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Primeiras Impressões: Alias Grace

Por: em 28 de setembro de 2017

Primeiras Impressões: Alias Grace

Por: em

Spoiler Alert!

Este texto contém spoilers leves,

nada que estrague a série ou a sua experiência.

Baseada no romance de 1996 de Margarte Atwood, a mesma autora de The Handmaid’s Tale, adaptado por Sarah Poley, transmitida pela CBC no Canadá e distribuída mundialmente pela Netflix  – que não iria perder outra grande oportunidade, Alias Grace é uma minissérie que prende nossa atenção desde o primeiro minuto.

A minissérie conta a história de Grace Markens (Sarah Gordon de 11.22.63), condenada pelo assassinato de Nancy Montgomery (Anna Paquin de True Blood) e Thomas Kinnear (Paul Gross de Relatos de Guerra) que após 15 anos presa passa a ser avaliada pelo Dr. Simon Jordan (Edward Holcroft de Kigsman), responsável por dar um atestado que pode libertar a moça.

Reprodução/CBC

O episódio começa com um monólogo de Grace, onde ela nos conta todas as coisas das quais ela já foi acusada de ser, entre elas o demônio em forma de mulher e uma pessoa de mente fraca, mesmo que ela não entenda como é possível ser tantas coisas ao mesmo tempo. E os momentos mais interessantes ficam por conta das conversas que Grace tem com o Dr. Jordan, um médico que trata de doenças da mente, do cérebro e dos nervos – o que hoje conhecemos como psicólogo/psiquiatra.

O primeiro instinto dela é reagir negativamente a presença do médico, visto que ao longo dos 15 anos que esteve presa foi feita de cobaia por diversas vezes enquanto tentavam descobrir o que havia de errado com a moça. Mas aos poucos a moça vai se abrindo com o médico, mesmo que normalmente ela nunca responda a primeira coisa que vem à sua mente quando este lhe faz uma pergunta. É através da conversa com o doutor que descobrimos um pouco sobre seu passado.

Reprodução/CBC

É a filha mais velha entre cinco irmãos em uma família onde o papai era abusava do álcool e também da violência, e a mamãe vivia subjugada, sempre tentando controlar o mal gênio do marido. Vimos como foi a chegada da família à Toronto e a morte da mãe durante a viagem, que acabou sendo jogada ao mar e deixando toda a responsabilidade pelos filhos mais novos em cima de Grace. Vemos também a chegada da moça à casa onde trabalhou antes de ser condenada pelo crime que alega não ter cometido, e conhecemos Mary Whitney – outra criada que logo faz amizade com Grace, de quem ela cita o nome em sua confissão do crime e que deve ter uma boa participação em todo esse mistério.

Reprodução/CBC

À primeira vista Grace parece sempre muito controlada em seus momentos com o médico, mesmo que os flashbacks do passado nos permitam ver alguns momentos de histeria quando ela se encontrava sob a observação de outros especialistas. Esse autocontrole pode ser pelo fato de ser uma mulher em 1859 que deve apenas cumprir com aquilo que lhe foi designado, mas também nos coloca a pensar se não é uma forma de esconder algo.

Outro ponto interessante da história é ver como os religiosos reagem ao acontecimento que envolvido a moça, ao mesmo tempo com curiosidade, medo e crítica. Sarah Gordon consegue cativar nossa atenção com sua interpretação, e suas interações com Holcroft deixam a série mais densa O episódio foi um bom começo para uma história que promete ser interessante e que tem o necessário para ser um grande sucesso, assim como The Handmaid’s Tale.


E você o que achou do episódio? Vai dar uma chance de Grace tentar provar sua inocência?


Louise Rezende

Tem memória de elefante pra tudo aquilo que as pessoas costumam chamar de "cultura inútil". Apaixonada por séries, filmes, livros, música e nescau.

Petrópolis/RJ

Série Favorita: Gilmore Girls e One Tree Hill

Não assiste de jeito nenhum: Outlander

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