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Masterchef Junior Brasil – 1×04 Os mais odiados, o mais amado

Por: em 11 de novembro de 2015

Masterchef Junior Brasil – 1×04 Os mais odiados, o mais amado

Por: em

Depois de um mês de programa, já temos apenas metade dos competidores na disputa pelo prêmio do Masterchef Junior Brasil. Os desafios desta semana foram os mais complexos até agora, e as despedidas, as mais sofridas. Muitos deles devem ter percebido que às vezes é mais difícil lidar com o que a gente gosta do que com o que a gente odeia.

Prova da caixa misteriosa: Os alimentos mais odiados

alimentos

A prova de imunidade trouxe o pesadelo de 9 em cada 10 crianças: uma caixa cheia de cérebro, fígado, rã, jiló, berinjela, quiabo e tudo aquilo que costuma fazer os pequenos torcerem o nariz. Exceto Matheus, Matheus come de tudo mesmo. O objetivo era sair da zona de conforto e fazer com que eles preparassem pratos que dificilmente pediriam para o jantar.

Atenção: interrompemos esta review para uma reflexão filosófica.

Acredita-se que o sentimento de nojo foi desenvolvido como proteção a coisas percebidas como venenosas, sujas, não comestíveis ou que poderiam causar infecções. A repulsa seria, então, uma reação biológica de auto-preservação. As crianças, no entanto, demonstraram um completo asco a legumes e carnes ricos em nutrientes e vitaminas, mas certamente o comportamento não seria o mesmo diante de alimentos industrializados cheios de sódio, corantes, aromatizantes e gordura trans – estes sim, que fazem mal ao organismo. Nossa relação com a comida atualmente é uma prova de que a cultura e a construção social pesam muito mais na formação dos nossos gostos que fatores genéticos.

Mas voltemos à prova. Apesar do susto inicial, todos eles se saíram muito bem harmonizando e cozinhando aqueles ingredientes “estranhos”, com receitas criativas e bem executadas. Eduardo foi o que mais se adequou ao tema, arriscando cozinhar o cérebro, mas por não ter elaborado muito bem o acompanhamento, acabou perdendo o prato do dia para Sofia, que fez uma sardinha defumada impecável no conceito, na execução e na apresentação. Dafne mais uma vez também marcou presença no grupo dos melhores com seu hambúrguer vegano e conquistou a terceira imunidade.

Prova de eliminação: O chef mais amado

atala-lívia

Depois de encarar alimentos tão temidos, os competidores foram recompensados com a presença super especial do ídolo de 9 em cada 10 mini-cozinheiros: Alex Atala, o chef-celebridade que é a grande referência de quase todos eles. Exceto Matheus. Matheus nem sabia de quem se tratava. Atala levou três receitas que traziam a culinária brasileira de forma bastante original. O cuscuz paulista, a moqueca com mexilhões e uma sobremesa com creme de banana e espuma de manga. Um sorteio definiu que participante faria o quê.

Ao contrário da primeira prova, em que mesmo lidando com alimentos pouco convencionais, eles se saíram bem, desta vez a maioria dos participantes teve dificuldade na execução dos pratos. Atala teve ressalvas com praticamente todos eles, e Matheus e Ivana quase não conseguiram encerrar a tarefa a tempo. O prato favorito do Chef foi a sobremesa de Lívia, que mais uma vez se juntou a Sofia e Daphne entre aqueles que estavam fora de perigo.

Fogaça, Jacquin e Paola elegeram a sobremesa de Ivana e o cuscuz de Lorenzo como os melhores dos que restaram. Valentina pesou a mão no dendê e Matheus, apesar de ter conseguido se recuperar da primeira tentativa queimada, não fez o prato mais memorável de todos. Apesar disso, os dois entregaram o suficiente para se manterem seguros. O mesmo não se pode dizer de Aisha e Laura. Por mais que eu adorasse Aisha, estava bem óbvio que aquele prato ficou muito aquém do esperado. Ela esqueceu quase todos os ingredientes e os que não esqueceu, salgou demais. Já Laura teve a oportunidade de escolher o que queria cozinhar e acabou fazendo uma má escolha. Comparada com Lívia e Ivana, a sobremesa dela acabou revelando algumas falhas de execução que foram suficientes para tirar a menina do jogo. Muitas lágrimas, na TV e fora dela.

aisha

Algumas observações:

– Ivana é, definitivamente, a mais competitiva de todas. Fiquei até com medo dela torcendo pros colegas errarem para serem eliminados!

– Sofia emocionada recebendo elogios da Paola me fez lembrar da vibe coach da mãe dela. Acho que ela não deve ganhar muito confete, tadinha.

– Eles cozinham, falam várias línguas, conhecem ingredientes que ninguém conhece e jogam “dois ou um”, mas pelo menos em uma coisa a infância deles ainda é parecida com a minha: não podem ver um menino e uma menina conversando que já começam a pilhar que “tão namoraaandooooo”.

–  Pensamos que a coisa mais fofa que o Matheus faria seria o molho Chubby Chubby, mas ele tá aí, apenas existindo e mostrando que estávamos errados.

– Gente, tirem aquele quadro da Jiang do ar, por favor. Ela não merece aquilo. O desafio a semana foi cozinhar para o Datena, mas quando foram entregar o prato… um outro apresentador who apareceu e comeu tudo. –Q

Ainda está sofrendo por dar adeus a Aisha? Comeria o cérebro do Eduardo? Vem comentar e sofrer com a gente nos comentários!


Laís Rangel

Jornalistatriz, viajante, feminista e apaixonada por séries, pole dance e musicais.

Rio de Janeiro / RJ

Série Favorita: Homeland

Não assiste de jeito nenhum: Two and a Half Men

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