Não fosse pela vergonhosa conclusão dada para o que insistiu em ser um dos assuntos centrais dá décima terceira temporada, None of Your Business tinha tudo para ser um bom episódio. Caso não estivesse inserido em um ano tão difícil para ser fã de Grey’s Anatomy. Talvez seja justamente por isso que, enquanto muita gente comemorava a renovação da série por mais um ano, eu me questionava até quando a série seria capaz de nos entregar boas histórias.
Foi difícil não revirar os olhos logo já nos primeiros minutos do episódio desta semana. E ainda que não escondesse de ninguém meu descontentamento com o rumo dado para a história e o personagem de Alex Karev, a solução apresentada pelo roteiro foi ainda pior do que eu poderia imaginar. Claro que a cada ano fica mais difícil manter o ineditismo das coisas, com tantos anos no ar. Trazendo por isso a constante impressão de estarmos revivendo um sutil déjà vu quando o assunto são as tramas paralelas do drama médico de Shonda Rhimes .
Nem mesmo as referências à Game of Thrones foi capaz de tirar minha angústia e medo de que, no fim das contas, tudo o que estava acontecendo ali tinha a ver com uma inesperada gravidez de Jo. Neurose da minha parte? Talvez. Mas, com certeza, um dos possíveis caminhos a se seguir vide o lenga lenga que se tornou Alex e Wilson em Grey’s Anatomy. É que desde a cena do vômito, ao final de You Can Look (But You’de Better Not Touch), carreguei comigo um único pedido: não tentem levar a gravidez da atriz que interpreta Jo para as telas. Sério! Não por acaso, só consegui relaxar depois de ver Wilson tomando aquele gole de cerveja maroto.
Mas como, graças a Deus, nem só de Karev e Wilson vive Grey’s Anatomy. A chegada de Diane (LaTanya Richardson Jackson) trouxe um novo fôlego para a história. Ainda que a descoberta do câncer da mãe de Pierce se esbarre na tal falta de ineditismo que citei outrora, a intenção de trazer Maggie mais uma vez para a linha de frente da série sem dúvida é um grande acerto. E ainda que muita gente se apresse em julgar a cardiologisa, a médica tem sido uma das poucas personagens a não ter sofrido de algum tipo de “distorção” por parte dos roteiristas.
Precoce no campo da medicina, Pierce traz com ela uma inocência e um ar típico da vivida pela primeira turma de residentes de Grey’s, talvez seja por isso que tenha sido tão coerente e correta a ideia de unir DeLucca e Maggie, há duas temporadas. E como eu disse em reviews anteriores, não se pode deixar de considerar a boa intenção da trama em tentar consertar os rumos errados pelos quais a temporada havia se enveredados. Possível sinal de que ainda existe esperança e sentido para mais temporadas de Grey’s? Espero que sim.
Um pedido? Menos Wilson e mais Pierce. Se o inverno está chegando em Grey’s Anatomy? Eu ainda não sei dizer. Espero apenas que seja capaz de entregar algo melhor do que temos visto durante todo o outono. Até a próxima review!