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Grey’s Anatomy – 13×06 Roar

Por: em 2 de novembro de 2016

Grey’s Anatomy – 13×06 Roar

Por: em

Há semanas venho falando sobre a importância de se considerar as histórias já construídas para cada um dos personagens ao longo dos quase onze anos de Grey’s Anatomy e até mesmo da própria série. Afinal, Grey’s que no início retratava a vida dos residentes do Seattle Grace. Hoje, mantém sua narrativa nos agora médicos do Grey Sloan Memorial Hospital.

Tentar retomar todas as coisas que aconteceram da primeira à décima terceira temporada é algo praticamente impossível. E ainda que muitos personagens tenham passado pela série, uma das tarefas mais difíceis da obra criada por Shonda Rhimes tem sido tentar recriar uma dinâmica tão boa entre os residentes, como a tínhamos quando representados através dos dramas dos até então jovens Meredith, Christina, Izzy, Karev e George. Talvez por este motivo eu não tenha ficado assim tão maravilhado com o retorno de Leah Murphy como personagem recorrente da nova temporada de Grey’s Anatomy. Mesmo assim, a forma como foi feita esta reintegração ao menos fez algum sentido, já que boa parte da mensagem de Roar teve a ver com falar sobre segundas chances.

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Seria este o começo para que as coisas de fato comecem a caminhar de maneira mais satisfatória, desde as escolhas um tanto controversas da última season finale? Isto só o tempo dirá. E se depender do desempenho do episódio desta semana, confesso que aquele fio de esperança reacendeu por aqui.

Ironicamente, Roar conta apenas com pequenas aparições de Meredith Grey, protagonista da série, o que permite com que outros pontos de vista sejam mostrados. E é justamente quando podemos ver as coisas por outros olhos que a mágica finalmente acontece.

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A decisão de retomar o tempo da narrativa como o dia seguinte ao teste de gravidez negativo de Amélia, faz dela uma das personagens de destaque do episódio. Que em meio a outros tantos capítulos sem muita emoção, foi capaz de entregar um ótimo trabalho, traduzindo pela primeira vez a dor da neuro. Mais que isso, nos contextualiza de que ninguém mais sabia dos traumas e perdas sofridas pela médica nos tempos de Private Pratice. E mesmo que as consequências de todos estes acontecimentos coloquem Owen mais uma vez em um papel similar ao vivido na época em que fora casado com Christina. As coisas aqui são diferentes, já que o passado de Shepherd é muito mais conturbado e a personagem pode em algum momento se sentir pressionada demais a ponto de reviver uma recaída.

Mais que apenas demonstrar o conflito interno de Amy, o episódio da semana continua seguindo a proposta de construir um caminho para que o público perdoe Karev. Exaltando sempre que por trás do temperamento “difícil” existe ali uma boa pessoa, um bom médico. E mesmo que o texto tente por vezes nos dar a impressão de que algo está perto de acontecer com Alex – ou que este poderia ser um dos últimos anos do personagem na série. É justamente Karev o escolhido para dividir o grande segredo de Amelia. O colocando mais uma vez como intermediador na relação entre Meredith e a cunhada. Claro que tomar as coisas como certas apenas por frases colocadas aparentemente a esmo seria imprudente da minha parte. Mas algo me diz que depois de tantos anos acompanhando Grey’s Anatomy talvez não tenha sido gratuito ouvir Alex dizer que Grey precisa começar a se esforçar um pouco para ser mais paciente com Amelia. Já que ele pode não ficar por ali muito mais tempo.

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Ainda muito coisa está para acontecer, ou mais alguém se esqueceu de que um dos assuntos que devem retornar para as telas de Grey’s é a violência doméstica? O grande ponto até aqui é que, muitas outras histórias devem se desenvolver até decidirem se de fato é tão interessante assim trazer mais uma vez Jo para o centro das discussões da série. O que me incomoda, mesmo em Roar, é que tem ficado cada vez mais claro que Wilson e DeLucca vão se envolver em algum ponto da história. E mesmo que a série esteja levantando outros pontos importantes como o quanto uma relação relação pessoal pode afetar a tão buscada imparcialidade no ambiente de trabalho, minha atenção só consegue se voltar para o que parece ser a  nova necessidade do universo de Grey’s Anatomy: insistir em criar casais.

E você o que achou deste último episódio? Feliz com o retorno de Murphy? Se pudesse trazer alguém de volta à história, quem você traria? Não deixa de comentar aqui embaixo. E até a próxima review!


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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