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Maratona Parenthood – 5ª temporada

Por: em 26 de abril de 2017

Maratona Parenthood – 5ª temporada

Por: em

Infelizmente, nossa maratona do choro está perto do fim e hoje é dia de revelar o que achamos da quinta temporada de Parenthood. Já começamos constatando o fato de que a cada temporada da série o golpe é maior e ainda não se sabemos como sairemos ilesos no fim dela. Cada uma de nós que está seguindo esta maratona se apaixonou completamente pelos Braverman – que já entram na lista de melhores famílias das séries junto com os Cohen, os Scott, os Walker e outros clãs maravilhosos que já tivemos o orgulho de acompanhar.

Mas voltando para a quinta temporada, foi impossível segurar as lágrimas, principalmente depois que achávamos que teríamos episódios um tanto mais leve – para compensar a enxurrada de emoções que foi a quarta temporada. Devo confessar que, pessoalmente, eu achava que isso aconteceria, mas não apelidamos a maratona do choro a toa, não é mesmo? O único respiro que tivemos foi com a história de Crosby e Jasmine, que foi menos intensa que a de todos os outros Bravermans. Tivemos separações, acidentes de carro, venda de imóveis, nascimentos, campanha de eleição municipal e muito mais. Bastante coisa, né? Então respira aí que vou seguir o formato determinado por minhas colegas e fazer considerações sobre cada núcleo familiar dos personagens.

Julia, Joel, Sidney e Victor

Continuando o caminho de desafios das temporadas anteriores na casa de Joel e Julia, é hora do casamento dos dois passar por uma prova de fogo e, infelizmente, o resultado não foi positivo. O cerne do problema não foi o fato de Julia se sentir menor por não estar trabalhando e se sentindo produtiva, mas de não ter encontrado em Joel o conforto que esperava. E aí nem foi uma questão de tempo e Ed já surgiu entendendo sua vulnerabilidade e fazendo com que ela se sentisse especial novamente. Inevitavelmente, a amizade se tornou algo mais, como é natural acontecer com qualquer um de nós, “meros mortais”. É aí que se esconde o segredo de Parenthood: criar um drama que consegue ser sutil ao mesmo tempo que brutal e que qualquer pessoa consegue se identificar. Afinal, quem nunca se sentiu como Julia? Ou até mesmo como Joel, que não estava no mesmo momento de vida que sua esposa e acabou vendo o casamento ser aniquilado por uma bola de neve.

Talvez tudo pudesse ter sido resolvido com mais conversa, mais entendimento, mais carinho. Mas foi o drama necessário para a evolução de cada um deles. Até então, tudo nos leva a crer que o casamento não terá mais volta e, apesar de isso ser triste, está tudo bem. Julia está aprendendo a se reerguer sozinha, sem precisar se identificar como esposa ou namorada de alguém e isso é ótimo para a evolução da personagem. Joel também traça seu caminho a partir deste fato e com as crianças não é diferente. Sidney e Victor ficam abalados com a situação, até porque já estavam tendo que lidar com seus próprios dramas pessoais, principalmente Victor em relação à escola. Como era de se esperar, a recepção da notícia da separação dos pais não é a melhor e acaba causando uma ruptura entre os irmãos, principalmente quando Sidney passa a culpar Victor pela situação. Aos poucos eles vão aprendendo a ter uma vida dividida em dois: duas casas, duas camas… O caminho está aberto para que isso cause problemas para os dois na próxima temporada e só Julia e Joel se unindo em relação à criação das crianças é que haverá uma solução. Quem sabe isso não os reaproxime? Cabe a nós torcer para que isso aconteça.

Sarah, Amber e Drew

Foi muito interessante poder embarcar na jornada de autoconhecimento de Sarah na quinta temporada. Finalmente ela resolve sair da casa dos pais, consegue cada vez mais trabalhos como fotógrafa e, principalmente, decide que é tempo de focar em si mesma. O que pode render ótimos frutos para seu relacionamento com os filhos – e o netinho que vem por aí. Falando na nova criança do clã Braverman, ou melhor, falando na mãe dela, a vida da Amber parecia que seria um mar de rosas depois do noivado com Ryan, mas teve tiro para todos os lados e ela bem que tentou desviar de alguns, mas o impacto foi inevitável e este foi mais um relacionamento que não resistiu aos problemas que este novo ano trouxe para o nosso clã favorito da TV. O bonito foi ver que mesmo em seus momentos de desespero ela conseguiu confortar o irmão, que também não estava em uma boa situação. Mas como já é usual, o plot do Drew foi, mais uma vez, o menos importante da temporada e ele serviu, basicamente, só para encher tempo de tela.

Adam, Kristina, Haddie, Max e Nora

Depois que conseguiu vencer uma exaustiva batalha contra o câncer, Kristina decide concorrer à eleição a prefeito da cidade. O que não era de se esperar era que Adam não fosse apoiar essa ideia, logo ele, tão parceiro que é. Mas como não poderíamos superar mais uma separação traumática nessa temporada, o roteiro nos poupou um pouco de drama e permitiu que tudo se encaixasse em seu lugar correto, até mesmo o apoio de Adam à esposa teve o tempo exato para se tornar real e relacionável para qualquer um de nós. Sobre as crianças, foi tocante ver o relacionamento de Max e Hank evoluir, fazendo com que o menino se interessasse por fotografia e que o “ex-tio” conseguisse se reconhecer como portador da síndrome de Asperger.

Haddie continua sem aparecer em todos os episódios, mas tendo participações-chave em certos momentos da história e espero poder vê-la mais na próxima temporada, principalmente depois da revelação de sua sexualidade. Há muito para explorar aí e vai ser um prazer poder acompanhar de perto o amadurecimento da personagem. Nora continua sendo uma das crianças mais fofas da televisão e cada vez que aparece me deixa desejando que ela apareça ainda mais – só para apreciação da fofura mesmo.

Crosby, Jasmine, Jabbar e Aida

No meio de tanto drama e tanta bagunça de sentimentos, alguém tinha que ser o porto seguro e nos mostrar que, nem sempre, a vida é feita apenas de drama, que há também a possibilidade de se ter dias tranquilos em família. Principalmente quando se acrescenta um bebê fofo a ela. Quem diria que Crosby iria evoluir tanto assim em tão “pouco” tempo? A cada episódio ele prova que as atitudes do adulto-adolescente ficaram no passado e que merece aproveitar muito a vida que está construindo ao lado da mulher amada e dos filhos.

Considerações finais:

  • Camille e Zeek continuam não tendo uma participação tão expressiva na série, mas todo o plot da venda da casa e de autoconvencimento de que era a coisa certa a fazer me afetaram. Chorei bastante por tudo o que a casa representava para todos eles, mas entendo a decisão.
  • Não consigo aceitar o fim de Julia e Joel e espero que já no primeiro episódio da temporada eles se acertem. É muito triste vê-los separados.
  • Como Sarah vai reagir à notícia que Amber está grávida? Prevejo muito drama pela frente.
  • Não estou preparada para dizer adeus aos meus novos amigos na próxima temporada. Devo procrastinar o fim?

Essa foi uma temporada bem agitada e, agora que você já sabe tudo o que eu achei sobre o que aconteceu, quero saber quais são as suas opiniões sobre este quinto ano de Parenthood. Ah, dia 08 de maio é dia de se despedir da maratona do choro com a Karine. Estão todos prontos?

Momento mea-culpa: quero me desculpar pelo atraso na publicação do texto. Os compromissos do dia a dia não me permitiram liberá-lo antes.


Renata Vivan

Curiosa por natureza. Chata por vocação. Social media por paixão. Designer de Interiores em formação por inquietação Viciada em séries e novela por culpa da prima que a largava na frente da TV para poder namorar.

Palhoça/SC

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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