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Nashville – 5×06 A Little Bit Stronger

Por: em 4 de fevereiro de 2017

Nashville – 5×06 A Little Bit Stronger

Por: em

Depois da premiére, talvez tivemos em A Little Bit Stronger o melhor episódio da temporada de Nashville até o momento. Ao contrário do que parecia ser a regra, todos os núcleos foram explorados com alguma primazia (Scunnar tendo ficado um pouco de lado, ainda que a sequência de Scarlett vendo o clipe de All Of Me tenha sido a melhor do episódio). Todas as tramas se conectaram, e o tema do “amor quebradiço”, ou seja, da imperfeição dos relacionamentos perfeitos, que é praticamente a força motora de Nashville, foi protagonista do episódio. E, se você quer falar de amor, fale com a Calliezinha (Khouri, criadora da série). Vem!

Parece que essa tese agora está sendo transmitida para as gerações futuras. Assim como Scarlett aprendeu com Deacon como manter uma relação de amor cheia de rachaduras, Maddie está tendo sua própria cota de drama nesse sentido. Clay, que finalmente nos foi apresentado de maneira coesa e não aquela bagunça dos últimos episódios, parece funcionar como o Deacon de Maddie, e a explicitação desse paralelo como consequência de uma das melhores e mais interessantes mini-brigas dos Claybourne-James foi uma sacada genial, nível Laços de Família de dramaturgia familiar. O maior problema, no meu ponto de vista, é que a narrativa da carreira de Maddie está sendo deixada de lado por um romance que até agora não convenceu muito. Então, se por um lado é interessante ver a herdeira mais velha da Highway 65 presa nas armadilhas do amor (ou não), sinto uma falta considerável do tratamento da carreira dela.

Falando em relacionamentos não-funcionais, Javery atingiu outro nível de instabilidade. Cada vez mais a série reitera que eles estão em capítulos diferentes da vida, e o acidente de Juliette, que a princípio funcionara como um remédio para a relação, agora se torna um elemento de conflito, já que Juju entra cada vez mais na vida espiritual e Avery, a pessoa mais cética da história do Tennessee, voltou aos palcos e parece cada vez mais interessado em retomar sua carreira de cantor. A sequência da performance dele de Won’t Back Down, entrecortada pela chegada dela à igreja foi uma das melhores ever, e foi um retrato bem fiel e simples dessa diferença de estado entre os dois. A última sequência, dos dois juntos na igreja, pareceu ser um indicativo de que, mesmo com essas divergências, eles, como sempre, irão dar um jeito. E sinceramente não espero menos que isso porque não tenho o menor interesse em ver Juliette Barnes chorando por causa de homem de novo. Sua vida está numa curva ascendente interessantíssima, apoiada por pessoas como Hallie (que eu aposto 10 dólares que vai ser a nova contratada da Highway 65) e Allyson, dá pra gente ficar um pouco sem lágrimas e ranger de dentes. O álbum gospel está vindo, e quem não gostou a saída é logo ali. Juliette Barnes morreu e foi substituída, resta aceitar.

Agora a única real presença da indústria do country no episódio: a volta de Luke Wheeler e a negociação da venda da Wheelin’ Dealin’ Records. Zach Welles está aos poucos se tornando um dos meu personagens favoritos, apesar de achar a adoração dele por Rayna um pouco bizarra – e em tempos de stalker, é melhor ficar de olho. Mas o pragmatismo dele é o que faltava pra parte do business da série, o que eu já considero suficiente. Porém, estamos falando de Nashville, o novelão favorito do sudeste estadunidense, então é claro que já enfiaram ele checando o shirtless de Will, criando as bases pra um romance bem gostoso bem lesgou. Enfim, Rayna agora vai ser a CEO da gravadora do Luke, e isso significa, basicamente, que Will e Juliette voltam pra Highway 65. O que é ótimo, já que Will Chase só vai aparecer como recorrente e ninguém merece Will fazendo papel de planta todo episódio. O papo de Rayna e Luke foi incrível, um dos melhores encerramentos tardios de plot possível. Honesto, fofo, sutil e necessário.

Só pra não deixar passar, a trama do stalker, que tá irritando e ficando sem propósito. Parece que a série sabe disso, porque se Daphne achava mais interessante ficar com o crushzinho do que se preocupar com o maníaco em potencial, sinal de que nem ela liga. E nem nós. Alguma coisa realmente interessante tem que sair desse plot, porque até agora ele simplesmente não está valendo a pena.

Bônus Calma Aí Fia: Scarlett chorando e dizendo que o clipe tinha conseguido mostrar “o que ela é por dentro”? Gente, segura a onda aí. Foi uma cena linda visualmente, mas um segundo pensando no assunto e já fica meio rídiculo.

Bônus Aaaawn: Daphne e o crushzinho dela. Que. Coisa. Mais. Fofa. Por mais plots solo de Daphne Conrad, eu voto sim!

Bônus Abana Que Eu Vou Passar Mal: Dava pra pegar na mão a tensão sexual entre Will e Zach. Já quero sequência de sexo com música do The Exes pra ontem.

Bônus Amiga???: Queria saber quando Connie Britton vai se prestar ao papel de voltar a cantar. Sem contar o álbum conceitual que foi esquecido no churrasco.

E agora? Já da pra shippar Zach e Will? Ou tem alguém #TeamKevin no mundo? Até semana que vem!


Gustavo Soares

Estudante de Cinema, fanboy de televisão, apaixonado por realities musicais, novelões cheios de diálogos e planos sequência. Filho ilegítimo da família Carter-Knowles

São Paulo - SP

Série Favorita: Glee

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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