Eu já disse aqui algumas vezes que amo Philip, né? Um garoto fofo, diferenciado, maduro, bacana, que não tem medo/vergonha de se assumir e quando tem encara mesmo assim. Pois é. E o que leva um garoto com esse perfil a filmar e divulgar um vídeo que envolve dois adolescentes, da mesma idade dele, fazendo sexo? A combinação explosiva e inconsequente de primeiro amor e adolescência. Confesso que, ao assistir a essa cena de “Crème Brulée”, torci até o final para ele não divulgar o que filmou. Primeiro, acreditei que ele não conseguiria fazer o vídeo, seja por ciúme, seja por empatia, seja por noção. Depois, torci muito para que ele não divulgasse. Mas, aconteceu. E o resultado foi como Lukas esperava. Todos da escola comentando que ele e Rose fizeram sexo e a namorada, num misto de incômodo e orgulho, reagiu de forma tranquila quanto à exposição. Cá entre nós, nem tenho certeza que o ato foi mesmo consumado. Mas, entendi que para Rose também era importante que todos pensassem que aconteceu. Ah, essa tal da necessidade de autoafirmação…
Nem vou entrar no mérito que na cena ela estava semi-vestida, que Philip fez porque Lukas vislumbrou nessa fofoca a solução para que os dois ficassem juntos sem suspeitas e mais um milhão de coisas que poderiam ser usadas como justificativas, como a própria inexperiência dos envolvidos em exposições desse nível e suas consequências. Esse super parênteses foi para dizer que definitivamente o que Philip fez não foi legal. Mesmo. E se configurou como outro crime, não é? Apesar de tudo e de ele parecer visivelmente incomodado e com ciúmes do acontecido, parece que agora Lukas ficará mais tranquilo para viver o relacionamento e como até então aconteceu na série, bastam duas palavrinhas dele, para que Philip derreta e não raciocine mais. Eu já disse aqui o quanto a combinação de primeiro amor + adolescência pode ser explosiva, certo?
Sorte do Philip é que ele tem todo o suporte dentro de casa. E nesse aspecto, o quarto episódio de Eyewitness brilhou. Sabemos que Helen tem se esforçado muito para estabelecer um laço real de amor com Philip. Mesmo metendo os pés pelas mãos e tendo sido dura em suas palavras, ao lado de Gabe (esse Gabe! <3), ela prova a Philip que pode sim ser uma mãe super bacana, quando se posiciona de maneira positiva e parceira assim que ele revela ser gay. Foi legal ver como a revelação ampliou o olhar dos pais sobre o garoto, fazendo com que eles o admirassem ainda mais.
Se na vida pessoal quesito maternidade ela ainda precisa se aperfeiçoar um pouco, na profissional a xerife manda bem demais. Helen evolui cada vez mais em sua investigação, amarrando os fatos e desconfiando de toda a encenação que Ryan Kane montou. Em “Crème Brulée”, ela tem seu primeiro encontro com o investigador/assassino e ele que começou por subestimá-la, já sacou que tem um problemão pela frente. Helen é a única que não engoliu a versão da overdose do casal adolescente e também não vai deixar barato o pseudo suicídio de Bella. Ao lado do seu parceiro Tommy, ela começa a amarrar os fatos até chegar à conclusão que o namorado da garota é um pedófilo. A única coisa que ela ainda precisa aprender é não dividir tanto assim com seus supostos parceiros o que ela descobre. Sei que ela quer conseguir a autorização do FBI para continuar investigando, mas que vontade de desligar o telefone na ligação que ela fez para o Kane!
E o prêmio de cena de maior gastura do episódio vai para o núcleo dos traficantes. O que foi aquela cena do ferro? Que aflição! Sita, na minha opinião continua “mucho loca”. Por que não entregar as drogas e cortar de vez os laços com os traficantes? Pra que se submeter àquela tortura? Não consegui alcançar o raciocínio dela, que mesmo depois de ter descoberto que sua irmã não tinha um caso com seu marido (na verdade, eles eram parceiros de trabalho), ela incrimina Kamilah, plantando as drogas no seu apartamento. Qual o objetivo dela com essa atitude? Não deu mesmo pra assimilar. Agora, que a bicha é corajosa, quanto a isso não há dúvidas. Eu achei até o último minuto que, na cena do ferro, o FBI ia invadir e prender todo mundo. Mas, não. Ela deu uma viradinha numa bebida e ficou lá, firme e forte. Não dá pra mim, não.
E para finalizar com o inicinho, o quarto episódio foi aberto com uma cena que me pareceu um pesadelo de Helen, onde ela segurava um bebê que chorava muito, escondida dentro de um armário, em uma casa invadida por bandidos. Ao tampar a boca do bebê para que ele parasse de chorar, a criança acaba morrendo e ela, se salvando. Pesadelo baseado em fatos reais? Não deu pra sacar. E vocês, o que estão achando da série? Conta pra gente!
Imagens: Divulgação USA Network
