Under the Dome em 2013. Sinceramente, prefiro que Extant não seja um sucesso, pois isso pode garantir que ela não passe da primeira temporada, sendo assim uma minissérie, coisa que era o objetivo inicial.
No fim fica aquela sensação de “já vi isso em algum lugar”, coisa que não tira os méritos conquistados pelo piloto. Atualmente tanta coisa ruim é aprovada para ir ao ar na televisão americana que é um alívio assistir uma série que é bem produzida e intrigante, mesmo que não seja o mais original possível. Mas e você, o que achou do episódio? Irá acompanhar Extant? Diz pra gente!