Gotham – 3×15 How the Riddler Got His Name

Depois de muito tempo – muito mesmo! – Gotham retornou para finalizar a temporada. E aí, será que tanta espera valeu a pena?

Reprodução/FOX

Iniciamos a era “Heroes Rise”, mas ao contrário do que o nome indica, não acompanhamos a ascensão de algum herói. Edward Nygma recebeu o protagonismo enquanto finalmente abraçou sua icônica identidade como Charada, algo esperado pelos fãs há bastante tempo. Isso já bastaria para tornar o episódio ótimo, porém ele foi além e trouxe diversos pontos interessantes que prometem um arco muito bom de acompanhar – diferente da primeira parte do terceiro ano, cheia de altos e baixos.

O desenvolvimento do Edward estava acontecendo desde sua primeira aparição na série, no começo sendo apenas um legista um pouco estranho até gradativamente tornar-se mais perverso. Era uma questão de tempo até que ele vestisse seu terno verde e assumisse sua identidade, então fico contente que escolheram o momento correto para isso, sendo coerente com a narrativa e sem enrolar o telespectador por um tempo desnecessário. Aliás, isso serve para toda a história em geral: o público conhece o destino desses personagens, então após três anos no ar os roteiristas precisam começar a amarrar as pontas ao invés de prolongar a trajetória até ficar cansativo.

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Após o confronto com Oswald, Nygma pensou que precisava de um novo mentor, mas após algumas dificuldades tentando encontrar alguém tão inteligente quanto ele, logo percebeu que todo vilão precisa de um nêmesis. Aqui o episódio apresentou outra sacada interessante: seria bastante óbvio (e até mesmo repetitivo) estabelecer o Gordon como o arqui-inimigo temporário do Charada, então com a ausência dele o seriado foi até um pouquinho ousado dando uma foco tão grande para o Lucius, um personagem tão secundário. Resta saber se ele irá continuar ganhando mais importância no decorrer do tempo ou foi algo temporário. De qualquer forma, não comprometeu a qualidade do episódio e trouxe uma dinâmica diferente.

Enquanto isso, a trama envolvendo a Corte das Corujas continuou avançando aos pouquinhos, entretanto dessa vez de forma previsível. As conversas do Gordon com o tio trouxeram certas revelações sobre o passado, mas que eram fáceis de deduzir – pelo menos o assassinato do pai do Jim servirá como uma forte motivação futuramente. O clone do Bruce enfim assumiu a identidade do verdadeiro Bruce, coisa que já era esperada faz tempo. O que continua enigmático é o verdadeiro objetivo da Corte, que permanece mexendo nos fios longe dos olhos de todo mundo.

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No fim, Oswald apareceu são e salvo na casa da Ivy. Era meio difícil acreditar que um personagem tão importante no futuro do universo Batman morreria tão precocemente, então essa revelação não trouxe nenhuma surpresa. O lado negativo é a série continuar apostando nesse formato de colocar vilões à beira da morte (ou matar) e continuar trazendo depois. Já aconteceu com a Fish, Barbara, Theo Galavan… Esse repetição acaba tirando o impacto das cenas de morte, visto que o público fica consciente de que após algum tempinho ele irá retornar.