A cota de comédia fofinha da fall season acaba de ser preenchida por Grandfathered. A sitcom, que teve sua estreia na última terça (29/09) na FOX, tem uma história bem Full House – ainda mais considerando o protagonismo de John Stamos. Mas já adianto: se você quer rir como o fazia com a série dos anos 90, você veio ao lugar errado.
O grande nome da série é, sem dúvidas, Stamos. Além de produzir, ele ainda interpreta Jimmy Martino, quase em uma versão de si mesmo: solteirão, dono de um restaurante, que recebe com surpresa a notícia de que é pai e avô. E essas duas figurinhas que aparecem em sua vida são Gerald (Josh Peck) e a pequena Edie (interpretada pelas gêmeas Layla e Emelia Golfieri). Nessa situação, Jimmy precisa aprender a ser uma figura paterna e a lidar com Sara (Paget Brewster), que não quer contato com ele.
A primeira coisa que precisamos admitir sobre Grandfathered é: a série é completamente fofa, não há como negar. Porém, ela não vai além das expectativas. É puramente uma sitcom sobre relacionamentos familiares e, sendo bem sincera, mais do mesmo – como tem sido nos últimos tempos. A influência das séries de sucesso do passado é notória. Só que, mais uma vez, fica aquela sensação de que estão batendo na mesma tecla sem mudar o tom.
A série, no fundo (ou nem tão no fundo assim), trata-se da crise de meia idade do personagem – tema que também se faz presente na outra estreia da FOX, The Grinder. O homem usa o “sonho de ter uma família” como desculpa para impressionar as clientes, mal consegue falar “avô” (e a ideia de já ser um avô é tão assustadora quanto pronunciar a palavra) e ainda anda todo pomposo, com a arrogância de um adolescente. E, no meio de tudo isso, Jimmy é extremamente caricato.
Apesar disso, perto de Sara e da netinha, ele consegue alguns pontos pela química. Dá até para acreditar que ele está se descobrindo um homem protetor e “nascido para ter uma família”. Fora o clichê supremo do garanhão que mantém um antigo amor por uma crush da juventude, quando Jimmy e Sara estão juntos em cena, dá até para vislumbrar um futuro para os dois. Aliás, ela é um dos pontos favoráveis da série, sendo a personagem mais sólida dali (acredito que graças à boa atuação de Brewster).
Além da vibe Full House, outro fator que nos leva de volta a infância é Josh Peck. Quem não lembra daquele rapaz fofo e atrapalhado de Drake & Josh? (Saudades dos tempos de Nickelodeon). Ao mesmo tempo em que bate aquela nostalgia gostosa, vem aquele sentimento de estar velha vendo o menino Josh sendo pai já.
Por fim, se me permitem um spoiler de leve, é preciso comentar a gafe da “troca de bebês”. Não sei o que a produção pensa dos telespectadores – será que os considera tão desatentos a ponto de não perceberem que a menininha é trocada em diversas cenas? O descaso com a série foi tão grande que não puderam filmar novamente aqueles segundos com o neném certo?
Agora quero saber de vocês, o que acharam de Grandfathered? Vão colocar na grade? Venham comentar com a gente!