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Maratona Prison Break – 3ª temporada

Por: em 30 de novembro de 2016

Maratona Prison Break – 3ª temporada

Por: em

Por um instante eu pensei que Prison Break não causaria o mesmo efeito que em sua temporada de estreia, a 3ª temporada, no entanto, retomou as características da série que nos provocou emoções lá no primeiro ano. A nova temporada reutilizou parte da fórmula que consagrou seu sucesso, no entanto, o cenário mais caótico e as interferências da Companhia na vida de Burrows e Scofield, fizeram deste terceiro ano, um dos mais promissores para alguns, para outros, um desastre total.

“The worst of the worst are there. Men no other prison will take. They rioted so badly a year ago, the guards pulled out. Just left them to themselves.

A nova prisão para onde Michael Scofield foi mandado mudou nossas impressões até aqui que tínhamos de Fox River. Esqueçam os direitos humanos, eles não existem lá, esqueçam condições básicas de vida e convivência, esses fatores são completamente excluídos uma vez em Sona, é cada um por si desta vez. Junto de Scofield, temos Alex Mahone, o agente viciado, que acabou tendo o ingrato – no entanto, merecido – destino de acabar também preso, T-Bag e Bellick. Os 4 americanos acabam todos presos na mesma penitenciária e descobrem que a realidade lá dentro é bem diferente do sistema prisional ao qual estão familiarizados.

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Sona é uma prisão onde a polícia não entra, após uma rebelião tão grave no passado, os agentes penitenciários decidiram se retirar do estabelecimento e deixa-lo sobre controle de um dos próprios detentos, Lechero, que controla o local como seu próprio reino de uma maneira distorcida. É muito interessante a figura que o personagem incorpora, afinal de contas, ele é um preso como qualquer outro, no entanto suas regalias e acordo com os guardas o fazem assumir uma espécie de trono e governar Sona e seus detentos sobre regras bem claras e rigorosas. Algumas vezes podemos notar a velha lei de talião regendo o lugar, onde expressão “olho por olho, dente por dente” toma forma num cenário caótico de detentos perigosos e dispostos a tudo para sobreviver naquele lugar.

“Without rules we are nothing but savages […] This fight is engaged with only one rule. No weapons. Only man versus man.”

O cenário da nova prisão ressalta a confusão mantida por uma ordem totalitarista presente no local, Sona se apresenta como uma via de mão única, quem entra, jamais sai, a não ser morto. E a tarefa de Michael lá dentro é resgatar James Whistler a mando da Companhia, que está com Sarah e L.J como moedas de troca dessa empreitada. Enquanto na primeira temporada, o plano de fuga milimetricamente calculado de Michael o ajudou na fuga de Fox River, independente dos obstáculos no caminho, neste ano não haviam tatuagens ou ideias mirabolantes premeditadas do engenheiro que auxiliassem na escapada, é aí que enxergamos a potencialidade do protagonista em elaborar um plano para ser efetuado em 1 semana, seu prazo máximo.

Os 13 episódios lançados ajudaram nesse quesito, uma temporada menor impediu as infinitas enrolações e pedras no sapato que Prison Break sempre acaba impondo. As situações se tornavam mais ágeis na medida que o tempo era corrido e o prazo começava se esgotar, porém a característica mais primordial da série permanecia intocável, na medida a atmosfera sufocante permanecia inerente ao longo dos episódios. Os capítulos do terceiro ano da saga se sustentaram numa premissa básica, sem muitos enfeites de teorias mirabolantes.

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Uma das coisas que ficaram bastante destacadas nesta temporada são as personalidades completamente distintas entre Lincoln e Michael, enquanto este funciona como o cérebro de toda operação e sempre vem com tramas elaboradas, prevendo sempre o passo adiante de seu inimigo, aquele é a força bruta que atua como o guarda costas dos planos feitos. Enquanto Burrows esteve do lado de fora da prisão lidando frente a frente com a Companhia e as consequências tragas por ela, ficou evidente como seus planos iam de mal a pior. Falhou em salvar Sarah, o que resultou na morte da doutora, não conseguiu resgatar seu filho até o final, e tudo bem, isso é Prison Break, onde nada dá certo e o uso de plot twists ao longo da temporada é praticamente a força-motriz da série, mas um dos pontos mais evidentes nesta temporada foram as personalidades dessemelhantes entre os irmãos.

A Companhia desta vez veio na personificação de Susan/Gretchen Morgan, que estava à frente da operação de resgatar Whistler de Sona. A personagem ao longo da temporada tentou impor sempre uma liderança, mas em vão, já que ela não era capaz de assustar nem mesmo LJ com uma arma apontada para sua cabeça. Ainda assim, foi a responsável pela morte de Sarah e conseguiu levar Lincoln tomar uma série de medidas desesperadas (e falhas), embora não conseguisse nos fazer temer, executou bem seu papel enquanto líder de toda operação da Companhia no Panamá e destacou-se como uma personagem feminina poderosa. Whistler, que por outro lado era tão pescador quanto eu sou uma princesa de Disney, levantou muitas dúvidas ao longo da temporada com sua personalidade duvidosa.

Fernando Sucre marcou sua presença nesta temporada, sobretudo com sua fidelidade ao seu ex-companheiro de cela enquanto tentava salvá-lo da realidade imposta em Sona. Sucre se envolveu numa série de situações complicadas, todas pelo dinheiro que queria juntar para seu filho, que jamais poderia ver crescer, destacou-se principalmente na reta final da temporada quando não delatou Michael e sua fuga para os carcereiros de Sona, resultando na sua prisão do mesmo inferno onde seu amigo viveu.

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A terceira temporada pecou em diversos aspectos, não deu uma morte digna para Sarah, que sequer apareceu, personagens excelentes foram rebaixados a mero coadjuvantismo, no entanto, garantiu mais uma vez um ritmo eletrizante ao longo de seus treze episódios. Sua temporada mais curta, devido uma greve dos roteiristas no ano de lançamento, acabou saindo como uma boa alternativa, embora alguns planos tenham sido resolvidos às pressas. E o terceiro ano da série encerrou com Michael em busca de vingança pelos danos que a Companhia causou, uma aliança improvável, mas perigosa, de Mahone e Whistler e Sucre acaba na prisão onde T-Bag assume o controle como um líder do povo.


Gabriela Vital

A Kardashian perdida que sonha em ser médica um dia.

Vitória / ES

Série Favorita: Grey's Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: The Walking Dead

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