É oficial: além dos fãs, a própria população de Gotham está exigindo o retorno de Jerome Valeska. Não existe mais saída!
Depois da primeira parte da temporada de Gotham decepcionar, a série retornou de forma diferente: ao invés de intitular um novo arco de episódios, assim como o ano anterior fez com “Rise of the Villains” e “Wrath of the Villains”, o lema continuará sendo “Mad City”. Não que isso traga muitas diferenças para o seriado em geral, somente indica que não veremos um foco diferente e sim uma continuação do que foi mostrado até aqui. Talvez essa decisão traga uma espécia de desgaste para a temporada, mas esse episódio traz um pouco de esperança de que histórias interessantes sejam desenvolvidas.
O cliffhanger deixado ano passado, o Jim matando o Mario para salvar a Lee, literalmente não trouxe consequências diretas para o policial. Citaram que ele estava se defendendo, mas quem poderia provar isso? Ninguém estava ciente da infecção do Mario além do Gordon, sem contar que a faca segurada pelo Mario foi levada pelo mar. Se por um lado é um defeitinho terem ignorado esses detalhes, por outro é algo positivo para a narrativa. Afinal, quantas vezes já vimos Gordon entrando em problemas na polícia por ser muito radical? Ver isso mais uma vez poderia ser entediante, então a decisão de ignorar tudo é um tanto compreensível.
Continuando a trama envolvendo Gordon, fico me perguntando quanto tempo irão enrolar nessa novela com a Lee. Os dois formavam um casal simpático que não atrapalhavam a história principal (até porque ninguém está aqui para ver um romance), porém esse dramalhão já ficou cansativo. Obviamente é compreensível a atitude da Lee após perder o marido, mas é desagradante ver esse vai e “amo e odeio” que surge toda hora, principalmente porque a gente sabe como o casal irá terminar – nenhum deles consegue negar esse amor.
O plot envolvendo pessoas voltando à vida, apesar de mostrar boas intenções, traz algumas ressalvas. Mexer com ressurreição em uma série é um tanto complicado… As mortes perdem a definitividade e, se regras não forem bem definidas, esse recurso pode virar uma bagunça e tirar o impacto de muitos acontecimentos. A Fish Mooney já retornou e até hoje ninguém entendeu o objetivo – aliás, por onde anda ela? Torço para que realmente tenham um propósito significativo para a volta iminente do Jerome, trazê-lo de volta somente para agradar o público iria decepcionar mais do que satisfazer.
Enquanto isso, Edward está colocando em prática sua vingança contra Oswald. Juntar o Ed e a Barbara para conquistar o poder em Gotham é algo bacana, entretanto começou com o pé errado. A ideia de assombrar o Pinguim com a imagem do pai morto pode até ser boa no papel, mas na execução trás vários defeitos. Clayface não é de fato um fantasma, então como somente Oswald foi capaz de vê-lo fantasiado como o pai em diversos lugares? Isso ocorreu da mesma forma como ninguém percebeu o cara sumindo e aparecendo sem ninguém perceber… Sinceramente, espero que conduzam essa trama de uma forma melhor daqui para frente.
Por fim, começaram a explorar o relacionamento da Selina com a mãe, mas não há muito para comentar aqui: grande parte são ganchos deixados para desenvolver no futuro, como o motivo dela sair da cidade e a coruja roubada pelo Bruce e Selina. De qualquer forma, o retorno definiu uma direção para a série seguir, mas pecou em alguns detalhes aqui e ali. Gotham precisa se encontrar e deixar o resto da temporada menos bagunçado. Com sorte, isso talvez aconteça logo.