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Designated Survivor

Primeiras Impressões: Designated Survivor

Por: em 23 de setembro de 2016

Primeiras Impressões: Designated Survivor

Por: em

E se Jack Bauer se tornasse, de repente, o Presidente dos Estados Unidos? Esta parece ter sido a premissa dos criadores de Designated Survivor, nova série da ABC que estreiou nesta quarta-feira. Na série, Tom Kirkman, interpretado por Sutherland, é o Secretário de Habitação e Desenvolvimento Urbano, que assume a presidência, após um ataque matar o então presidente e seus sucessores.

Designated Survivor, termo que dá nome a série, se refere a um mecanismo de defesa pelo qual um membro do Gabinete, na linha de sucessão e elegível, é levado a um local seguro, quando os demais membros estão reunidos para algum evento como State of Union Address. Desta forma, em caso de ataque ou alguma catástrofe que mate o presidente e muitos dos políticos na linha de sucessão, este, sobrevivente designado, toma seu lugar. E sim, essa medida realmente é usada nos EUA.

Designated Survivor Explosão

Embora seja um mecanismo de defesa, ser o sobrevivente, ao menos na série, tem um caráter mais de castigo do que de prêmio. Kirkman foi escolhido porque fazia “menos falta” no evento, suas propostas não seriam citadas no discurso e ele não tinha poder político. Como ele mesmo assume, não cresce dentro da Casa Branca por não entrar no jogo político. Ao desenrolar do primeiro episódio, no entanto, já dá para perceber que Kirkman não foi escolhido por acaso, muito provavelmente ele tomar o cargo estivesse nos planos de quem arquitetou o ataque.

O personagem principal se divide entre a sua insegurança, reforçada pelo fato que ninguém parece vê-lo como o presidente, e o papel que tem que desempenhar em frente a líderes mundiais e seu próprio povo. É uma representação diferente da que estamos acostumados, uma vez que ele realmente sente o peso do cargo. Neste sentido, Tom é o candidato idealista, que muitos dos americanos, provavelmente, gostariam de ter nestas eleições. Uma quebra do status quo, pois é realmente “gente como a gente” e não um político profissional. A série, no entanto, tenta se manter neutra quanto a partidos, neste primeiro momento. Quem tentar vai achar justificativas para identificá-lo tanto como republicano quanto como democrata.

Designated Survivor Presidente

Além da Casa Branca em si, temos dois outros núcleos de drama, a família de Kirkman e a equipe de investigação do FBI. Tom e a esposa, Alex, interpretada por Natascha McElhone (Californication), têm dois filhos. Leo é um adolescente rebelde típico e Penny, a filha pequena. A segurança dos filhos é uma preocupação já no episódio piloto, mas, pelo desenrolar da história, imagino que eles logo serão mandados para algum internato e o drama familiar não vai tomar tanto tempo da série. A investigação, por outro lado, tem tudo para tornar-se central.

Muito diferente de House of Cards, onde Frank Underwood faz de tudo para conseguir o cargo, o Presidente Kirkman tem que descobrir porque foi colocado lá, quem é confiável e, principalmente, quem está armando contra ele. Tudo indica que este será um jogo político complicado e que as descobertas do FBI serão essenciais para Kirkman ter uma noção melhor do cenário em que se encontra. A boa notícia é que temos Maggie Q neste núcleo, como a Agente do FBI Hannah. A má notícia é que, pelo menos neste episódio as cenas do FBI pareciam bastante deslocadas. Na verdade, a investigação me lembrou um pouco de Quantico.

Designated Survivor Maggie Q

Designated Survivor parece que vai tomar uma linha que mescla ação policial com drama político. Se os roteiristas souberem dosar seus núcleos de ação, certamente será mais uma série de política a ficar famosa. Gostei bastante do primeiro episódio, apesar de alguns deslizes, e estou ansiosa para ver como Sutherland vai crescer no papel – acredito que ainda teremos alguns momentos mais Jack Bauer do novo presidente, ainda mais com David Guggenheim como criador da série. Vamos torcer para que a interação entre drama policial e Casa Branca nos lembre mais alguns dos melhores episódios de Scandal do que os maiores clichês que vemos em séries do gênero policial.


Mariane Lima

Apaixonada por histórias, em todos os formatos, conta com listas enormes de livros que quer ler e filmes e séries para assistir.

Porto Alegre / RS

Série Favorita: House of Cards, Game of Thrones, Scandal

Não assiste de jeito nenhum: Once upon a time...

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