Alucinante, psicodélica e eletrizante.
São as três palavras que melhores descrevem Legion. Ela está muito longe de ser comparável com as outras séries da Marvel, como Luke Cage, Demolidor e Jessica Jones, já que foge e muito dos estereótipos do mundo heroico dos quadrinhos adaptados para a TV. A nova produçaõ do showrunner Noah Hawley (Fargo) tem tudo para ser um marco na televisão, mudando nossa percepção do mundo dos super heróis da TV. A série acompanha David (Dan Stevens), um jovem paciente de uma instituição psiquiátrica, diagnosticado com esquizofrenia. Se você espera um piloto com muitas cenas de lutas, cheio de referências aos filmes e aos quadrinhos… Bom, esqueça. Essa não é a proposta da nova aposta da FX.
É tudo muito confuso em grande parte do episódio, já que estamos vendo tudo pelos olhos (e memórias) do David – um cara que escuta vozes, vê um “demônio de olhos amarelos” e vive a base de forte medicação. Passamos muito tempo em flashbacks e em meio a bons efeitos visuais, que farão você confundir tudo, achar que entendeu e confundir novamente. Mas calma, é assim mesmo que os roteiristas querem que você fique! No fim, você acaba entendendo ou achando o que está acontecendo.
Na instituição psiquiátrica, David parece bem confortável, rodeado por Lenny Busker (Aubrey Plaza), uma outra paciente e imerso em uma rotina que mostra o quão resignado e passivo ele é. A jovem me parece uma personagem com grande potencial, mas que ficou muito pouco tempo em cena. O grnade turning point acontece quando Sydney (Rachel Keller) aparece. A jovem que tem uma profunda aversão ao contato físico, acaba se envolvendo com o protagonista. Rachel e Dan têm uma boa química me cena, o que faz o casal se tornar carismático e insano. É esse relacionamento romântico que desencadeia uma sucessão de drásticas mudanças na vida de David. Ainda não dá para saber se eles vão ser bom juntos, ou se serão o calcanhar de Aquiles um do outro.
O ponto forte da série é exatamente a loucura, que te prende do começo ao fim. David não é um narrador confiável. E Noah Hawley, showrunner da série, faz questão de passar toda a insegurança que o protagonista tem, ao telespectador. Seria tudo uma viagem psicótica do jovem? Ou tudo está realmente acontecendo? É difícil saber. Em um dado momento, Sydney defende que uma doença mental não é necessariamente algo que te faz anormal, ou um problema a ser consertado. É simplesmente parte de quem você é. Nesse ponto já fica claro que um dos plots da série será a aceitação de David aquilo que se passa em sua mente.
Legion foi uma grata surpresa para este mês e se os outros episódios forem como o piloto, tem muito potencial para conquistar fãs e garantir uma renovação. Chapter 1 deixa algumas pontas soltas, que são suficientes para te deixar intrigado e com vontade de mais episódios. A série vai ao ar às quartas, no canal FX americano. Eu serei a responsável pelas reviews, então espero ver vocês por aqui, viu?
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Nos vemos em breve!
Até mais.