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Limitless – 1×16 Sands, Agent of Morra

Por: em 26 de fevereiro de 2016

Limitless – 1×16 Sands, Agent of Morra

Por: em

Nesta semana, Limitless trouxe Sands para o centro da história, o que é ótimo para variar um pouco o foco sobre Brian e Rebecca. A série, diferente do que fez nos dois últimos episódios, fez do caso da semana algo útil ao lançar mão dele para contar um pouco mais do passado do capataz do Senador Morra.

Como eu disse na review passada, ficou bem claro a intenção de dar ao Mr. Sands mais profundidade, fazendo da história dele mais um importante elemento da trama. Toda postura fria dele foi explicada da forma mais divertida possível – apesar do drama que lhe estava sendo infligido. Ele era do MI-6, fez coisas indizíveis, se apaixonou quando uma relação desse tipo não era permitida e dela nasceu um filho. Não é por acaso, que esse menino é o mesmo que está no centro do caso de emergência do FBI. Adotado por um comissário da ONU, Harry Winter foi sequestrado ao sair do colégio, pelo mesmo homem que Sands e Brian saem a procura.

Claramente seguindo caminhos perpendiculares, a dupla Brian e Sands vai atrás do algoz do ex-militar, enquanto a equipe da CJC trabalha sem o seu brilhante consultor para achar a criança abduzida. Repiso meu comentário de que fica cada vez mais comprovado que Rebecca é tão inteligente quanto Brian usando NZT, pois ela conseguiu desvendar as poucas pistas e chegar cada vez mais perto de uma conclusão na mesma velocidade da dupla dinâmica de Morra.

A única diferença é que para Sands conseguir a informação do local do cativeiro do seu filho, ele precisava matar todos os seus ex-companheiros de MI-6, inclusive cometendo suicídio ao final de tudo. Se alguns de vocês não gostavam de Sands, saibam que eu sempre acreditei que dali sairia algo interessante. A forma com que Finch nos mostrou a história dele em quadrinhos, desde que ele foi recrutado pelo esquadrão de elite britânico, ficou muito legal. Adoro essas sacadas de Limitless, que fazem a narrativa fluir sempre leve, apesar da violência que realmente estava acontecendo. Afinal, Sands estava deixando um rastro de cadáveres por onde passava.

Além disso, finalmente Brian parece ter conseguido quebrar a barreira que existia entre ele e Sands, forçando-o a admitir a verdade sobre o seu passado e o sua trágica história de amor. Com esse voto de confiança, quando o consultor precisar de alguma ajuda, ele não tenha a mesma atitude de outras ocasiões. Gostei muito do momento em que eles estouram o cativeiro de Tanner e cabe ao Finch tirar a criança de lá, entregando-o à um Sands definitivamente torturado pelo passado e aliviado pelo bem estar do filho.

Confesso que a outra linha narrativa com Rebecca e o resto da equipe da CJC não chamou muito atenção. Estava claro que eles não conseguiriam chegar antes de Brian no cativeiro e só serviu mesmo para mostrar o outro lado da história de Harry, o filho de Sands, que conseguiu ser adotado por uma família de recursos e amorosa. Mas tirando isso, nem o drama de Harris sobre o aniversário me comoveu. Limitless parece estar incerta do que quer ser quando crescer, uma série policial procedural (onde não ligamos muito para o enredo) ou, talvez, algo mais elaborado (torço por isso).

Vale também mencionar aqui o espaço dado para a irmã de Brian, Rachel e Ike. Gostei bastante da promessa do casal e seria bem engraçado ver uma mudança na dinâmica entre os seguranças e Finch. O episódio acaba mostrando que o Consultor guardou o caderninho de Sands, onde vimos um breve resumo do relacionamento dele com Morra e do trabalho que ele fez para o Senador. Em prol de ser o único com acesso ao NZT, Ed quis eliminar todos que pudessem se tornar um impecílio na sua produção – desde traficantes menores aos usuários consideráveis. Construiu-se então um preguiçoso link com a morte do pai de Rebecca.

Alternando momentos interessantes e outros onde eu mexi no celular sem nenhum medo de ser feliz, não vejo ainda a trama de Limitless como uma coisa sólida. Peca-se um pouco em não trabalhar o enredo principal e também perde-se tempo com casos que não adicionam tanto à narrativa – diferente dessa semana. Desde que voltou do hiato, parece que a série se perdeu um pouco, focando apenas na diversão dos espectadores e menos no desenvolvimento da história. Uma pena – enquanto isso vamos levando uma série divertida…e só.

Agora, o que você achou de Sands, Agent of Morra? Tem algum outro personagem que você gostaria de conhecer mais profundamente? Fique a vontade para dividir suas impressões conosco!

ps: Procurei, procurei, mas não encontrei a promo de Close Encounters, que vai ao ar dia 8 de março =(

Até semana que vem!


Lívia Zamith

Nascida em Recife, infância no interior de SP e criada no Rio. Vivo e respiro Séries, Filmes, Músicas, Livros... Meu gosto é eclético, indo do mais banal ao mais complexo, o que importa é ter conhecimento de causa.

Rio de Janeiro - RJ

Série Favorita: São muitas!

Não assiste de jeito nenhum: Friends (não gosto de sitcoms)

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