Tick-tock. Sobreviventes!

Chegar à sétima temporada de uma série não é fácil, ainda mais quando ela divide opiniões e tem uma relação de amor e ódio com os fãs. A questão é que Pretty Little Liars ainda mantém o seu público, o mais fiél, durante esses sete anos, mas vem exibindo o seu cansaço há muito tempo. Apesar de querer se reinventar, a sensação é aquela de deja vú. Sempre ótimas em suas finales e premieres, o episódio que abre o arco dessa nova temporada exibe os mesmos problemas daquele que encerrou a temporada anterior, algo está faltando. Uma pimenta, sal talvez.

Saber que Hanna estava em perigo e que as Liars e seus namorados deveriam correr contra o tempo não despertou a preocupação que deveria pela vida da loira, pois era claro que ela acabaria sendo salva ou fugindo, como de fato aconteceu. Não que eu queira a morte da personagem, mas a série sempre cai na armadilha da previsibilidade e isso torna a experiência ruim. Mesmo assim, o episódio teve os seus méritos e desenvolveu algumas tramas que haviam ficado pendentes, principalmente entre os casais, mas é claro, sempre deixando as frequentes perguntas de sempre.

Reunidos para tentar descobrir quem assassinou Charlotte e salvar Hanna há tempo, no período de 24 horas dado por Uber -A (ou A.D.), o time formado pelas garotas, seus namorados (ou ex’s, quem sabe) e finalmente incluindo nossa rainha Mona, votam em quem mais desconfiam que possa estar envolvido com o assassinato e, obviamente, as suspeitas recaem sobre Alison. O que me deixa um pouco incomodado, já que depois de todo esse tempo da ex-abelha rainha ter provado seus arrependimentos, as meninas ainda a considerem suspeita por apenas deduções.

Eles se dividem em duplas e, enquanto Spencer tenta manter-se racional, Caleb não se importa em demonstrar toda a sua preocupação por Hanna e acaba tratando sua atual namorada friamente servindo para que ela se reaproximasse de Toby e, talvez, percebendo que Caleb ainda não superou sua ex. Spencer e Toby ficam designados de investigar o passado de Mary Drake, enquanto Caleb e Mona perseguiam a mulher pelas ruas de Rosewood, formando uma dupla responsável pela graça do episódio, já que existe uma química ali e o fato dos dois não se suportarem só melhorou.

Emily, então, resolve ir até a clínica em que Alison está internada para garantir que as suspeitas contra Alison sejam justas e acaba contando tudo para Elliot, que trata de mentir sobre o estado de sua esposa e o quanto ela parece se sentir culpada, desencadeando ainda mais a desconfiança dela. E não dá para engolir que Emily acredite no que Alison diga algo que fez sendo que estava dopada, mas vamos relevar, já que parece surgir um caminho definitivo para o relacionamento das duas e Emily deve ser a responsável por tirar sua amiga de lá. Ainda sim, a garota descobre a jaqueta que Charlotte usou no dia em que morreu nos pertences do antigo quarto de Alison e a entrega para que salvassem Hanna.

Essa mesma jaqueta, foi a missão que Ezra e Aria estiveram responsáveis por encontrar, mas foram interrompidos por Elliot e resolveram passar o episódio inteiro tentando descobrir o que estava havendo no relacionamento dos dois. Vou dar um conselho: vamos parar com isso. A temporada 6B foi inteiramente para aproximar esses dois novamente e não dá para aguentar essas dúvidas dos dois por mais episódios. Sabemos há muito tempo que é endgame, mas Aria ainda se mantém indecisa quanto ao seu relacionamento com Liam.

Mary Drake, ganhou um espaço maior nesse primeiro episódio para descobrimos mais sobre ela e a tivemos interagindo com o grupo. Mantendo-se como uma figura sarcástica e misteriosa, é difícil saber quais serão seus próximos passos nesse plano de vingança, sabemos apenas que ela fora uma babá antigamente e tornou-se culpada pelo morte de um garoto da qual cuidava, ficando internada no Radley até os seus 23 anos, além de ter conhecido os pais de Spencer e declarar que Jessica sempre possuiu ciúmes dela. E mesmo não demonstrando nenhuma ameaça significativa, sabemos que ela e Elliot farão da vida dessas garotas um inferno.

As ações de Uber -A também demonstram ser piores quando o vimos manter Hanna seminua numa cabana sendo torturada. Apesar disso, a garota segue os conselhos de Spencer através de um sonho e consegue fugir do local, encontrando justamente a ajuda de Mary Drake, nos restando saber se ela estará à salvo ou em perigo. Aliás, esse sonho com sua amiga deve indicar o quanto será trabalhada a relação das duas, já que são apaixonadas pelo mesmo homem.

Enfim, foi um episódio que prepara o terreno para os conflitos dessa temporada, que pode ser ou não o fim da série, mas que está sendo prometida como a mais romântica, cheia de respostas e retornos de antigos personagens. Não foi grandioso como costumava ser em suas estreias, mas que está valendo para essa nova fase, mesmo com as diversas repetições. Como diria, Mary Drake: c’est la vie.

Observações:

• Mona e Caleb, melhor dupla!
• Como não rir na hora da votação e ver que Emily continua em cima do muro e Spencer e Mona continuam desconfiando uma da outra?
• Spencer foi sensata e correu para a igreja com os saltos na mão.
• Emily dizendo que tudo referente a família DiLaurentis é estranho. Só verdades.
• Uber-A agora é perito em máscaras de silicones bem feitas. Aquela boneca foi bizarra, mas é impossível não lembrar de As Branquelas!
• Só um adendo: gosto muito da Aria, mas realmente irrita quando há alguma evidência contra alguém e ela é a primeira a atirar a pedra sem se importar com as consequências. No caso, a vida de Ali pela de Hanna.

Comentem comigo o que acharam do retorno de PLL. Será mesmo a temporada final?