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Krysten Ritter fala sobre audição para Jessica Jones

Por: em 23 de novembro de 2015

Krysten Ritter fala sobre audição para Jessica Jones

Por: em

Jessica Jones (acompanhou a nossa maratona? Já publicamos as reviews de todos os episódios) nos apresentou uma série da Marvel um pouco diferente do tom que estávamos acostumados até então. A série noir não tem medo de tocar em temas pesados, como estupro, e não foge da sexualidade.

Além disso, Jessica (Krysten Ritter) não usa um uniforme sinalizando que tem superpoderes.

Melissa Rosenberg, showrunner da série, disse ao Deadline que os Defenders (o grupo formado por Demolidor, Jessica Jones, Luke Cage – que terá uma série própria – e Iron Fist) podem aparecer em uma possível segunda temporada da série (ainda não confirmada pelo Netflix), mas avisa que cada série existe em seu próprio mundo e eles não têm muito espaço no mundo de Jessica.

Krysten falou com a Vulture sobre estresse pós-traumático, como conseguiu o papel e a atuação de David Tennant (Doctor Who).

Jessica Jones

A atriz considera Jessica Jones uma série feminista. “É tão diferente de tantas formas, porque é do ponto de vista de uma mulher, todas as mulheres que estão na frente das câmeras e atrás. O maior elogio que eu posso ter é quando as mulheres estão assistindo à série e amam e elas não são fãs da Marvel. Para mim, sempre pensei que esse show era especial, mas quando você tem esse tipo de audiência, que geralmente pensa “oh, eu não quero assistir isso porque não é o que eu vejo” e elas gostam? Aí eu digo que fizemos o nosso trabalho.”

Sobre a audição: “Meu agente me falou [sobre a série] de uma forma horrível. Recebi uma ligação falando que o Netflix queria me ver nessa série, que era da Marvel e de superherói. Eu gosto de ir a audições, então disse que ia, mas não achava que ia conseguir. Meu agente disse que não era um herói típico, que minha personagem seria muito ruim nisso. Então, a princípio eu não sabia o que esperar, mas não parecia ser muito bom. Só quando recebi o script super secreto que vi que era super interessante.”

Sobre uma conversa com Melissa Rosenberg: “Ela nunca se referiu à Jessica pelo gênero. Ela nunca escreveu a personagem como um gênero. Sempre era o personagem antes, que eu amei de cara. Ela me disse, “você não ouve falarem de um superherói homem e branco. Você só diz que é um superherói. Mas para uma garota, por algum motivo, é uma mulher superheroína!” Isso ficou comigo e como eu criei a personagem e o tipo de integridade que ela tem. E ela sempre falava da série como um drama. Acho que ela comparava com Homeland antes de comparar com alguma série de superherói, que foi muito bom. O tipo de televisão que eu assisto – gosto de thrillers psicológicos, como Damages e Bloodline, e que focam em personagens e é o que é. Oh, e também o fato de eu ser uma superheroína e existir nesse universo Marvel, essa marca global que lança coisas de alta qualidade, foi como ganhar na loteria, sabe?”

Sobre a cena em que a Jessica levanta um carro: “Aquele foi o dia mais frio na história de Nova York. Nunca vou esquecer aquele dia. Originalmente, a cena deveria ser diferente, mas tivemos que mudar porque estava muito frio. Eu lembro de estar tão frio que lágrimas estavam formando no canto dos olhos e congelando. Foi uma das minhas cenas preferidas quando li o piloto, porque é antes do passado começar a atormentar [a Jessica], então vemos como ela é, ousada e consegue o que quer. É assim que ela vive. Amo ver como ela vive o mundo antes dos incidentes da série.”

Sobre se preparar para a personagem: “Eu tenho uma piada que parte do meu salário vai para meu professor de atuação, mas acho que tem uma verdade em cada piada. [risos] Trabalhei com meu coach de atuação por horas e horas, todos os dias por dois meses, antes de ir ao set ou experimentar as roupas da Jessica. Estresse pós-traumático não é só uma memória. Não é algo como “oh, a câmera vai focar em você, e a música vai mudar, e você tem uma memória e os espectadores verão com você”. Estresse pós-traumático é algo muito diferente. É quando você sente que a coisa está realmente acontecendo. Você volta àquele momento. Para mim, o trabalho duro foi em construir a história do passado da Jessica, tudo o que aconteceu com ela, o trauma, quem ela era antes de a conhecermos. Esse tipo de preparação? É hard-core.”

Sobre trabalhar com David Tennant: “Ele tem um talento incrível e uma habilidade e alcance longos em tudo o que faz. Digo, ele pode fazer uma cena de cinco páginas várias vezes e mudar um pouco todas as vezes, em nuances e variações. Ele é um profissional de cabo a rabo. Sempre sabe as falas. Sempre interpreta bem. Além de gravar cenas maravilhosas com ele, ele é muito divertido no set. Quando dizem ao David que estão prontos para as cenas deles, ele levanta e corre, ele realmente corre no set. Porque ele está muito contente. Todo mundo gosta dele como pessoa.”

Sobre a amizade de Jessica e Trish (Rachael Taylor): “Nos demos bem imediatamente. Isso é sorte. Temos a mesma idade, gostamos das mesmas coisas, temos muitos valores em comum, gostos de moda. Nós nos vestíamos iguais. Somos irmãos. Somos companheiras. A amizade das personagens, foi a Melissa Rosenberg que criou essa amizade complexa e maravilhosa que tanto a Rachael quanto eu respondemos, porque ficamos perplexas do quão honesta e complicada e real é. As personagens não estão falando sobre um homem, ou casamento, ou besteiras. Essa é uma das minhas coisas favoritas no show, essa amizade feminina.”


Bianca

Feminista interseccional, rata de biblioteca, ativista, ama filmes, séries, cultura pop e BTS. Twitter sempre vai ser a melhor rede social.

São Paulo - SP

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: Lost

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