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MacGyver – 1×18 Flashlight

Por: em 6 de abril de 2017

MacGyver – 1×18 Flashlight

Por: em

Após uma pequena pausa, MacGyver retorna com mais um excelente episódio e nos apresenta um crossover até então inusitado. Já em sua reta final, a série mostra que realmente sabe o caminho que deseja seguir e já revela possíveis relações para serem trabalhadas no futuro.

Antes de começar, gostaria de mencionar que não assisto Hawaii Five-0, mas imagino que esse fator não tenha limitado minha experiência com o episódio. Ao contrário, foi completamente interessante ver a reação de outros personagens perante as habilidades de nosso querido elenco principal. Além disso, é interessante notar o choque de culturas e o modo como cada série consegue demonstrar suas peculiaridades em cada cena. Já acostumados com o ritmo de MacGyver, é impossível não notar algumas mudanças nas sequências que são decorrentes do ritmo da outra série, mostrando uma perfeita união entre elas. Imagino que HF-0 seja uma série mais séria, mas de modo algum isso atrapalhou os momentos com os quais já estamos acostumados. Claro, um crossover nunca é fácil de fazer e dificilmente veremos outro logo, mas um reencontro entre essa galera seria muito bem aceito. Como uma série promissora que está se tornando, esse encontro não apenas fortaleceu o roteiro como nos mostrou que existem diversas possibilidades para serem trabalhadas na série.

O caso da semana, como já é costume, foi bem intenso e nos presenteou com ótimas cenas, diálogos e interações. É interessante notar que em toda guerra a humanidade evolui. Sim, é estranho dizer isso, mas toda guerra gera avanços militares e na medicina. E, após duas guerras, é sabido que os países mais fortes não deixariam simplesmente de trabalhar sua própria proteção. Ao trazer esse protótipo para a série, nós não apenas podemos vislumbrar algo que pode ocorrer no futuro, como também conseguimos nos lembrar que a paz é apenas passageira. Vez ou outra, sempre surge conflitos, assim como andamos presenciando no Oriente. E, se a paz é passageira, precisamos nos lembrar que é nosso papel mantê-la o máximo possível. Desde o início desse primeiro ano, cada acontecimento nos passava uma lição para nossa própria vida e isso não seria diferente nessa etapa da história. As cenas de ação conseguiram passar bastante emoção, pecando apenas nos efeitos especiais, o que já não é mais surpresa. Com a renovação já garantida, seria interessante ver a CBS investindo nessa série tão interessante que conseguiu evoluir do clichê para uma grande história.

Como dito em outras reviews, o passado de Jack sempre foi o ponto mais forte do personagem. Com tantas missões em sua carreira, era nítida a carga que o personagem trazia e um aprofundamento nele seria ótimo para história. E, como conseguimos ver, novamente Jack nos surpreende com suas habilidades. Claro, o personagem está longe de ser bem trabalhado, mas essas pequenas menções sobre seu passado, aos poucos, começa a fortificar cada vez mais o personagem. Para quem não lembra, esse crossover já teve início no episódio quinze, quando Jack ligou para um amigo do Havaí para passar informações sobre o caso do Assassino do Zodíaco. Caso à parte, é bom notar a relevância do personagem em outras instituições, algo que pode ser usado futuramente. Ainda, é importante perceber que ele ainda procura uma relação mais forte, já demonstrando ter superado o que sentia pela antiga colega de time. Só resta esperar que ainda nesse primeiro ano o roteiro mostre mais desse personagem tão forte, mas tão pouco trabalhado.

Falando em relacionamentos, é importante notar a nova fase do relacionamento entre Bozer e Riley. Sim, já fazia algum tempo que o roteiro havia deixado de lado a paixão que o jovem sentia pela hacker, mas parece que ele ainda não acabou e promete ser um dos pontos altos dessa reta final. Será que Bozer finalmente conseguirá ficar com Riley? Será que ela realmente sente algo pelo garoto ou apenas o considera como amigo? Essas são questões que deverão ser respondidas nos próximos episódios, mas já é bom ver que o roteiro já prepara o terreno para futuras tramas. Ao contrário do que eu imaginava, Kalei não faz parte do crossover, sendo apenas um personagem novo inserido nele. Ou seja, é provável que ainda o vejamos futuramente, podendo ele ser o responsável pela resolução desse caso romântico. Ainda, novamente tivemos a prova de que, mesmo não sendo tão intensa como antes, a amizade entre Mac e Bozer continua forte, mostrando que o jovem ainda sabe muita coisa sobre o espião e pode ser o responsável por nos contar mais sobre seu passado.

O passado de Mac, desde o início, parecia ser o plot central desse primeiro ano. Mas, ao contrário do que vimos, pouca coisa nos foi mostrada sobre ele. Nós sabemos sobre seu relacionamento com a mãe, mas quando o veremos novamente com o pai? Nos primeiros episódios, era interessante notar como o fato de perdoar ou não ele era uma das coisas que movia o personagem. Infelizmente essas questões não continuaram sendo trabalhadas, mas essa pequena menção talvez mostre que isso não será deixado de lado. Confesso que compartilho a mesma convicção de Mac sobre aniversários, mas ao analisar esse episódio, será que não é hora de mudar? Talvez a comemoração de um aniversário não faça sentido. Talvez isso seja apenas uma desculpa para mais uma festa, mas qual o problema? Sim, nós envelhecemos a cada segundo, mas com o tanto de problemas que enfrentamos, será que não precisamos de um momento para comemorar? Pode não fazer sentido, mas um dia para relaxar com os amigos e familiares é sim bem aceito. Pode não fazer sentido, mas nós somos vencedores por sobrevivermos ano após ano e, dito isso, não seria bom comemorar essa vitória?

No geral, MacGyver continua nos apresentando ótimos episódios e já parece estar pronto para seguir para o final de seu primeiro ano. Agora, só nos resta torcer para que a série continue mantendo seu ritmo e que o roteiro consiga trabalhar alguns pontos ainda insatisfatórios.

Observações:

Agora fiquei com vontade de assistir Hawaii Five-0.

Para quem não sabe, McGarret só foi mencionado e não apareceu, pois o ator saiu da outra série.

Matty continua sendo uma ótima personagem mesmo sem nenhuma trama relevante.

“Estamos há 0 dias sem enfrentar algum perigo mundial. Nosso recorde é de 0 dias”.

Tudo fica melhor com um cachorro em cena.

Sim, me atrasei. Sim, me atrasei muito. Mas, como quem me acompanha nas Redes Sociais já deve saber, tive um grave problema com meu computador, o que atrasou as reviews em semanas. Entretanto, já estou me organizando para colocar a casa em ordem até o final da semana. Novamente, peço perdão pelo ocorrido.

 


E você? O que achou do episódio? Não se esqueça de deixar sua opinião e continuar acompanhando as reviews aqui, no Apaixonados por Séries.


Lucas de Siqueira

Apaixonado por Tom Holland, séries históricas, documentários sombrios e guerras. 19 anos de pura imersão em diferentes universos através da leitura e pronto para criar outros através da escrita.

Santa Branca/SP

Série Favorita: Game of Thrones

Não assiste de jeito nenhum: Revenge

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