Depois do excelente Finger in the Dyke, Orange is the new Black nos deu Fake till you fake it some more, um episódio bem fraco, mas com grande relevância para o desenvolvimento da temporada. Assim como há personagens pequenas com histórias cativantes, como Rosa, Claudette, e Watson, também há aquelas que não rendem muito e nos fazem pensar que o tempo poderia ser sido gasto com histórias mais interessantes. O passado de Flaca ficou na segunda categoria.
Apesar de já termos visto algumas assassinas e traficantes internacionais na série, a realidade das penitenciárias femininas é bem mais parecida com a de Marisol. Crimes pouco violentos, envolvendo drogas na maior parte dos casos. Flaca foi presa por falsificar ácidos e supostamente induzir um colegaao suicídio. Como dizem: as pessoas acreditam naquilo que elas ouvem. Acreditam que um clipart é LSD, acreditam que o vestido de uma imigrante ilegal é um Calvin Klein e acreditam que um teste aleatório pode mudar as suas vidas dentro da cadeia.
Os primeiros dias de Litchfield sob nova direção não poderiam ser melhores! Consertam as saboneteiras, reabrem o campo de corrida e oferecem um emprego misterioso que paga até dez vezes mais que as atividades comuns. É claro que o burburinho se espalha e todas querem seu pedacinho de boa vida. O tal teste de admissão rende momentos hilários, e tudo fica ainda melhor quando Danny revela que a seleção foi a mais aleatória possível.
Apesar de todos os olhares voltados para o novo emprego, duas detentas se mantiveram focadas em outras atividades: Poussey e Red. Com o fim da biblioteca, Poussey acabou ficando ociosa o bastante para só beber e tirar sonequinhas vespertinas (a vida que eu pedi a deus). Preocupada com a companheira, Taystee esconde sua cachacinha e a faz começar uma caçada implacável ao suposto esquilo-chapado-ladrão. Já Red não para de pensar em sua cozinha. Cansada da vida de jardinagens, ela percebe que Mr. Healy está arrastando uma asinha para o seu lado e resolve usar suas armas de sedução para conseguir o avental de volta. Sorte a dela que Flaca conseguiu uma vaga no novo empreendimento!
A fuga de Bennett continua afetando Daya de um jeito que é impossível não se solidarizar. Eles tiveram uma história repleta de palavras bonitas e armações sórdidas, ela confiava nele como alguém que estaria do seu lado para o que viesse, e de uma hora para a outra, ele simplesmente desapareceu. Depois de procurar todas as explicações possíveis, Dayanara acredita que é sua culpa, mas até o Cesar, que é um dos maiores brucutus da história da TV, mostra que o único vacilão ali foi o ex-guardinha. Aliás, estou torcendo pro Cesar encontrar ele e fazer aquele negócio da garrafa no fiofó.
Sem alternativas, ela se vê obrigada a aceitar a ajuda da mãe do Bigode. Ao mesmo tempo que é incômodo vê-la tratando de forma tão rude uma mulher cheia de boas intenções e de doçura, não dá para imaginar uma outra reação. Daya está encurralada de todas as formas possíveis, foi abandonada, vai precisar entregar seu bebê a uma desconhecida e aceitar que ele seja criado em uma família de mentira para ter uma chance melhor que a dela na vida. Mas, como dizem… as pessoas acreditam naquilo que elas ouvem. [revoltz]E tudo isso por causa de uma besta covarde que não teve capacidade nem para colocar uma camisinha [/revoltz].
No fim das contas, Flaca fugiu tanto do ofício de sua mãe que acabou indo parar justamente em frente a uma máquina de costura. Será que as lições que ela recebeu na marra vão servir para alguma coisa na “Whispers”?
Algumas observações:
– Soso e Norma, a tagarela e a que nunca fala. Alguém consegue imaginar uma dupla mais perfeita?
– Alex está cada dia mais paranoica com uma provável perseguição de Kubra
– E a Piper está agindo da forma mais irritante possível, zombando das preocupações da sua namorada, em vez de dar algum tipo de apoio.
– Caputo está começando a perceber que a nova administração não deixa muitas brechas para que ele continue no comando de Litchfield. Será que ele vai se arrepender de ter colocado aquele grupo no controle?
– De qualquer forma, a entrada deles já valeu apenas pela cena em que Danny fica provocando a vontade de fazer xixi do Joe.
– Se eu fosse a Maritza, fritava a cara da Flaca na chapa da linguiça depois de ser chamada de gentalha. Que menina mais ingrata, gente!
Gostou do episódio? O que achou do passado da Marisol? Acha que “passaria” no teste de aptidão da Whispers? Deixe seu comentário!
