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Frequency – 1×07 Break, Break, Break / 1×08 Interference

Por: em 4 de dezembro de 2016

Frequency – 1×07 Break, Break, Break / 1×08 Interference

Por: em

Após alguns episódios arrastados devido a uma incompetência do roteiro em nos entregar uma trama satisfatória, Frequency decidiu acelerar sua história sobre a captura do Nightindale. Temendo um provável, e quase certo, cancelamento, a CW utilizou de sua fórmula mais comum quando uma de suas séries está por um fio, e decidiu explorar em um episódio tudo aquilo que foi desperdiçado numa sequência de erros estúpidos ao longo da temporada.

O episódio teve avanços consideráveis na trama do Assassino do Rouxinol, no entanto, a dinâmica temporal fica colocada de lado, o que deixa de resolver alguns problemas que estão se prolongando na série, afinal pai e filha possuem o tempo a seu favor e ainda não aprenderam a trabalhar com isso de maneira sábia e que os beneficie. A série entrou num ponto importante, no qual a incerteza de sua continuidade aumenta a pressão para darem uma conclusão satisfatória para os Sullivan, é justamente aí que surge a necessidade de apressar a trama.

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“Break, Break, Break” dividiu-se em dois focos, a atenção dada a Satch era o que faltava para visualizarmos melhor a reta final para a temporada, e o policial nos ofereceu muitas respostas sobre quem pode ser o serial killer, trabalhando na força-tarefa desde que o assassino começou sua matança. Foi bastante emocional ver como se envolver em um trabalho tão intenso e uma perseguição duradoura acabou definhando Satch na linha do tempo alterada por Raimy, provocando o fim de seu casamento.

Agora a captura do Rouxinol fica cada vez mais próxima, com a descoberta de seu covil e fascínio por enfermeiras, que vem de um teor religioso, finalmente a investigação começa a levar a série para algum lugar, já que tivemos contrapontos em excesso nessa história. Cresce a pressão para cima da parceria entre Frank e Raimy para capturarem o assassino em série de uma vez por todas, com ajuda dos elementos temporais que compõem a série.

No mais, fica aquela sensação incômoda de que os personagens desaparecem nessa série, Gordo, Daniel, o policial com quem Raimy teve um breve envolvimento, todos eles são mandados para o além e só aparecem quando é conveniente levantar alguma suspeita ou teoria mirabolante. E alguém me explica o surgimento daquela amante do Frank? Não temos tempo para todo esse drama jogado e sem servir para muita coisa. Embora toda a história de quando Frank esteve disfarçado ainda seja interessante, a série ainda não aprendeu a hora certa para envolver alguns plots na história.

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Se “Break, break, break” foi, por um lado, um episódio voltado ao desenvolvimento no Nightindale, no qual o assassino começa de fato ganhar formas, temos aspectos mais concretos dele – sua obsessão por religião, primeira vítima e mais –, “Interference”, o oitavo episódio da série, conseguiu equilibrar entre o desenvolvimentos das sub-tramas de Frequency, mas sem esquecer da principal. Em um dos melhores episódios da série, cujo seu único defeito talvez tenha sido um certo abarrotamento de informações em um único episódio, os produtores parecem finalmente estar sob controle da história dos Sullivan.

Em Interference tivemos um fim nas enrolações que se arrastavam durante toda a temporada, um indicativo forte que a série pode ser mesmo cancelada pela CW. O episódio da semana mostrou eficiência a finalmente começar a caminhar alguns de seus plots para uma conclusão, aparando as inúmeras pontas soltas existentes na série. Todo o drama digno de soap operas piegas que gira em torno da família Sullivan começa a ser resolvido na medida que Frank e Julie passam a agir como adultos de fato ali, incrível como Raimy mesmo aos 8 anos possui mais maturidade que os dois. O relacionamento dos dois foi complicado em inúmeras proporções no meio da teimosia digna de criança de Julie, mas que, no entanto, merece o reconhecimento por lidar com a realidade de ser uma mãe solteira na série, e Frank que foi motivado pelo típico instinto de “macho-alfa” e o levou a algumas decisões ingratas. Colocado de lado todo o orgulho entre os dois, foi possível ver uma luz no fim do túnel para o casal que torcemos para dar certo.

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Outro ponto que voltou a ser desenvolvido no episódio foi a vida pessoal, sobretudo a amorosa de Raimy. É um tanto decepcionante ver a série usando de alguns personagens bons simplesmente quando lhes é conveniente, tivemos um retorno de Gordo no episódio, pelo uso de funcionar como o alívio cômico quando as coisas ficam pesadas demais, o detetive colocado como interesse amoroso, que, no entanto, acabou sendo esquecido na noite do encontro e posteriormente largado, e nós nem sabíamos que isso ainda estava rolando. Por fim, Raimy e Daniel finalmente parecem chegar em bons termos ao finalmente ficarem juntos, embora o casal não me convença tanto quanto o formado pelos detetives. Em alguns momentos desperdiçados ao longo do episódio, essa história também começa a largar um pouco das enrolações e a vida amorosa de Raimy, embora não seja o foco em questão aqui, começa a ficar mais estável, conforme era antes do seu próprio “flashpoint”.

Agora o episódio faz por merecer algumas palmas pelo desenvolvimento interessante a cerca do Nightindale em seu oitavo episódio. No instante que aquele padre surgiu como o bom samaritano na história o barulho “ding, ding, ding, uma ameaça foi detectada” surgiu na minha cabeça. É lógico que a série usaria dos clichês disponíveis para criar seu assassino, não bastasse sua obsessão na religião, ele é um próprio membro da Igreja, o que já o blinda da maioria das suspeitas dentro da série. As novas pistas descobertas no episódio anterior proveram uma série de novidades que guiaram o episódio em questão e deixam a série respirar aliviada de estar conseguindo reerguer e volta a despertar o interesse, principalmente quanto a personagem inserida, Meghan, pode ser um ponto chave no caso.

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Vale lembrar que, de acordo com o Imdb, a série vai contar com 13 episódios, e conforme caminhamos para o nono episódio da temporada, a pressão cresce para que a tramas comecem a ser resolvidas, dando o desfecho necessário e satisfatório para a produção, que pode ou não contar com mais uma temporada. E vocês, o que estão achando de Frequency até aqui?



Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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