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Painel de Battlestar Galactica Reunion na Comic-Con 2017

Por: em 21 de julho de 2017

Painel de Battlestar Galactica Reunion na Comic-Con 2017

Por: em

So say we all!

Parece que foi ontem, mas já faz 8 anos que Battlestar Galactica, a melhor série que o SyFy já produziu (e em minha opinião, a melhor série de ficção científica que a TV já viu), chegou ao fim. O saudosismo e amor dos fãs, todavia, não diminuiu em nada e o painel que reuniu o elenco e produção da série na Comic-Con de San Diego é a prova disso.

Estiveram presentes o produtor David Eick, o criador e showrunner Ron Moore e uma parte do elenco: Aaron Douglas (Galen), Mary McDonell (Laura), Tricia Helfer (Six), Michael Trucco (Anders), Katee Sackhoff (Starbuck), Gracie Parker (Boomer/Athena) e Tahmoh Penikett (Halo).

O painel abriu mostrando a importância da série para a cultura pop, reunindo diversas referências a mesma, feitas em muitos programas de TV, como The Office Portlandia. Em seguida, Ron Moore falou sobre como surgiu a ideia de trazer de volta a série, que é baseada num programa homônimo dos anos 80. “A Battlestar original tinha como premissa original essa ideia de extermínio da raça humana. Os heróis do show eram os sobreviventes que fugiram para a noite e foram perseguidos por seus inimigos. Se você tirasse o máximo dessa premissa… Teria uma obra única de TV.”, afirmou, acrescentando ainda que o show surgiu como uma resposta aos ataques do 11 de setembro. Eick complementou Moore, afirmando que se a série fosse feita nos dias de hoje, toda a história seria reinventada para uma lente que melhor refletisse o mundo moderno.

Eick contou ainda que eles tinham um plano de para onde queriam caminhar e deixaram isso bem claro na sala dos roteiristas desde o começo, mas que sempre foram abertos e muitas decisões foram tomadas em conjunto com todos, como a definição de quem seriam os 5 cylons finais, um dos maiores mistérios da série. O momento ao fim da 3ª temporada, em que 4 dos 5 são revelados, foi inclusive um dos assuntos levantados no painel. Aaron Douglas, interprete do Chief, um dos “escolhidos”, descobriu acidentalmente ao ver um script durante um jantar, 3 meses antes, e teve que guardar segredo. No dia da gravação, Eick contou que ligou nervoso para Ron ainda. “Nós estamos fazendo isso certo?”. “Sim.” “Nós sabemos para onde estamos indo?”. Dá pra entender o cara, se a gente parar e pensar que era o grande momento da série até então.

Tricia Helfer brincou que já sabia que era uma Cylon desde o primeiro dia e que enquanto Edward James Olmo (Adama) recebeu 3 páginas de backstory de seu personagem, ela recebeu apenas um “A mulher é uma máquina. Literalmente.” Eick falou da personagem e disse que sua cena favorita na série é uma luta entre Six e Starbucks. Aproveitando o momento, o produtor contou que Kate Sackhoff recebeu muitas reações contrários no começo por ser mulher (na série original, Starbuck era um homem). Uma pena, já que isso pouco importa e no fim, Starbuck foi uma das melhores, se não a melhor, personagem da série. Helfer também comentou que foi um desafio interpretar mais de um personagem, já que vimos diversas versões de Number Six ao longo das 4 temporadas.

Park também comentou o assunto, já que ela interpretou duas personagens, Boomer e Athena, por quase que a série inteira e as vezes ainda havia mais um. “Quando comecei a fazer mais personagens, ficou tão confuso. Eu percebi que eu tinha Boomer, Athena e a General todos ao mesmo tempo. Ficou confuso. Tive a sorte de ter dois personagens (Boomer e Athena) que poderíamos desenvolver durante vários anos, então elas se tornaram tridimensionais.”

MdDonell comentou sobre a relação de sua personagem, presidente Laura, com o presidente Bush, já que como dito antes, a série surgiu como um reflexo da política dos Estados Unidos pós 11 de setembro. “Laura, sabendo que não seria essa extraordinária libertária compassiva, em vez de se acostumar com isso… houve uma lenta sensação de que isso seria divertido. No fim, o que houve foi solidão e isolamento. A fim de salvar as pessoas e ser muito claro sobre isso, você não ganha o luxo de aproveitar sua própria vida. Você deve decidir momento a momento quantas pessoas vão morrer e quantas pessoas vão viver e qual é o fim do jogo. O fim do jogo era a vida.”

Michael Trucco falou sobre a reação inicial negativa a Anders, que chegou na segunda temporada. “As pessoas são específicas quando querem ser más. Era tipo “Esse personagem Anders é uma merda.” O fato do personagem ter ganho cada vez mais espaço até chegar ao elenco fixo foi uma resposta de Moore. “Vocês não gostam de Anders? Que pena.”

Depois do meio, o painel se voltou para perguntas dos fãs. Trucco contou sobre Pyramid, um esporte que ele criou nos bastidores e no qual, segundo ele, James Callis (Baltar) era o melhor e Heifer respondeu sobre seu maior arrependimento na série: “Nunca ter dito um frak.” 

Ao final, Edward James Olmo (Adama) apareceu em um video dedicando um grande “So Say We All.” a Richard Hatch, que interpretou o Starbuck na série original e voltou no reboot como Zarek e morreu esse ano.


E agora? Como faz com a vontade de rever a série??


Alexandre Cavalcante

Jornalista, nerd, viciado em um bom drama teen, de fantasia, ficção científica ou de super-herói. Assiste séries desde que começou a falar e morria de medo da música de Arquivo X nos tempos da Record. Não dispensa também um bom livro, um bom filme ou uma boa HQ.

Petrolina / PE

Série Favorita: One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: The Big Bang Theory

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