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Maratona Sex and the City – 2ª Temporada

Por: em 5 de julho de 2016

Maratona Sex and the City – 2ª Temporada

Por: em

Quem está nos acompanhando nessa maratona nova iorquina, glamorosa e girl power sabe que agora é hora de explorar os acontecimentos da segunda temporada de Sex and the City. Carrie, Charlotte, Miranda e Samantha compartilharam conosco, por 18 episódios, a continuação dessa saga que é viver em Nova Iorque, ser bem sucedida e procurar o homem dos sonhos, o que parece ser a missão mais impossível de todos os tempos. Depois dos eventos do último episódio, o que vemos no início, com Carrie, é uma espécie de reflexão sobre términos: como remendar um coração partido? Quanto tempo demora para superar alguém? Existe um manual com todas essas respostas? Acredito que não, bem, não exatamente… Carrie não só nos dá a solução perfeita como define, na seguinte fala, a alma da série, que é, sim, sobre relacionamentos amorosos, mas também é sobre amizade e superação.

And finally, the most important break-up rule: No matter who broke your heart or how long it takes to heal… you’ll never get through it without your friends.

A temporada segue o ritmo da primeira, desenvolvendo melhor as personagens e as tornando mais próximas de nós a cada conversa. Vale lembrar que estamos falando do ano de 1999, um passado não tão remoto, mas ainda assim considerável, que não anula a relevância das discussões, que continuam – e acredito que permanecerão por muito tempo – atuais principalmente para o público feminino dessa faixa etária, que ainda hoje, infelizmente, é alvo de certos preconceitos e cobranças, como casar e constituir família, por exemplo. O primeiro tópico retrata um pouco sobre isso, vamos lá?

Solteiras sim, sozinhas nunca

Em meio a tantos primeiros (e por vezes últimos) encontros, são raros os momentos em que vemos as protagonistas curtirem a “solteirice” juntas, essa, portanto, é a minha deixa para introduzir esse assunto, já que tivemos ótimos segmentos mostrando essa realidade na vida das amigas. Um deles é quando vemos as quatro saindo para dançar e curtindo a companhia umas das outras, solteiras e fabulosas… Até um ponto de interrogação aparecer para deixá-las inseguras em relação ao atual estilo de vida. Não tem como não achar cômica toda a situação envolvendo a sessão de fotos da Carrie, mas, para mim, essa capa não a representa, nem suas amigas que, a gente sabe, são unicamente fabulous.

Outra situação desconfortável, ainda nesse assunto, envolve Miranda e sua nova moradia. Como uma advogada bem sucedida que é, a ruiva sempre menciona o quanto é importante para ela celebrar o sucesso, e seu novo apartamento é reflexo disso; no entanto, é questionada várias vezes se moraria sozinha ali, o que, claro, não era da conta de ninguém. Porém é óbvio que Miranda não está sozinha, ela tem Fattie, seu gato de estimação (que infelizmente não poderá salvá-la em casos de engasgamento).

Apesar dos “constrangimentos” que podem envolver o combo solteira + casa dos trinta, o fato é que as quatro amigas nunca estão totalmente livres da companhia do sexo oposto, eles podem ser o cara que faz alguns reparos pelo apartamento, um médico que você conhece no lançamento de um livro, em uma galeria, enquanto é queimada por um cigarro, na internet (esse último parece popular hoje, mas Standford viu o começo dessa era), enfim, mesmo com opções, a busca pelo homem dos sonhos apresenta os mais improváveis desafios que, muitas vezes, é mais um retrato, ainda que caricato, da realidade.

20 vs 30

Outro tema que se encaixa com o que citei acima, sobre as inseguranças acerca da idade, é uma reflexão sobre a existência da rivalidade (não gosto desse termo, mas paciência) entre as mulheres com vinte e poucos anos e as que passaram dos trinta. Além de fazer alusão ao clichê de que os homens preferem mulheres mais novas, a questão que fica é se estas deveriam ser vistas como ameaça ou com empatia, já que é uma fase pela qual todas passaram, na qual também sabiam nada ou muito pouco sobre a vida, e convenhamos, alguém tem alguma ideia de alguma coisa aos vinte? Falo por mim que não, mas achei interessante levarem a discussão de modo apaziguador… Quer dizer, até conhecermos Natasha.

Esse tópico também envolve um assunto sempre contemporâneo: o envelhecimento. Na tentativa de retardá-lo, a cirurgia plástica é apenas um dos meios para este fim, coisa que Samantha sabe muito bem, já que entrou nessa paranoia, mas, Samantha, querida, você está ótima, saia dessa! Inclusive, de todas, acho que ela é o alvo mais explorado nessa questão, é sempre engraçado ver suas reações quando atribuem a ela uma idade maior do que a esperada.

Mr. Big (mais uma vez) e seus vacilos

Acho importante começar esse tópico dizendo que a popularidade de Mr. Big não poderia estar mais prejudicada. Carrie, depois de passar meses tentando superá-lo, é sugada por esse vórtice novamente, e que erro! Se esse é o OTP que esperem que eu shippe, vão ter que se esforçar mais. A escritora que, visivelmente, desde o início, se entregou e investiu bem mais nessa relação do que Big, tem de lidar com alguns impasses em seu relacionamento, o principal deles sendo a comunicação. Uma das grandes qualidades da Carrie, na minha opinião, é que ela não foge de confrontos e não esconde suas emoções (o que pode acarretar em episódios um tanto quanto explosivos de sua parte), mas o mesmo não pode ser dito de John.

O galã pisou na bola. Feio. Mais de uma vez. Primeiro, quando ele sai para atender uma ligação enquanto Carrie recita seu poema; segundo, com a demora em responder seu “eu te amo”, mas que acontece, a seu modo, claro; terceiro, com toda aquela história de ir para a França sem ao menos avisá-la ou incluí-la em seus planos, entre outros vacilos. Não teve como defender, na boa. Porém, acho que o choque maior foi saber que Big está noivo. Sim, o mesmo que disse que não pretendia casar nunca mais voltou da terra do petit gateau com Natasha, sua jovem companheira, e Carrie sentiu esse baque…

Acredito que a colunista também teve uma parcela de culpa com essa tentativa de se reaproximar de Big como amiga… Uma péssima ideia, visto o escândalo que ela causou no restaurante. Eu amei todo aquele barraco, sendo bem sincera! Tudo bem que eles se desculparam um com o outro depois, mas fico me perguntando se aquela cena final e cinematográfica do encontro dos dois após a festa de noivado foi o ponto final desse romance. Algo me diz que não e não sei se gosto desse algo, mas vou tentar me acostumar com a ideia.

Mr. Medium e Mr. Small

Talvez seja relevante destacar os personagens que mexeram com o coração de duas de nossas besties nessa temporada, são esses Steve e James. O bartender Steve conseguiu conquistar Miranda, e gostei dele logo de cara, não nego, apesar do término estúpido dos dois. Será que ficarão na amizade colorida? Tem cara de quem veio para ficar. Assim espero!

Já James conseguiu o que parecia impossível: fazer Samantha se apaixonar! Vimos em determinado episódio que a loira só havia amado de verdade uma vez e que, depois de uma tremenda desilusão amorosa, resolveu não se apegar a mais ninguém. Seria esse o início do fim da Samantha como conhecemos? Sabendo que sexo é um elemento fundamental na sua vida, seria ela capaz de abrir mão do seu prazer em prol desse relacionamento? Dos casos de Charlotte, aparentemente nenhum foi capaz de marcar, para valer, o coração da moça, mas tenho certeza de que logo ela encontrará um amorzinho para chamar de seu. Com quantos caras estranhos e problemáticos ela terá que sair até isso acontecer? Façam suas apostas!

Participações especiais

Várias foram as participações especiais nessa temporada, a primeira aconteceu no episódio They Shoot Single People, Don’t They? (2×04), em que ninguém menos que Bradley Cooper fez uma rápida aparição, já que Carrie não quis saber dele. I know! Quem também deu as caras foi o atual candidato a presidência dos Estados Unidos, Donald Trump, no episódio The Man, The Myth, The Viagra (2×08). Que lástima! No episódio Evolution (2×11), o ator John Shea aparece como o único homem que Samantha amou, enquanto Will Arnett, em La Douleur Exquise! (2×12), interpretou Jack, o cara que tinha fetiche por ser pego transando.

Outra participação especial foi a do cantor Jon Bon Jovi, o que Carrie conhece entre sessões de terapia. His heart was like an open highway, não deu certo. Também tivemos a presença da atriz Valerie Harper, interpretando a mãe de um dos casos de Carrie, que sofreu mais com o término do que o próprio filho. E, por último, tivemos a atriz e modelo Bridget Moynahan interpretando Natasha, a futura esposa de Mr. Big.

Look da temporada

O look que eu escolhi para representar essa temporada, e fechar com elegância o post, é o vestido usado por Carrie no episódio The Chicken Dance (2×07). Glamour da cabeça aos pés, né, mores? A loira sempre arrasa nos modelos, que sonho não seria o brechó Carrie Bradshaw?


Agora é sua vez! Deixe abaixo seus comentários sobre a segunda temporada de Sex and the City e continue acompanhando com a gente essa maratona! Nosso próximo encontro será no dia 25 de julho. Até lá!


Lara Monteiro

Estudante de humanas que já perdeu a conta de quantas séries fizeram e fazem parte de sua vida. Fã da internet, da literatura e do ócio; especialista em conciliar comida com binge-whatching.

São Paulo/SP

Série Favorita: Veronica Mars

Não assiste de jeito nenhum: The Vampire Diaries

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