“We belong together. And I’ll never stop believing that”
— Michael para Xo.
“And for as long as Michael lived, until he drew his very last breath, he never did”
— Narrador
(01×10)
Nunca demorei tanto para encontrar palavras (e o emocional) para começar uma review. Essa semana, estava preparado para apreciar mais algumas das reviravoltas sobre o testamento que prejudica diretamente Rafael e a ascensão de Anezka e Scott quando me deparei com o texto de despedida do Brett Dier no instagram e, a reação de confusão imediata, já que dessa vez não foi o tiro de spoilers que o twitter costuma dar. Então, só restou-me assistir dolorosamente o episódio, passando pelas cenas fofas de Jane e Michael até o derradeiro fim.
De lá até aqui vieram as fases de luto, tristeza, negação, revolta e aceitação. É uma das reviravoltas mais dramáticas de Jane the Virgin, que sempre demonstrou ser inteligente e corajosa quando trata-se de evoluir a jornada de sua protagonista. Matar um de seus pares românticos a qual conhecemos desde o piloto, na metade de seu terceiro ano, exibida em um canal destinado ao público jovem-adulto não é fácil.
Sim, os sinais estavam claros desde o começo, tanto que os rumores sempre existiram, seja nos diálogos contidos do maravilhoso narrador ou na construção narrativa da série que demonstrava não ter muitos caminhos a seguir com o casamento de Jane e Michael e os últimos episódios exibidos vinham desenhando essa situação. A história teria progresso se continuassem a focar no casamento perfeito dos protagonistas? Talvez tenha sido essa reflexão na sala de roteiristas, já que segundo a showrunner Jennie Urman esse ponto da história já havia sido planejado, mas adiado por conta da química entre Gina Rodriguez e Brett Dier.
O ex-policial poderia muito bem ter nos dado adeus depois do ataque de Sin Rostro em sua lua de mel, mas é importante notar o quanto de amadurecimento Jane conquistou em sua vida depois que Michael recuperou-se provisoriamente. Tornou-se independente saindo da casa que sempre foi protegida pela mãe e avó, conquistou seu primeiro lar e perdeu uma característica que a perseguiu desde que foi inseminada acidentalmente, com o amor de sua vida. Por isso, o falecimento de Michael torna-se chocante e doloroso. O cara não só era o herói que Jane escolheu para construir sua vida, como também, de muitas fãs da série que o viam como um exemplo de namorado amoroso, engraçado e compreensivo.
Óbvio que o personagem ainda poderia mostrar-se muito mais, mas nessa altura da história é necessário um sacrifício e reinvenção para acompanharmos o renascer de Jane Villanueva e toda sua batalha para construir uma nova vida. Pular três anos depois dessa tragédia foi válido e mostra a disposição da série em não ficar na zona de conforto para exibir quais mudanças serão inseridas daqui pra frente e os desafios que a protagonista vai enfrentar, segundo a showrunner, ainda teremos muitos flashbacks desse tempo que passou e, com certeza, devemos preparar os lencinhos.
Muitas Notas de Roteiro:
- Não estou preparado para ver Michael nesses flashbacks, alguém me ajuda?
- Eu quero uma indicação ao Emmy e um novo Globo de Ouro na mesa da Gina Rodriguez, já!
- E a bromance maravilhosa de Michael e Rogelio, como fica?
- No meio dessa tragédia toda, como não amar Petra criando conexão com suas gêmeas?
- Minha aposta para quem está casando vai para Bruce e Xo.
- Será que Rafael seguiu adiante com o plano?
- Rose e Luisa voltando, providenciam logo uma resolução para essa história!
- Shonda Rhimes fazendo escola, será que Jane engravidou?
Foi um episódio doloroso, que nos deixa com uma sensação amarga e triste com a saída de um dos seus principais personagens. #TeamMichaelForever! Não deixem de comentar suas impressões do episódio e segurem-se, pois semana que vem vai ser forte!