Durante esta temporada, já vimos as Lendas sequestrando Eistein, “inspirarem” George Lucas, lutarem em Camelot e ajudarem George Washington. A dois episódios de sua season finale, é hora de J.R.R. Tolkien ajudar nossos heróis. Em um episódio excepcional em diversos pontos, eles atingem o fundo do poço quando perdem um de seus membros. Logo nos primeiros instantes, já voltamos ao Vanishing Point, o ponto de fuga da história e onde eles derrotaram de uma vez por todas, os Mestres do Tempo – vitória essa que lhes custou a vida de Snart. É lá o quartel general da Legião do Mal, onde Flash Reverso está a salvo (um lugar que existe-mas-não-existe). E após roubar os fragmentos da Lança debaixo do nariz de Thawne, os heróis precisam descobrir uma forma de destruí-la. Obvio que uma vitória tão simples não era o que esperávamos em um episódio tão próximo do fim da temporada.
Sobra para Tolkien (Jack Turner) a tarefa de ajudar Sara e sua equipe na busca por uma forma de destruir a Lança. Ao contrário de diversos outros personagens históricos, o escritor mostrou-se extremamente útil aos nossos heróis e se envolveu muito mais do que, por exemplo, George Lucas. O escritor estava no meio de uma sangrenta batalha da Primeira Guerra Mundial e aqui fica um dos mais sóbrios (e exelentes) segredos do episódio.
Mesmo com um orçamento infinitamente mais baixo que filmes de sucesso, Legends of Tomorrow conseguiu mostrar o horror e o sentimento de devastação que a guerra traz. Isso foi mais sentido em Vixen, que lembrou-se de seu povo e de toda a destruição que os aguardaria no futuro. Amaya mudou muito desde sua primeira aparição e o ápice de sua maturidade é neste episódio, quando ela tem a chance de mudar a realidade de seus descendentes – mas não o faz, por saber que a história deve permanecer como está.
Ao mesmo tempo, vemos como as poucas palavras de Snart revelam o quanto Mick se sentiu deslocado esse tempo todo, além de colocar em cheque a confiança (in)existente do resto da equipe em Onda Térmica. Muitas dúvidas e poucas certezas fizeram a diferença nesta semana. E o quão surpreendente foi a mudança de time do parceiro do Capitão Frio. Confesso que foi decepcionante ver como todos duvidaram dele e de como isso o empurrou na direção errada. Tendo sido o alivio cômico durante boa parte da temporada, foi bom ver Dominic Purcell mais uma vez mostrando a profundidade e todo o drama que Mick tem a oferecer. Além de perderem um de seus membros para a Legião, as Lendas também perderam a Lança e a única forma de destruí-la.
Mesmo o episódio não tendo sido todo sobre Tolkien, foi impossível não achar boas referências a suas obras. O nome, o roteiro (uma “sociedade” de amigos que buscam uma forma de destruir um dos artefatos mais perigosos da história, cuja missão só é atrapalhada quando os laços de sua amizade são quebrados. Lhe parece familiar?) e as sutis piadas foram formas maravilhosas de homenagear o grande escritor. Esta temporada foi infinitamente melhor que a primeira, fato consagrado já no seu sétimo episódio – onde o roteiro mais cômico e bem trabalhado e o amadurecimento dos personagens já era facilmente notado. De qualquer forma, nos aproximamos da season finale com um ar muito mais sóbrio e sério do que qualquer outra série da The CW. Sem dúvida nenhuma, minhas expectativas estão nas alturas com a provável redenção de Mick e todas as consequências do uso da Lança do Destino pela Legião do Mal.
Você já viu o trailer de Doomworld?
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Até semana que vem!
