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Legends of Tomorrow – 2×09 Raiders of the Lost Art / 2×10 Legion of Doom

Por: em 1 de fevereiro de 2017

Legends of Tomorrow – 2×09 Raiders of the Lost Art / 2×10 Legion of Doom

Por: em

O retorno de Legends of Tomorrow  foi surpreendente e incrível. Com uma ótima homenagem ao ídolo de várias gerações, George Lucas, a série inicia o ano com o pé direito. Em Raiders of the Lost Art, descobrimos que Rip Hunter está nos anos 60, produzindo filmes de baixo orçamento sobre suas aventuras. Ao mesmo tempo, a equipe descobre que a Legião do Mal está atrás da Lança do Destino que ironicamente, está com seu ex-capitão. O episódio soube entrosar muito bem os subplots e o plot principal, além de conseguir fazer um tributo sensacional a um dos maiores cineastas de todos os tempos.

Admito que não queria que a Sara deixasse de ser capitã tão rápido, já que ela tem crescido e se destacado muito com essa posição. Mas os roteiristas acharam uma ótima forma de trazer Rip de volta a season sem comprometer o posto da Canário: o ex-capitão não se lembra de nada de sua vida. Hunter está sumido a muito tempo e durante sua ausência, a equipe amadureceu e tornou-se tão organizada que não cheguei a sentir falta dele. Mas Arthur Darvill provou que é um ótimo ator ao trazer uma nova personalidade ao antigo capitão – o cineasta Phil, que além de não ter as memórias do ex- Mestre do Tempo, parece ser uma pessoa completamente diferente.

A inserção de George Lucas na trama se deu de forma leve e divertida, em duas partes diferentes. Primeiro, George Lucas desiste de sua carreira como cineasta e seus filmes (Star Wars, Indiana Jones e tantos outros) deixam de existir. Você consegue imaginar uma linha do tempo em que nada disso existe? Pois é, Legends brinca com essa possibilidade, e isso desencadeia drásticas  mudanças na vida de Ray e Nate. Isso porque sem Darth Vader, Luke Skywalker, Han Solo e Indiana Jones, os dois heróis não seguem suas carreiras de cientista e historiador, respectivamente. Impossível não se divertir com as versões “Menos úteis” dos dois. Vale destacar que Nick Zano e Brandon Roth  estão com um ótimo entrosamento nos últimos episódios.

Depois disso, as Lendas descobrem que o roteirista está em posse da Lança do Destino, já que era o assistente de Rip Hunter em seu filme. Falando nela, o conflito da poderosa arma não foi lá essas coisas. Tive a sensação de a lança foi produzida meramente para criar um dilema entre as lendas e seus inimigos. A chave para o plot dar certo vai ser a utilidade da arma. Claro, as nossas expectativas são altas, já que ela é um dos instrumentos mais poderosos da HQs. Então só resta esperar para ver como essa trama vai se desenvolver.

Outra resposta que tivemos, diz respeito a Mick e Snart. Durante parte do episódio, Stein acredita que as visões do Onda Térmica são efeitos do “fantasma temporal” do Capitão Frio em um dispositivo implantado em Mick, durante seu tempo como Chronos. Mas ao longo dele, entendemos que na verdade, é o psicológico do herói. Achei toda questão com um ar de enrolação e que poderia ter sido bem melhor trabalhada. No entanto, gostei dos roteiristas não terem “reavivado” o Snart, já que isso atrapalharia e tiraria totalmente a nobreza do sacrifício dele na última temporada.

Ao final do episódio, a Legião do Mal  acaba perdendo o amuleto que os faria encontrar o resto da lança, mas conseguem sequestrar Rip Hunter. E é daqui que o décimo episódio começa. Fugindo dos padrões da série, Legion of Doom focou bastante na relação entre os membros da Legião; Flash Reverso, Damien Darhk e Malcolm Merlyn. Os três passam por duas reviravoltas importantes: a muitos desentendimentos entre os antigos vilões de Arrow  e o velocista e depois, a união do trio contra a Flash Negro. Para quem acompanha a série e sofreu como eu durante a primeira temporada, é bom respirar aliviado ao ver o caminho que a série tem tomado, não é mesmo? O roteiro mudou tanto, que é impossível comparar os episódios da season anterior com qualquer um deste segundo ano! E esta semana, fomos surpreendidos mais ainda com um episódio espetacular. A qualidade do roteiro e a ótima construção do plot permitem eleger esse como um dos melhores episódios da temporada.

Já no começo de Legion temos uma mudança peculiar: Enquanto nas outras semanas o narrador sempre era um herói, desta vez quem assume esse papel é Damien Darhk. Nos primeiros minutos já somos apresentados a estranha relação entre os membros da Legião do Mal. Não há nada além de interesses movendo o trio, cujos membros agem com extrema desconfiança e egoísmo. Durante a maior parte do tempo, Merlyn e Damien brigam por não quererem ser os capachos de Eobard, que parece desconfiar muito dos antigos membros da Liga dos Assassinos. Com uma ótima estratégia, os dois provam o porque merecem ser considerados parceiros pelo Flash Reverso, fortalecendo e firmando os lanços entre os três. Com as memórias de Rip em mãos, o trio decide atrapalhar ainda mais a vida das Lendas ao mexer com elas, antes de buscar o restante da Lança do Destino. A parceria entre Matt Letscher, Neal McDonough  e John Barrowman  é impecável. Os três são tão carismáticos que é impossível não gostar e querer que a Legião dê as caras pelas outras séries do Arrowverse.

Enquanto isso, Stein traz Lily abordo da Nave para ajuda-los a usar o medalhão. Demorou para acontecer, mas ela finalmente descobre que é uma aberração temporal, o que torna tudo complicado para Martin. É nesse momento que conhecemos um pouco do passado dele, que não tinha um bom relacionamento com seu pai e que por isso, não teve filhos antes. Ao longo do episódio, no entanto, a relação entre os dois se estabelece e acaba melhor do que antes. Lily surgiu como um subplot, mas a cada episódio em que Christina Brucato  aparece, torço mais e mais para que ela se torne recorrente. O professor também é o responsável por desvendar a identidade do velocista e com a ajuda de Nate, descobrir como derrota-lo. Mesmo que a Legião tenha trancado o Flash Negro no cofre do banco, é obvio que as coisas não ficaram calmas para o Thawne por muito tempo. Resta saber como as Lendas usaram as novas informações para derrotar seus inimigos.

Ouso dizer que de todas as séries da DC Comics (e até as da Marvel) Legends é a que mais surpreendeu nesta season. A cada episódio, a série se fortalece com um ótimo roteiro e uma excelente química e parceria entre seus produtores e elenco. Em ambos os episódios, tivemos roteiros maravilhosos, boas atuações e como não poderia faltar, momentos de diversão. É bacana ver uma série evoluir tanto e só podemos esperar por mais episódios assim pela frente!

Dá só uma olhada no que nos espera em Turncoat, o príximo episódio:

 


O que achou da homenagem ao George Lucas? E da verdadeira união da Legião do Mal? Comente aqui com a gente!

 

Nos vemos semana que vem, tá?

 

Um beijo


Carolina Tavares

Advogada paulistana, é viciada em leitura desde que se entende por gente. Vê mais séries do que deveria e menos do que gostaria. Quer ser uma mistura de Olivia Pope, Alicia Florick e Annalise Keating algum dia.

São Paulo/SP

Série Favorita: The Blacklist

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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