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O adeus à The Mentalist

Por: em 2 de março de 2015

O adeus à The Mentalist

Por: em

Em 2008, The Mentalist estreou com uma das melhores audiências da gigante CBS, alavancada pelo amor americanos às séries policiais procedurais, pelo roteiro inteligente produzido e às vezes escrito por Bruno Heller, além da ótima atuação de Simon Backer. O carisma e a esperteza de Patrick Jane conquistaram muitos fãs e a química com Teresa Lisbon deixou os shippers de plantão enlouquecidos.

A série passou várias temporadas em torno do mistério que envolvia o vilão Red John até que finalmente reduziram a lista de suspeitos e chegamos à caçada final. Resolvido o plot original e com a audiência caindo consideravelmente, ficamos sem saber se a série teria fôlego pra finalizar sua trajetória de maneira digna. Pra quem se manteve fiel e não abandonou, provavelmente está tão satisfeito quanto nós. Pra nossa despedida, destacamos o que mais nos agradou no final da série.

O caso da semana

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Os casos da semana perderam um pouco do fôlego nas últimas temporadas. Por isso foi uma ótima surpresa ter no seu arco final o envolvimento de um suposto vidente na descoberta de um serial killer perigoso. O roteiro foi extremamente inteligente misturando a vida de Jane com todo o passado de falso vidente e o trauma da perda da primeira família com o momento do relacionamento com Lisbon. Por vários momentos pensamos que o sujeito ia pegar Lisbon e levar Jane ao mesmo sofrimento, mesmo que não resultasse na morte de Teresa. Mas o roteiro foi mais inteligente e colocar Jane pra usar as habilidades de dedução e arrombamento pra resolver o caso tornaram tudo bem mais divertido. Achei interessante também a explicação pro falso vidente, apesar do plot do tumor não ser inédito (já vimos caso assim numa das boas primeiras temporadas de Grey´s Anatomy). Senti um bocado de apreensão pensando em quanto drama viria daquele louco queimado planejando vingança contra Jane, mas Bruno Heller deixou só a tensão e o moço foi preso sem causar mais estragos.

Os rumos dos coadjuvantes

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Na última temporada fomos introduzidos a novos personagens que, teoricamente, deveriam substituir Wayne e Van Pelt. Não foi amor à primeira vista, mas fomos nos apaixonando por eles aos poucos. Porém, Bruno Heller e sua mente diabólica resolveu nos pregar uma peça e levou embora, da forma mais brusca e inesperada, Michelle Vega. Foi um ato de muita coragem de uma série que vinha sendo covarde há tempos. A morte deu fôlego para a temporada, em seus rumos finais, direcionar a vida de outros personagens. E é aqui que temos Wylie. Pobre menino, perdeu um amor e como todo jovem normal na casa dos 20 anos pensou que poderia mudar de cidade para esquecer tudo aquilo e simplesmente recomeçar. É engraçado como isso é exatamente o que a maioria de nós faria numa situação dessa, e se não fosse por Cho, nosso grande e querido personagem de longa data, Wylie estaria ainda sem um propósito. Cho é um personagem ímpar e não vê-lo mais toda a semana é triste porque o amamos pelo seu jeito durão, mas cuidadoso com quem ama, o famoso tough-love. Dirigir uma divisão do FBI é tudo que ele merece nessa vida! E o que dizer de Abbot? Um personagem chato, rabugento, que não acrescentava nada em nossa vida, hoje praticamente casando Jane e Lisbon. Foi o arco perfeito para encerrar o ciclo de amizade desse pessoal.

O final feliz de novela mexicana para Jisbon

White Orchids

Com todos os demais personagens bem encaminhados, Jisbon teria a mesma sorte? Passamos temporadas shippando o casal, vendo Teresa amolecer diante dos flertes do consultor e Patrick Jane quebrar aos poucos a barreira criada com a morte de sua primeira esposa e filha para finalmente aceitar a chance de ser feliz com outra pessoa. Por muito tempo pensamos se a formação do casal iria trazer um clima morno à série. Assim, foi uma grata surpresa a maneira como trabalharam o casal durante a temporada. Sabíamos que não seria fácil para Jane abandonar a aliança, mas mesmo que não fosse para atender um pedido de Lisbon, sabíamos que era um passo que ele deveria dar. Sabíamos que era muito egoísmo de Patrick pedir à amada para largar seu emprego “perigoso”, mas quem culpa ele por não querer outro amor? O melhor de tudo foi ver que eles chegaram finalmente ao equilíbrio, onde a confiança se sobrepõe ao medo e traz um final delicioso para a nova família que se formou. Sem mais truques ou grandes surpresas. Queria muito ter uma visão do futuro com eles morando na casa do lago e crianças correndo pra todo lado, mas depois de um casamento repleto de pessoas queridas, incluindo a volta de Rigsby e Van Pelt tá impossível de reclamar. Eles não poderiam se casar sozinhos com um juiz de paz. Todos os convidados representam a evolução de Jane e Lisbon, de como ambos saíram do isolamento e formaram uma grande família.

 


The Mentalist encerra suas atividades com coragem e dignidade, conseguindo manter os personagens vivos em nossos corações de forma satisfatória e somente com aquela pontinha bem pequeninha (só pra gente sabe que está lá) de saudade.

Agora é a sua vez de nos contar o que achou do final da série, se ela vai fazer falta na sua watchlist e qualquer outro comentário que você quiser compartilhar. Aguardamos ansiosas pelos comentários!


Andrezza

Mineira apaixonada por séries policiais, dramas jurídicos e séries teen de qualidade (Saudades, Greek!).

Belo Horizonte - MG

Série Favorita: Grey´s Anatomy

Não assiste de jeito nenhum: House

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