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O que esperar de 2018

Antes de mais nada, um feliz ano novo para você. Que 2018 tenha um roteiro muito…

Melrose Place

Por: em 9 de setembro de 2009

Melrose Place

Por: em

Se é alguma semelhança com essa turma que você procura, fuja, saia correndo, nunca mais assista a esse novo Melrose da CW. A única semelhança possível está entre os, antes protagonistas e, agora meros coadjuvantes Dr. Michael Mancini (Thomas Calabro) e sua ex-mulher, ex-amante e ex-cunhada Sydey (Laura Leighton). Graças aos céus Marcia Cross e Doug Savant estão muito bem empregados em Desperate Housewives, deixando seus personagens, Dra. Kimberly e Matt , bem longe dessa barca furada.

Exceto o condomínio, é claro, que continua o mesmo. E se os cartazes de divulgação nos levavam a crer que a série teria única e exclusivamente um tema: pegação na piscina do condomínio; mais uma vez, assim como nas forçadas propagandas de Gossip Girl, pouco se viu.

O mais frustrante da nova versão é vermos que não há tentativa de reinventar a série. O trio Ella, Jonah e Rilley é uma clara releitura de Amanda, Bill e Allison na versão original. E Katie Cassidy vai precisar de vodka na veia se quiser se igualar a Heather Locklear.

Jonah (Michael Rady) estava melhor como Max em Greek. Riley (Jessica Lucas) estava melhor como a policial Kimberly em 90210. Se eles não existissem, pelo menos não teríamos presenciado aquele momento de extrema vergonha alheia com o vídeo do casal. Pensando bem, vale a pena assistir os 7 minutos iniciais da série só pra não perder essa pérola digna de jogo dos 7 erros! Quem filmava os dois pombinhos na piscina? E na guerra de travesseiros? Deus? Sydney? E por falar nela, alguém vê algum sentido em ressussitar um personagem da série original apenas para matá-lo em seguida? Sydney também estava bem melhor instalada no limbo da nossa memória.
Ainda sobre os atores, há muito tempo eu não via alguém tão canastrão quanto o tal do David (Shaun Sipos). Mais exatamente desde que vimos Ryan pela primeira vez em The O.C. E não são necessários muitos neurônios pra concluir que a loira, Ella, apenas se ofereceu como hálibi parar que ela própria tivesse um… Tanto que até David conseguiu juntar as peças.

Nesse primeiro episódio, ainda não foi possível descobrir exatamente a que veio a personagem de Ashlee Simpson-Wentz mas, pelo olhar dissimulado, e até pela cor do cabelo, já dá pra imaginar que temos uma discípula de Sydney na série. E, pra quem não conhece a versão original, Sydney não vale o prato que come. Ou melhor, sem meias palavras, Sydney era uma boa bisca.
Quanto ao futuro da série, tenho certeza que deve acabar rolando um crossover em breve, o qu, ao invés de ajudar Melrose é bem capaz que acabe afundando 90210 de uma vez. Afinal, o remake (ou continuação?) de Barrados no Baile já não anda bem das pernas.

Vai ser difícil tirar de Melrose Place o posto de estreia mais cafona da temporada. Não em roupas, quesito que a séire até vai bem, e sim na história, nos personagens, na linguagem, nos efeitos… Tem coisa mais cafona do quê aquele horrível efeito de flashback?! E quer prova maior de que uma série não tem nada a dizer do quê preencher seu tempo com câmera lenta? Abraços, beijos, roupad no chão, portas se abrindo, tudo em câmera lenta!

E fico extremamente feliz que a audiência da série tenha sido pífia, a CW merece! Apenas 2.27 milhões de telespectadores, não conseguindo sequer manter a audiência da volta de 90210 que a antecedeu. Melrose perdeu ainda pra estreia de Privileged, que no ano passado começou com 2,93 milhões e foi cancelada no 18º episódio. E alguém reparou que a casa da festa era a mesma em que moravam as irmãs Baker?

Só me resta terminar um post com um pedido… Por favor Courtney Thorne-Smith não aceite participar desse novo Melrose! Deixe a Allison lá, no fundo das nossas memórias, ainda com aquela carinha de anjo que tinha na primeira temporada do Melrose Place original… No seu lugar de direito, em 1992, no século passado! Obrigada.
                           O condomínio continua o mesmo, mas os moradores… Quanta diferença!

Ah! E alguém me explica como uma série pode querer ser pop fazendo um de seus personagens dizer que odeia Tarantino? O diretor de Kill Bill é a excelência do pop no cinema! Faça-me o favor.


Cristal Bittencourt

Soteropolitana, blogueira, social media, advogada, apaixonada por séries, cinéfila, geek, nerd e feminista com muito orgulho. Fundadora do Apaixonados por Séries.

Salvador / BA

Série Favorita: Anos Incríveis

Não assiste de jeito nenhum: Procedurais

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