É o fim ou não é?
Chegamos ao fim da primeira parte de Fear the Walking Dead e vou confessar para vocês: eu não sabia. Prevendo que a série seguiria até o episódio oito, eis que sou contemplado com a notícia de que a série encerraria seu primeiro arco agora e retornaria somente em agosto. Por isso, foi extremamente gratificante não esperar nada desse sétimo episódio, já que ele me surpreendeu muito e me animou para o que está por vir no restante dessa temporada.
Continuando diretamente dos acontecimentos do episódio anterior, vimos Célia transtornada com a escolha de Strand em matar Thomas, contrariando toda sua fé. Era óbvio que ela expulsaria a família recém chegada dali, os culpando por tudo. A separação da família Clarke/Manawa + Daniel e Ofélia começou a partir daqui.
Começando por Daniel, que depois de pesadelos e ouvindo vozes, começa a possuir problemas com sua sanidade e revisita seu passado de guerrilheiro. O destaque de seu personagem foi muito válido para nos gerar dúvidas sobre o que estava acontecendo com ele. Onde chegamos à conclusão de que somente está buscando pelo perdão a si próprio, cobrado pelas vidas que tirou e as visões de sua esposa já morta. Seu destino é incerto e não dar para decifrar se realmente foi funesto. É esperar para ver.
Já Travis, resolve ir atrás de seu filho Chris, que foge depois de tentar atacar Madison e Alicia no quarto delas. Perambulando pelas colinas do povoado, ele encontra seu filho perdido e transtornado pelas suas ações nesse novo mundo que são obrigados à sobreviver. O adolescente, que está doente e com ares de psicopata, chega ao ponto de fazer uma criança de refém e tentar esfaquear seu próprio pai. Não vou esconder a raiva e antipatia que sinto pelo personagem e vou economizar nos meus xingamentos, mas é impossível não sair desse episódio questionando a inteligência de Travis. Sua decisão de se isolar do grupo não é das mais sensatas e isso só me faz temer do quanto tempo de tela eles tomarão daqui para frente, com a série investindo nessa jornada de pai e filho.
Enquanto isso, Madison e Strand estreitavam a relação deles de aliados. Com a mulher questionando todo o efeito que Célia possui em seu filho, fazendo-o acreditar que os zumbis somente estão doentes. Gostei de vê-la manipulando Célia e a trancando na cela com os zumbis, não dá para negar que ela é a comandante do grupo, sendo mais um ponto positivo para a série seguir com essa liderança feminina, fugindo dos padrões de mulheres submissas e sem ação.
Mas não dá para defendê-la quando Nick, em sua perfeita insanidade, resolve viver entre os mortos superestimando sua habilidade de passar despercebido entre eles, ela simplesmente aceita de boas a escolha de seu filho. Com certeza, a trama será das mais interessantes com esse garoto perambulando por aí entre os zumbis e abdicando da proteção de sua família. Temos que esperar para ver o porquê dessas suas escolhas tomadas e o quanto esse mundo está o afetando também.
Enfim, a série entregou uma primeira parte do seu segundo ano de forma bem consistente e animadora. Apesar dos poucos episódios, o desenvolvimento e evolução dos personagens foram muito bem trabalhados e as perguntas nos deixada de forma coerente, já que tudo o que eles previram foi ruido e a família está separada a partir de agora.
Observações:
- Célia morreu mesmo? E Daniel?
- Acho que enfim, Ofélia terá algum destaque. Ela está sozinha agora.
- Nick se sujou, se lavou e depois se sujou novamente. Já deu para perceber que ele gosta disso mesmo.
- Travis estava com o pé machucado, mas até que correu muito bem depois disso.
- Me apaixonei com esse cenário e a fotografia desse episódio.
O que acharam dessa segunda temporada? Ansiosos para o retorno? Podem comentar! Nos vemos em Agosto, quando a série deve retornar!