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MacGyver – 1×17 Ruler

Por: em 5 de abril de 2017

MacGyver – 1×17 Ruler

Por: em

Seguindo seu ritmo, MacGyver nos apresenta um dos melhores episódios dessa temporada. Com um caso mais sério e com um grande aprofundamento em alguns personagens que ainda não tinham sido trabalhados satisfatoriamente, a série parece mostrar que realmente veio para ficar.

Respondendo diversas duvidas que surgiram no episódio passado, finalmente tivemos o tão esperado aprofundamento em Bozer. Sim, nós já havíamos tido um episódio dedicado especialmente à descoberta e aceitação dele, mas o roteiro continuava colocando-o como simples alívio cômico. Isso ainda não mudou, mas foi ótimo saber mais do personagem e ver como as missões afetam sua vida e seus relacionamentos. Desde a infância, sempre vimos filmes de heróis e super espiões, sonhando que um dia estaríamos naquela posição. Mas, ao analisar esse episódio, será mesmo que nós servimos para essas situações? Muitas vezes achamos ser os heróis, quando somos apenas os pedestres azarados passando no meio de uma luta ou de um carro com uma bomba. E, na verdade, não há nada errado nisso. Sendo protagonistas de nossa própria vida, cada um tem habilidade para algo específico. Podemos ser todos heróis? Sim, mas cada um naquilo que está em sua posição. Uma pessoa pode se tornar uma heroína apenas por servir um bom café de manhã ou dizer um cumprimento. Outros podem ser heróis salvando vidas e alguns cuidando delas. Todos nós somos heróis no que fazemos e Bozer aprendeu isso. Ele não precisa ser James Bond para fazer parte da equipe, pois são suas habilidades em laboratório que o fazem um. Será que algum dia nós também conseguiremos entender isso?

A preocupação de Mac, mesmo intensa, foi bem entendida. Ele passou boa parte da vida tentando proteger o amigo de sua vida secreta e, de uma hora para outra, o viu sendo jogado diretamente no meio dela. O relacionamento dos dois, mesmo não sendo trabalhado há algum tempo, ainda se mostrou forte, provando que a amizade deles é tão forte como era, ou até mais. Claro, nada supera sua interação com Jack. É interessante ver como os dois continuam formando uma ótima dupla, sempre estando um ao lado do outro em qualquer situação. Jack, mesmo sutilmente, também foi brevemente aprofundado. Sabemos de sua extensa lista de missões, então acaba sendo ótimo quando conhecemos mais detalhes de algumas. Ainda, é importante notar que sempre que certas missões são mencionadas, algum acontecimento futuro acaba fazendo uma ligação direta com ela. Seja por um acontecimento traumático ou por algum companheiro de missão, elas sempre acabam voltando para uma continuação. Sendo assim, talvez seja seguro afirmar que ainda veremos mais sobre seu passado em Amsterdã ou sobre como e porquê aprendeu tantas línguas, algo que nem Mac se deu ao trabalho.

Seguindo com o elenco principal, é necessário notar como Riley e Bozer parecem cada vez mais afastados como amigos, mas juntos como equipe. Eles se ajudam nas missões, mas ao contrário do que vemos com outros personagens, não vemos nada além. Sim, essa interação durante os casos são importantes, mas será que esse é o máximo do relacionamento deles? No início, a pequena paixão de Bozer pela hacker parecia ser um dos pontos altos do personagem, mas com o passar dos episódios, o roteiro resolveu deixar isso de lado, mesmo colocando diversas referências em alívios cômicos durante o episódio. Riley, de todos, começa a se tornar a personagem menos trabalhada da história. Papel que antes estava com Jack e passou para Bozer, agora permanece com ela. Será que ainda veremos mais além de suas habilidades com o computador? Será que sua mãe poderá voltar para uma possível nova trama? Ainda não é possível saber, mas é fácil notar que a personagem precisa urgente de uma nova motivação ou, quem sabe, alguma mudança.

Matty, como já visto semana passada, continua estabelecida como uma ótima personagem. Ser chefe não é fácil, né? E, como já era esperado, alguma hora presenciaríamos uma difícil decisão sendo tomada. Foi triste ver os agentes sendo renegados, mas também foi uma bela jogada do roteiro para nos mostrar como uma verdadeira líder pensa. Sim, um chefe se preocuparia com a agência, mas ela foi além disso. Fazendo o papel de uma verdadeira líder, ela não apenas lidou bravamente com a situação, como também conseguiu ajudar seus agentes a voltarem. É interessante notar as diferenças entre ela e Patricia Thornton no cargo. Antigamente, era sempre possível terminar um episódio insatisfeito pelas baixas informações sobre a antiga chefe. Não víamos evolução nem nada sobre seu passado. Patricia era um verdadeiro mistério que felizmente foi resolvido brevemente. Claro, com todo aquele alvoroço durante a revelação, era de se esperar que a víssemos em ação mais vezes. E, apesar da mesma não ter aparecido, foi bom poder ver até que nível sua inteligência ia e a que ponto ela chegaria pelos seus ideais.

Como de costume, o caso da semana não nos decepcionou e nos apresentou ótimas sequências. Chegando perto de seu final, era de se esperar algum caso mais complicado ou no mínimo demorado, mas parece que ainda teremos o procedural por um bom tempo. Longe de mim ser crítico com o formato, já que a série se mostrou promissora e nos apresentou um caso incrível na semana, algo bem recorrente nos episódios. Entretanto, seria interessante ver pelo menos uma dificuldade maior para o protagonista e o elenco principal. Ficar presos em um país estrangeiro foi uma ótima oportunidade, principalmente com a quantidade de assuntos que o roteiro poderia abordar. Mesmo assim, é possível entender que uma rápida resolução era essencial para o aprofundamento em Bozer e, mesmo sendo difícil dizer, acabou sendo bem aceito. Aliás, foi ótimo ver não apenas a Fundação Fênix trabalhando, como também a Inteligência Holandesa. Até o momento, as poucas vezes em que o roteiro se aprofundou em outros agentes foram ótimos momentos, algo que poderia ser usado novamente no futuro da série.

No geral, MacGyver continua nos apresentando uma excelente temporada. Superando o clichê do seu início e nos apresentando uma sequência de incríveis episódios, a série mostra que a CBS fez certo em renová-la e já começa a preparar o terreno para seu grande final. Será que estaremos preparados para o que nos aguarda? Peguem seus óculos com lantejoulas e vamos lá!

Observações:

É, ainda não superei aqueles óculos.

Prefiro não comentar o quão forçada e conveniente foi a sequência com a modelo.

O que foi esse robô apresentado? Será que se esqueceram da falha nas três Leis da Robótica?

Crítica sobre a espionagem internacional dos Estados Unidos da América feita com sucesso.

Sim, me atrasei. Sim, me atrasei muito. Mas, como quem me acompanha nas Redes Sociais já deve saber, tive um grave problema com meu computador, o que atrasou as reviews em semanas. Entretanto, já estou me organizando para colocar a casa em ordem até o final da semana. Novamente, peço perdão pelo ocorrido.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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