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Heroes: Reborn – 1×08 June 13th (Part. 2)

Por: em 8 de novembro de 2015

Heroes: Reborn – 1×08 June 13th (Part. 2)

Por: em

“Save our son, save the world!”

Interessante. Creio que essa seja a melhor palavra para descrever June 13th (Part. 2). Embora não tenha sido tão boa quanto a primeira parte, essa sequência conseguiu cumprir seu papel, explicando a trama, somando novos elementos ao jogo e fazendo revelações surpreendentes. Nem de longe foi ruim, contudo, alguns momentos me incomodaram. Além disso, esse episódio tornou ainda mais evidente a preguiça que sinto de 90% dos novos personagens. Não queria, mas bastou Carlos e Miko darem as caras, ainda que rapidamente, para um protesto involuntário escapar por meus lábios. Juro que foi mais forte que eu.

De qualquer forma, acredito que é importante começar esse texto mencionando a linha temporal extremamente complexa estabelecida por Heroes: Reborn, principalmente quando se soma a ela os eventos da série original. É de explodir cabeças imaginar que haviam dois Hiros e duas Ângelas vivendo em diferentes localidade, com diferentes idades, mas na mesma época. É claro que isso não é uma crítica, afinal quando se mexe com o tempo o que se espera é justamente essa “insanidade”. Dito isso, vamos ao principal elemento dessa temporada: os gêmeos.

Semana passada descobrimos que a líder de torcida, que um dia foi a chave para salvar o mundo, deu à luz a duas crianças que carregam o mesmo destino. Para protegê-las e garantir que tivessem poderes suficientes quando o momento chegasse, Nathan e Malina foram enviados para o passado. Nesse episódio, o motivo que levou a separação  dos irmãos foi evidenciado. Como bom Petrelli, o menino tem a habilidade de “roubar” poderes de outros Evos. Durante o parto ele “pegou” a habilidade de Claire, justificando de forma plausível a morte da garota (ponto para Heroes por isso!). Para que não fizesse o mesmo com a irmã, os dois foram afastados. O rapaz foi criado por Hiro, de quem absorveu a habilidade de teletransporte, e a menina por Ângela. Nathan cresceu ciente de tudo isso, mas, após ser encontrado por Harris, teve a memória apagada como forma de proteção, se tornando o Tommy que conhecemos.

Além da história dos gêmeos, tivemos a revelação de que, todo esse tempo, Quentin está trabalhando como um espião para Erica. A descoberta foi chocante e deve influenciar bastante a trama a partir de agora. Gostei da forma como isso foi feito e de como estamos sendo enganados pelo personagem desde Dark Matters. Ainda assim, conhecê-lo desde a minissérie é justamente o que torna possível entender suas motivações. De todo modo, não deixa de ser interessante perceber como um personagem que aparentava ser completamente ingênuo e confiável tem manipulado o público e o grande Noah Bennet há vários episódios.

Na lista de acontecimentos dessa segunda parte tivemos ainda a “criação” de Miko e a revelação de que Farah e Carlos lutaram juntos na guerra, mantinham um envolvimento amoroso e os atos de heroísmo creditados a ele foram dela. Vimos também Joanne e Luke matarem pela primeira vez, a cena foi tão vergonha alheia que me dou o direito de não comentar. Digo apenas que a atuação exagerada de Judith Shekoni é algo que me incomoda profundamente.  Destaco, por fim, o retorno mais inútil da temporada: Matt Parkman. A participação do personagem serviu apenas para que meu ódio por ele crescesse ainda mais, sendo desnecessária de incontáveis maneiras.

De toda forma, June 13th (Part. 2) cumpriu bem seu papel e foi importante para o desenrolar da trama. Agora já temos vilões e mocinhos bem definidos, sabemos qual a grande ameaça que os aguarda, como se chegou a esse cenário e onde reside a esperança. Ainda assim, senti problemas no ritmo do episódio e algumas situações soaram extremamente forçadas. A ideia de Hiro criando Nathan, com a ajuda da enfermeira e se apaixonando por ela, embora muito interessante, foi um desses casos. O conceito era ótimo, mas a execução superficial e seca a prejudicou. Não digo que era necessário estender o plot por episódios, mas algumas cenas dedicadas a isso teriam tornado o desmantelamento dessa família algo emocionante. Tocando nesse assunto, espero realmente que essa não tenha sido a última vez que vimos Hiro, pois esse seria um desfecho indigno para um personagem tão amado pelos fãs.

 


Thais Medeiros

Uma fangirl desastrada, melodramática e indecisa, tentando (sem muito sucesso) sobreviver ao mundo dos adultos. Louca dos signos e das fanfics e convicta de que a Lufa-Lufa é a melhor casa de Hogwarts. Se pudesse viveria de açaí e pão de queijo.

Paracatu/ MG

Série Favorita: My Mad Fat Diary

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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