Você aí.. já fez aquela refeição incrementada do dia? Então prepara a mesa e vem comentar Masterchef Brasil com a gente.
Dia de prova de equipe é sempre bagunça garantida. E apesar daquela previsibilidade da edição, temos que reconhecer: em comparação com as duas últimas temporadas, o que vemos agora é um grande avanço. A maldição que assombrava a equipe vermelha parece ter sido quebrada por um novo herói – ou seria mais um peão com uma grande sorte? O fato é que, com seu retorno nas provas de repescagem, Fernando parece ser um novo homem. Mas será que isso vai ser suficiente para ser um novo chef? O jeito brincalhão continua o mesmo, embora dê para notar uma leve diferença na sua postura.
A prova em si foi uma coisa linda de se ver. Muita brasilidade envolvida. Mas à princípio, confesso, bateu aquele medinho. Gleice e Fernando seriam os líderes de equipe: uma com todo o histórico de confusão com trabalho em grupo e o outro voltando de um longo período longe da cozinha. O resultado foi muito melhor que o esperado, isso é certeza. A velha guarda da Portela adorou a comida e, para felicidade de Jacquin, foi comida boua! os pratos não foram dos mais bonitos, mas a gente releva porque foi um belo de um churrasco, né? Pela primeira vez, o PM teve sua chance de brilhar, mas foi vencido pela dupla FábioPerfeito-Leo. Aliás, primeira vitória de Leo em uma prova de equipe, o Príncipe Encantado desencantou.
O que não foi nada bonito para os corações aflitos foi aquele suspense todo para contar as bandeirinhas. Fui trouxa no nível de achar que tinha sido um empate, mas o time vermelho acabou ganhando em uma disputa bastante acirrada. Para falar a verdade, foi uma das provas em equipe das mais equilibradas que já aconteceram ao longo dessas três temporadas de Masterchef.
A equipe amarela perdeu e teve que encarar uma prova de eliminação tão doce quanto amarga. Chocolate é aquele ingrediente maravilhoso de comer, mas mega difícil de se trabalhar. Não foi a toa que muitos participantes derraparam. Os chefs, desta vez, não escolheram a melhor trufa. Essa missão ficou sob a responsabilidade de Alexandre Tadeu Costa, o humildíssimo dono da Cacau Show. Como foi dito, ele foi um ótimo aprendiz na escola do suspense e deixou muita gente nervosa. No fim, destaque para Luriana, que pela primeira vez conseguiu derrotar seus concorrentes numa disputa solo.
Mais uma vez, menina Gleice foi para a berlinda. Para quem cresceu fazendo trufas, ela estava nervosa demais. Talvez tenha faltado técnica mesmo ou foi apenas a falta de confiança misturada com o mal estar da viagem, mas ela errou. Sempre foi do time que acha que ela não está preparada para a pressão do Masterchef e que muitos dos erros dela são perdoados por puro favoritismo. Mas, gente, não dá para negar: ela realmente não merecia sair nessa prova. As trufas dela eram as mais rústicas (pra não mandar um “horrorosas”), mas pelo menos ela se deu ao trabalho de preparar todas as ganaches. PM, por sua vez, esqueceu o óleo de peroba em casa e não teve vergonha de admitir que usou creme de avelã (no popular, a boa e cara Nutella). É ou não é pedir para sair? E, sinceramente, só não saiu antes porque teve a sorte de ganhar as provas de equipe.
Eis que tem início o Top 13 – O Retorno, e com direito ao pior pesadelo dos cozinheiros. Afinal, a caixa misteriosa é sempre uma bomba. Acho que nada vai ser pior que se deparar com uma cabeça de porco, então uma pilha de latas não seria tão prejudicial assim, uma prova bem gente como a gente. Bom, pelo menos é o que quem tá de fora pensa Pela primeira vez, consegui até pensar em algumas receitas – comida enlatada é coisa que não falta no armário. O desafio mesmo seria a escolha das combinações e, é claro, a apresentação. Qualquer errinho seria o suficiente para “bater lata”, como enfatizou bastante o Fogaça.
Nos melhores, Raquel parece que voltou a acertar. Saindo da má fase dos olhos tristes e pratos equivocados, com a prova das latas ela voltou ao hall da fama. Ainda está longe de ser a rainha do mezanino como já foi um dia, mas já vai dar um up no ânimo para acertar novamente. Quem foi destaque no episódio anterior e voltou a brilhar foi Luriana – quem diria que um dia ela foi aquela participante who, que muita gente nem sabia diferenciar da outra loira (no caso, a Gabi). Leo também acertou, só que na máxima do “menos é mais”. Um prato simples e bonito, aquele ovo nem parecia de verdade. Passa a receita pra gente! Por último, Fábio levou o vice com um prato que exalava sofisticação. Só não entendo o motivo de tanta reclamação durante a prova.
Dos piores pratos, Aluísio se salvou por pouco, mas não deixou de receber os tapas de luva de pelica dos chefs. E aqui vem o curioso caso dos punidos da vez. Dois deles vieram de uma repescagem (vocês sabem de quem estou falando) e se juntaram à Vanessa nessa morte lenta e horrível. Tudo isso porque não captaram o espírito da prova e entregaram pratos com cara de lata, em vários sentidos. Como punição, perderam um item precioso em uma das disputas que, à princípio, parecia ser uma das mais desafiadoras de todas. Abrir massa sem a máquina é um trabalho para guerreiros, ainda mais quando essa massa precisa ser fina e delicada.
A serenidade do olhar de quem já sabe o que vai fazer no almoço.
Tortellini. Nunca vi, nem comi, muito menos ouvi falar. Mas que negócio bonito, né gente? Como sempre, o apresentado para reprodução era bem mais elegante que os da vida real. Parecia mesmo um belo origami. Os resultados não foram um desastre e, como a Paola disse na hora da eliminação, se os dois piores tivessem feito aqueles pratos em edições anteriores, teriam ocupado posições privilegiadas. Aqui, palmas para os participantes de agora, que estão estudando mais e tendo um desempenho cada vez melhor – com exceção de um ou outro, não vamos dar nome aos santos.
Com o retorno de Jacquin para a avaliação final (um dia já amei Jacquin, nesse último programa nem fez muita falta), os cozinheiros deveriam preparar um belo prato com tortellinis. Os recheios e molhos, como sempre, ficavam na conta da imaginação. E, olha, tiveram alguns que imaginaram até demais, tanto para o lado positivo quanto para o negativo. O melhor da vez foi Aluísio, um dos participantes mais instáveis do programa. Seu tortellini, que levava o doce do mel, agradou o paladar dos chefs e garantiu seu lugarzinho no mezanino.
Mesmo com a desvantagem, Fernando conseguiu se destacar, o que não foi o caso de Vanessa. Seu prato deixou de lado as boas vibrações e mais parecia uma sobremesa de tão doce. O resultado foi triste, mas seria de qualquer forma. Tanto sua eliminação quanto a de Lee seria uma perda forte. Se me permitem plantar a sementinha da dúvida, acredito que a edição não tiraria o Lee tão cedo. Ele é, muitas vezes, o alívio cômico e o queridinho da internet (para falar bem ou mal). Quer exemplo maior que a porcentagem dos votos pelo Twitter? Se dependesse da vontade popular, Vanessa teria sido eliminada com uma incrível rejeição. De qualquer modo, foram os dois piores e não dá para contestar. Namastê, Vanessa.
Alguns destaques:
– Três temporadas e ainda me incomoda esse resumão antes do episódio. Qual a necessidade de tanto spoiler, minha gente? Isso sem falar na prévia dos episódios que nunca chegam.
– Gosto tanto que a expressão “sentar na graxa” pegou nessa edição. Sempre dou risada quando escuto alguém falando. Pelos meus cálculos, foram três referências só nesse episódio.
– Eu achando que era uma morte horrível fazer a prova sem poder usar a máquina. Pior foi para o Aluísio, que teve que fazer em uma condição nada tranquila ou favorável.
– Você sentiu? Isso mesmo, o cheiro da treta! Pedro trocando farpas com um Lee decepcionado, reclamando que seus concorrentes são muito refinados e brancos para entender seu estilo de culinária.
“Eu preciso manter a minha autenticidade, mas eu fico inseguro. A minha origem é diferente da dos meus concorrentes. As pessoas que entendem da minha linguagem, se foram. Guilherme, PM. Estou no meio de um grupo de filhos de classe média alta, essa gente não tem ideia da referência que eu tenho. Está branco demais, que nem o Oscar” – Lee
– Por falar no Pedro, ele tava bem esquecido durante os últimos programas. No último, quase torci para que ele voltasse ao esquecimento, porque ele tava simplesmente insuportável.
– Caipiroto tá solto pela cozinha do Masterchef, cuidado.
– Rever a cena da Paola chorando não foi nada legal, tira isso daí, produção.
– Esse último episódio foi líder de audiência durante quinze minutos, com 7 pontos. No Twitter, mais de 160 mil menções à tag #MasterchefBR.
A eliminação da vez foi triste, mas vida que segue. No final, tivemos um bom episódio, com provas elaboradas e inteligentes. Agora quero saber, o que achou dos dois últimos episódios de Masterchef Brasil? Concorda com as eliminações? E o que achou das declarações de Lee? Vem comentar aqui!
