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Off The Map

Por: em 13 de janeiro de 2011

Off The Map

Por: em


Deixei bem claro no meu Que Série é Essa? sobre Off The Map que minhas expectativas, apesar de estarem num nível alto, estavam contidas, pelo meu medo de me desapontar com a série. Após assistir ao piloto desta nova promessa da ABC com drama médico shondarhimerizado, posso dizer: superou minhas expectativas, mas ainda não mostrou ao que realmente veio. O nome dado ao episódio foi Saved by the White Hope.

Geralmente quem é apaixonado por séries, principalmente, assiste ao piloto de uma série e já consegue enxergar se ela vai te pegar de jeito ou se a produção não tem aquilo que você procura numa boa história contada pela televisão. Existe uma terceira possibilidade rara e é justamente nela que me encaixo com Off The Map. Esta terceira possibilidade é aquela que te faz ponderar sobre a produção, se ela realmente é boa ou não, porque em seu piloto as coisas chegaram a acontecer, mas no final do episódio você percebe que nenhum cliffhanger foi desenvolvido para segurar a audiência.

Não é necessário que uma produção tenha vários cliffhangers e, na verdade, algumas pessoas não gostam tanto deste artifício. Entretanto, a trama se tornará monótona se os episódios seguintes forem exibidos com a mesma lógica do primeiro: um caso central, histórias paralelas que começam e terminam no episódio e ponto. Eu não discuto a genialidade de Shonda Rhimes e nem de seu maior filho como um todo – Grey’s Anatomy – mas é justamente este um dos erros que alguns episódios de Grey’s recai: um caso, pequenos casos parelelos, ponto. A vida dos doutores é importante e em Off The Map muito do que nos fora contado neste primeiro episódio é, no mínimo e na minha opinião, piegas.


Dra. Zita Alvarez é a médica local que odeia americanos por conta das inúmeras experiências que teve com tais. Pelo que já experimentara, eles sempre correm no final, por não conseguirem lidar com a dura realidade da cidadezinha localizada em algum lugar na América do Sul, como explicita o início do piloto da série.

Caroline Dhavernas com sua Dra. Lily – que aliás, está mais a cara da Fernanda Vasconcellos do que nunca – chegou a convencer em alguns pontos do episódio, como quando salvou a vida de Ed Greenman, mas colocar o motivo de sua desistência à residência da profissão que escolhera para sua vida no fim de seu noivado, mostrou que talvez ela não seja tão determinada quanto parece. Ainda não sabemos como foi que este noivado chegou ao fim, mas, enfim.

Mamie Gummer e sua doutora Mina Minard também convenceram, principalmente naquele diálogo sobre cavalos e zebras. Porém, não consegui enxergar, ainda, todo o potencial que Gummer tem para oferecer. Sua personagem, depois de um erro de julgamento, matou uma criança, depois de ter confundido miningite bacteriana com uma gripe. Essa é a sua desculpa para ter chegado até ali. De todos, é a mais plausível. Em sua primeira verdadeira ação como médica na clínica, um erro de julgamento quase fez com que sua paciente de 80 anos morresse de asma, enquanto ela havia erroneamente diagnosticado gripe. Novamente.

Dr. Fuller talvez seja aquele que, agora, no primeiro momento, tenha me cativado menos. Mas, depois de ouvir sua história e do tom usado por ele para salvar toda a família com tuberculose, eu talvez dê algum crédito a ele nos próximos episódios apesar de todos os pesares. Seus pais fizeram com que ele fosse à faculdade e tudo o que ele fez foi festejar. Depois, na residência, tudo o que conseguiu fazer e aprender foi cirurgia plástica, enquanto o que seus pais queriam era que ele se tornasse um médico que pudesse realmente ajudar às pessoas além da questão estética. Então o que ele super maturamente fez? Brigou com toda a família, deixando-os de fora de sua vida.

Sobre os Drs. Otis e Ben descobrimos pouco. Parece que rola algo entre Otis e Zee, mas não consigo dizer se é real. Sobre Ben soubemos um pouco mais. Primeiro, ele é um médico que faz de tudo para salvar seu paciente – e a água de côco servindo como sangue para Ed quem o diga!!! -. Em segundo lugar, mal chegaram na cidade e o dr. já é objeto de desejo de Lily e Mina. Em terceiro, com a aparição da dra. Ryan, a gente entende que Ben espera por alguém. Provavelmente algum amor que o deixou por um motivo que ainda não sabemos.


Agora, um comentário geral sobre o episódio. Paisagens incrivelmente lindas, com tomadas aéreas sensacionais. A praia onde foram filmadas as cenas inicial e final do piloto é simplesmente surreal (e pode ser visitada, na Havaí). De todos os personagens que conhecemos, 5 deles saltaram no mar de uma altura razoável. E direi mais: fiquei com vontade de também dar aquele salto! Sobre o caso central do episódio, achei bem conduzido. O Firefly Lake é outro lugar sensacional do vilarejo. O cara com uma arraia no pé também foi uma ótima recepção aos doutores!

Off The Map me deixou intrigado. Pelo piloto apresentado, acho que minhas expectativas para a série, no geral, se tornarão mais altas do que a série conseguirá suprir. Por outro lado, espero muito estar errado e ser surpreendido pela produção, porque se dependermos dos nomes por trás dela, a possibilidade é quase real!

As reviews semanais da série você confere aqui no Apaixonados. Até lá, episódio 1×02, Smile. Don’t Kill Anyone.


Lucas Soares

Série Favorita:

Não assiste de jeito nenhum:

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