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Grey’s Anatomy – 13×16 Who Is He (And What Is He to You)

Por: em 21 de março de 2017

Grey’s Anatomy – 13×16 Who Is He (And What Is He to You)

Por: em

Sai Seattle, entra Nevada. Saí Meredith Grey, entra Jackson Avery. E o que era pra ser o episódio responsável por reaproximar Jackson e April, ou como muito dos fãs prefeririam chamar: um episódio focado em Japril. Acabou me parecendo muito mais um piloto mal feito de um série com poucos recursos, justificando a presença do eco em algumas cena.

A construção rasa do drama central, somado a situações com um quê de vergonha alheia como a de Jackson no bar enquanto tentava algum contato com o pai, fizeram de Who Is He (And What Is He to You) um dos episódios mais difíceis de se assistir nesta décima terceira temporada. E olha que não é de hoje que venho comentando o quanto a série tem errado em se tratando de faltar com a qualidade em se tratando de  Grey’s Anatomy.

Algo similar já tinha sido feito no ano anterior da série, onde decidiu-se apresentar um episódio todo em flash backs e focado em Japril. E que mesmo tendo dividido a opinião dos fãs, apresentava ali um contexto construído, uma boa história, ou pelo menos, muito melhor do que o que se tentou entregar nesse fiasco tido como o episódio desta semana. Pois, nem mesmo as tentativas de inovar com tomadas mais ousadas e novos ângulos de câmera pareceram dar certo. A impressão  na realidade era de que os atores de modo geral não estavam se sentindo confortáveis em cena, ou até mesmo que acreditavam no que o roteiro propunha. E talvez, por isso, o resultado tenha sido tão difícil de digerir. Entrando fácil para um dos piores episódios de Grey’s Anatomy.

O que dizer da cena em que Jackson reencontra o pai no bar? A construção do diálogo chega a ser cômica, sem mencionar a constante impressão de que o ator que interpretou Robert Avery estava prestes a começar a rir. Então, se a ideia era demonstrar que Jackson se tornou algo muito melhor do que aquele que um dia se intitulara seu pai, a mensagem fracassa. Passando passou a maior parte do tempo demonstrando um Jackson irritado, mimado e fazendo tudo, menos agindo de forma profissional ou de fato focado no bem estar da paciente ou no respeito por aquela que um dia foi sua mulher e é a mãe de sua filha.

Toda esta atitude de Jackson, somada a falta de tato na construção de algo que eu nem lembrava ser um trauma na vida de Avery – o abandono do pai – só me fez querer que o episódio acabasse o quanto antes.

Tudo ali me torturava, dando a impressão constante de que estava assistindo a uma nova série médica, daqueles pilotos bem fracos. Tanto, que nem a frase de efeito do final, ou aquela que talvez seja a porta mais demorada para se fechar na história de Grey’s Anatomy, tirou de mim o sentimento de tempo perdido, ou a impressão de que até Harriet foi interpretada por bebês diferentes. #medo

Em outros tempos assumiria a mea culpa e diria que eu é que não estava em um bom dia. Mas, depois de tantos episódios ruins, este pra mim fez valer a máxima do nada é tão ruim que não possa piorar. O que me levou a questionar se Who Is He (And What Is He to You), na verdade, não deveria ser encarado como uma reflexão para no que estão transformando a própria série. Histórias rasas, com pouco ou quase nenhum cuidado no momento de se utilizar do histórico dos personagens. Perdidas nas constantes renovações ou na necessidade de se provar algo, que definitivamente eu não sei o que é.

O engraçado é que sempre me questionei se um dia teria sentido existir Grey’s Anatomy sem Meredith Grey. Bom, acho que depois desta semana estão longe de estarem preparados pra isso! Enquanto isso, quem sofre somos nós, e em um nível tão ou mais complexo que a capacidade do ator que interpreta Jackson ao tentar nos emocionar apenas com a sua voz com os textos de abertura e encerramento do episódio da semana.

E se você, assim como eu, sobreviveu até aqui. Te convido pra nos vermos na próxima semana! Concorda? Discorda? Não deixe de comentar aqui embaixo.


Marcel Sampar

Paulista que puxa o erre pra falar, PHD em Análise do Drama pelas novelas mexicanas reprisadas no SBT e designer de homens palito. Com sérios problemas em se definir por aqui - sim, esta já é minha terceira tentativa em menos de um mês - mas que um dia chega lá!

Rio Preto/SP

Série Favorita: Sex and the City

Não assiste de jeito nenhum: Teen Wolf

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